62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 8. Botânica
POTENCIAL  TERMITICIDA DO EXTRATO DO CAULE E FOLHA DE Thevetia peruviana.
Oziel Ribeiro Marinho 1
Milade dos Santos Carneiro Cordeiro 1
Andrey Azedo Damasceno 1
Cynara da Cruz Carmo 1
Edgleisson Lima Ribeiro 1
Afonso de Souza Uchôa Neto 1
1. Centro de Estudos Superiores de Parintins,Universidade do Estado do Amazonas/UEA
INTRODUÇÃO:

Os cupins podem ser considerados insetos benéficos, pois atuam na decomposição da matéria orgânica e colaboram na ciclagem dos nutrientes. Entretanto, também podem se destacar como pragas em algumas culturas, como milho, cana-de-açúcar, mandioca, entre outras. No Brasil, o uso de extratos vegetais para controle de pragas agrícolas vem se intensificando nos últimos anos, uma vez que pode substituir com vantagens os fosforados e organoclorados que em muitas situações, apresentam vários problemas como: o efeito residual longo, elevado impacto ambiental, altos custos de síntese, produção e comercialização. Entre as diversas alternativas apontadas, a busca de substâncias inseticidas de origem vegetal tem sido motivo de intensas pesquisas, nas quais se inserem os extratos de alguns vegetais considerados tóxicos, como a Thevetia peruviana, um arbusto nativo da América Tropical. Os extratos têm apresentado grande interesse nos últimos anos, uma vez que apresentam características desejáveis como custo mais exeqüível,facilidade de aplicação e baixo índice de toxidez para o ambiente. Portanto, o objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial bioinseticida do extrato bruto da Thevetia peruviana na  mortandade de térmitas.

METODOLOGIA:

Foram avaliados caule e folha do material botânico, sendo os extratos obtidos a partir de solventes com diferentes gradientes de polaridade. Na extração ultrasônica  utilizou-se a temperatura de  50 ºC e os compostos ativos extraídos no intervalo de tempo de 40min.Os extratos obtidos foram concentrados em evaporador rotativo à pressão reduzida, observando-se o ponto de ebulição de cada solvente e pesados para obtenção dos rendimentos. Nos bioensaios utilizou-se a concentração de 1% para o caule e folha.O método de avaliação foi de pulverização  de 5ml dos extratos em cada placa de Petri contendo em média 50 espécimes, para o controle utilizou-se água destilada 5ml ambas em triplicatas e mantidas em uma incubadora B.O.D.  à temperatura de 28 ºC. A contagem foi realizada no intervalo de 4 em 4 h.  

RESULTADOS:

A atividade dos extratos foi mensurada pela porcentagem de cupins que sobreviveram após a pulverização de 5 mL dos extratos em triplicata . A mensuração foi realizada em intervalos de 4 a 4 horas, durante 48 horas. De modo geral, após 24h 78% dos cupins estavam mortos. Esse índice aumentou em 16% para o extrato etanólico. No controle, foi utilizado água destilada ocorreu, no mesmo período, 12% de morte.

CONCLUSÃO:

De modo geral, ambos os  extratos apresentaram atividade  termiticida porém os extratos obtidos a partir das folhas foram em média  22% mais eficientes que os obtidos a partir do caule, sendo ainda o extrato etanólico 18% mais eficiente que o aquoso. Apesar do resultado favorável urge a necessidade de novos ensaios com novos extratos.

Instituição de Fomento: FAPEAM; CNPq
Palavras-chave: Extrato, Térmitas, Bioinseticida.