62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 5. Enfermagem Pediátrica
A ENFERMAGEM NA SALA DE VACINAÇÃO: O SABER DAS MÃES E/OU CUIDADORES.
Karilena Karlla de Amorim Pedrosa 1
Vanessa Gomes de Oliveira 1
Osvaldo de Góes Bay Júnior 1
Marília Fernandes Gonzaga de Souza 1
Akemi Iwata Monteiro 2
1. Depto.de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
2. Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Enfermagem - UFRN
INTRODUÇÃO:
A vacinação é, ainda hoje, um recurso preventivo de extrema importância a toda população do mundo e, mais especificamente, às crianças, mulheres e idosos, já que esses se encontram, do ponto de vista imunológico, mais susceptíveis às doenças. Esta tem contribuído para a redução da morbimortalidade infantil na medida em que são implementadas ações preventivas que incentivam os pais a levarem seus filhos para tomarem as vacinas, seja nas campanhas ou nas rotinas das unidades de saúde. No acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, nas unidades de saúde, observava-se com freqüência o desconhecimento das mães sobre a finalidade da vacina, dificultando assim a adesão espontânea delas em vacinar as crianças. Dessa forma, este trabalho objetiva descrever a percepção das mães e/ou cuidadores acerca da vacinação infantil e do processo de vacinação.
METODOLOGIA:
Estudo do tipo exploratório-descritivo com abordagem quantitativa. A amostragem foi intencional e composta por 43 mães e/ou cuidadores que compareceram a unidade básica de saúde para efetuar a vacinação da criança. A coleta de dados ocorreu em duas Unidades de Saúde da Família, na Zona Oeste de Natal/RN. Foi utilizado um formulário de entrevista semi-estruturada. Após a autorização da instituição e aprovação da Comissão de Ética em Pesquisa da UFRN, as mães/cuidadores foram abordadas particularmente após a imunização da criança. Em seguida, explicava-se a pesquisa, e com sua aceitação era obtida a assinatura ou as impressões datiloscópicas no TCLE. A análise dos dados teve o auxílio do programa SPSS 15.0®.
RESULTADOS:
A análise dos dados foi agrupada nas seguintes categorias: informações/orientações recebidas sobre vacinas, conhecimento das mães/cuidadores sobre vacina e profissional que fornece informações no processo de vacinação. Dezenove mães (44,2%) responderam que a informação mais oferecida pelos profissionais foi em relação às condutas diante das reações adversas. Em segundo lugar, destaca-se o não recebimento de orientação (13; 30,2%). Isso demonstra uma ação de enfermagem reducionista. E apenas 6 (14%) sabiam qual vacina havia sido administrada na criança. Observou-se com esta análise que 69,8% das participantes não sabiam para que doença as crianças foram imunizadas. Das 43 entrevistadas, 26 (60,5%) apontaram o técnico de enfermagem como profissional responsável pelas informações, uma vez que este atua de forma mais direta durante a administração das vacinas. Entretanto, observa-se que há lacunas no processo comunicativo da enfermagem durante o processo de vacinação. Quanto à finalidade da vacina, a maioria (38; 88,4%) está ciente que se trata da prevenção de doenças, mesmo sem saber quais doenças; 4 (9,3%) disseram que é para a saúde da criança; e apenas uma (2,3%) se referiu a um direito da criança.
CONCLUSÃO:
Concluí-se que os dados demonstram que a maioria das mães conhece a importância de vacinar a crianças para prevenir contra as doenças graves, embora, não saibam para quais doenças são destinadas e não tenham conhecimento sobre o processo de vacinação. As poucas informações fornecidas pelos profissionais de enfermagem sobre vacinação resumiram-se às orientações em relação às reações adversas, valorizando, dessa forma, o procedimento técnico. Portanto, observa-se que há lacunas nas ações de enfermagem na sala de vacina, e em outros âmbitos da assistência, quanto às tecnologias leves.
Palavras-chave: Sala de vacinação, Conhecimento, Crianças.