62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE (Ipomoea batatas (L.) Lam.), NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL.
Ronaldo Bernardino dos Santos Júnior 1
Jair Tenório Cavalcante 1
Paulo Vanderlei Ferreira 1
José Pedro da Silva 1
Lucas da Silva Santos 1
Carlos Jorge da Silva 1
1. Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas/UFAL
INTRODUÇÃO:
A batata-doce (Ipomoea batatas L. (Lam)) é uma hortaliça tuberosa, rústica, de ampla adaptação, alta tolerância à seca e de fácil cultivo, cultivada em todo território brasileiro. Diante de todas essas características, a batata-doce é a quarta hortaliça em área cultivada no país, sendo superada apenas pela batatinha, cebola e melancia tendo como grandes produtores, os estados do Rio Grande do Sul (cerca de 30% da produção nacional), Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraná. Quanto à produtividade, o Brasil apresenta um rendimento médio em torno de 11,04 t.ha-1, cultivando uma área de 43,900 ha, sendo considerado baixo, visto que a produtividade obtida pelo CNPH-EMBRAPA, em Brasília, é em torno de 25 a 30 t.ha-1 em ciclo de 4 a 5 meses. Por outro lado, a situação de Alagoas é mais crítica, pois apresenta uma área cultivada de 2,099 ha, com um rendimento médio baixo, em torno de 9,0 t.ha-1, não existindo ainda cultivares selecionadas indicadas para esta região. Considerando-se estes fatos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar genótipos de batata-doce desenvolvidos em Alagoas, colhidos aos 120 dias após o plantio.
METODOLOGIA:
O experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, localizado no Campus Delza Gitaí, BR 104 Norte, km 85, Rio Largo - Alagoas, no ano de 2007. Foram utilizados 14 genótipos de batata-doce, sendo 12 clones obtidos no setor de genética e Melhoramento de Plantas do CECA/UFAL, apartir de sementes botânicas de populações de polinização livre, em novembro/97. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 14 tratamentos e quatro repetições. As parcelas experimentais foram constituídas por três leiras de 6,0 m de comprimento com 0,30 m de altura cada, com 15 plantas por leira, no espaçamento de 1,00 m x 0,40 m, considerando-se como área útil à fileira central, avaliando-se 11 plantas competitivas, descartando-se as duas primeiras e as duas últimas. As raízes foram colhidas manualmente e com auxilio de enxadas aos 120 dias após o plantio. Sendo avaliadas as seguintes variáveis: Número de Raízes Não Comerciais (NRNC), Número de Raízes Comerciais (NRC), Comprimento de Raízes Comerciais (CRC), Diâmetro de Raízes Comerciais (DRC), Produção de Raízes Não Comerciais (PRNC), Produção de Raízes Comerciais (PRC) e Produção Total das Raízes (PTR).
RESULTADOS:
A análise de variância dos genótipos de batata-doce aos 120 dias após o plantio demonstrou haver diferenças significativas apenas nas variáveis NRC, PRC e PTR. Para a variável NRNC, não houve diferença significativa entre os genótipos, onde apresentaram média geral de 1,75. Para a variável NRC, os clones 06 e 14 e a variedade Sergipana, apresentaram maiores quantidades de raízes comerciais por planta, diferindo estatisticamente dos demais genótipos. Com relação à variável CRC, não se verificou diferença significativa entre os genótipos. Quanto à variável DRC, não se constatou diferença significativa entre os genótipos com média de 3,46 cm. Para a variável PRNC, não houve diferença significativa entre os genótipos, mesmo variando entre 1,57 t.ha-1 (Sergipana) e 2,49 t.ha-1 (Clone 11), apresentando média de 2,12 t.ha-1. Com relação à variável PRC, houve diferença significativa entre os genótipos. Quanto à variável PTR, os genótipos 06 e 14 e a variedade Sergipana se mostraram superiores para esta variável, cuja produtividade total foi respectivamente de 18,84 t.ha-1, 15,63 t.ha-1 e 15,22 t.ha-1.
CONCLUSÃO:
A variável NRC foi a que maior influenciou na produtividade de raízes comerciais, uma vez que os genótipos mais produtivos apresentaram as maiores quantidades de raízes comerciais. Os clones 06 e 14 e a variedade Sergipana apresentaram as maiores produtividade de raízes comerciais na colheita realizada aos 120 dias.
Palavras-chave: clones, produtividade, melhoramento genético.