62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO DO VALOR NUTRICIONAL DA PARTE AÉREA DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE PARA USO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL.
José Pedro da Silva 1
Ronaldo Bernardino dos Santos Júnior 1
Carlos Jorge da Silva 1
Alonso Barros da Silva Júnior 1
Rosa Cavalcante Lira 1
Paulo Vanderlei Ferreira 1
1. Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas/UFAL
INTRODUÇÃO:
A batata-doce (Ipomoea batatas) é uma hortaliça tuberosa, muito popular e cultivada em todo território brasileiro, rústica de ampla adaptação e de fácil cultivo. Os Estados da Paraíba, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Alagoas concentram 40% da área plantada do país, mesmo sendo o maior produtor nordestino de batata-doce, a Paraíba possui uma produtividade média bem abaixo da média na nacional, com rendimento em torno de 6,8 t.ha-1. A situação em Alagoas ainda é mais crítica, pois além de baixa produtividade (9,0 t ha-1), o Estado ainda não dispõe de cultivares selecionadas que atendam as características desejáveis. No entanto, alguns estudos vêm sendo desenvolvidos com 14 genótipos em Rio Largo-AL, na estação experimental do Centro de Ciências Agrárias (CECA/UFAL) e em diferentes municípios visando à obtenção de cultivares promissores para as diferentes regiões de Alagoas. Quanto à sua utilização na alimentação animal, os tubérculos e as ramas são destinados, principalmente, a alimentação de bovinos e suínos, seja "in natura" ou como silagem através das ramas. Este trabalho teve por objetivo avaliar o valor nutricional das ramas de genótipos de batata-doce quanto a sua composição bromatológica.
METODOLOGIA:
O trabalho foi conduzido na área experimental do CECA/UFAL, localizado no Campus Delza Gitaí, BR 104 Norte, km 85, Rio Largo - Alagoas. Foram avaliados 12 clones e duas cultivares (Rainha de Penedo e Sergipana), utilizando o delineamento em blocos casualizados, com 14 tratamentos e duas repetições. As parcelas experimentais foram constituídas por três fileiras de 6,0 m de comprimento cada, com 10 plantas por fileira, no espaçamento de 0,80 m X 0,40 m, considerando-se útil à fileira central. Aos 130 dias após o plantio, na ocasião da colheita, foram avaliadas às produções de matéria verde e de matéria seca. A coleta das amostras dos diferentes genótipos de batata-doce foi feita na área útil de cada parcela e logo em seguida enviadas ao laboratório de Nutrição Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para as seguintes análises bromatológicas: Matéria Seca, Proteína Bruta, Cinzas, FDA, FDN.
RESULTADOS:
Para a parte aérea, houve diferença significativa entre os genótipos na variável peso da amostra natural, onde o clone 10 obteve melhor média que foi de 7795,45 kg.ha-1. Já na variável peso da amostra seca não houve diferença significativa entre os genótipos. Houve diferença significativa na análise de proteína bruta, onde o clone 14 apresentou média de 12,14 % de proteína bruta na parte aérea em relação aos demais genótipos, tendo melhor desempenho, todavia o clone 08 teve menor desempenho apresentando média de 6,55 % de proteína bruta. Quanto à matéria seca da parte aérea não houve diferença significativa entre os genótipos, assim como, a variável cinzas da parte aérea. Na FDA houve diferença significativa entre os genótipos, destacando-se a cultivar Sergipana com média de 29,09 % em relação aos demais genótipos, contudo o clone 04 foi o que menos se destacou tendo uma média de 20,08 %. Para a variável FDN na parte aérea a cultivar Rainha de Penedo apresentou melhor desempenho com média de 44,52 % diferindo dos demais genótipos.
CONCLUSÃO:
Na variável proteína bruta o clone 14 apresentou melhor resultado para a parte aérea. Para a análise de FDA da parte aérea a cultivar sergipana obteve melhor desempenho.
Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: proteína bruta, genótipos, matéria seca.