63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 9. Sociologia - 5. Sociologia Rural
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE TRABALHADORES RURAIS LOCALIZADOS NA ZONA DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO ATRAVÉS DE PARÂMETROS ECONÔMICOS E SOCIOCULTURAIS
Vanessa Patrícia Nascimento de Souza 1
Floriano Pereira Nunes Junior 2
Maria Luiza da Silva 3
Josias Géo Vicente de Paula Junior 4
1. Graduanda em Agronomia, Depto.de Agronomia, UFRPE
2. Graduado em Medicina Veterinária, Depto. de Med.Vet,UFRPE
3. Graduanda em Licenciatura em Biologia, Depto. de Biol,UFRPE
4. Professor do Depto. de Sociologia, da área de S.Rural,UFRPE
INTRODUÇÃO:
No Brasil, a força de trabalho assalariado agrícola é fonte de renda de muitos homens e mulheres, estando os mesmos, por razões diversas, localizados em faixas rurais. Além da existência de informações mais precisas, é comum para o agricultor, ter o auxílio de certos tratos culturais, tidos como costumes, em benefício de melhor aproveitamento em suas atividades de campo. Agricultores empregados da zona da mata norte de Pernambuco, que de certa forma tolheram sua infância e juventude em busca prioritariamente de uma condição financeira necessária para sua sobrevivência são exemplos efetivos de tantos outros operários rurais que colocam em prática suas experiências com a terra, desempenhando função expressiva, essencial na agricultura do País. A realização deste trabalho teve como objetivo, a partir de determinadas variáveis econômicas e socioculturais, analisar, descrever e consequentemente determinar o perfil de empregados rurais que prestam serviços de maneira habitual, através de pagamento de salário à Estação Experimental do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), em Goiana, Pernambuco. O IPA, assim como outras instituições públicas nacionais voltadas para a agricultura, contribui para o desenvolvimento sustentável de forma significativa no meio rural brasileiro.
METODOLOGIA:
A fim de obter os dados, no caso em questão informações oriundas dos trabalhadores rurais, utilizou-se questionário para pesquisa quantitativa contendo dez perguntas relacionadas tanto ao meio profissional quanto pessoal de cada agricultor empregado. Foram no total vinte entrevistados, sendo, portanto, a quantidade de trabalhadores rurais suficientes que se inserem no quadro de funcionário do Instituto. De forma sintetizada, nas interrogações, foram abordados conceitos importantes que auxiliam na possível descrição das variantes que distinguem o perfil dos entrevistados. Servindo, dessa maneira, a futuros estudos na área em questão, possibilitando aos pesquisadores, por conseguinte, trabalharem com dados recentes e significativos. As percepções a respeito das funções desempenhadas pelos pesquisados também serviu de objeto de estudo, disseminando assim as diversas facetas da realidade dos trabalhadores rurais. Os dados foram expressos em tabelas e gráficos, possibilitando assim uma maior análise dos resultados. Toda a pesquisa foi efetuada nas dependências da Estação Experimental do IPA de goiana, Pernambuco.
RESULTADOS:
Os registros coletados, provenientes das respostas dos questionários, demonstraram que a faixa etária de homens e mulheres que atuam como agricultores empregados foi de 42 a 75 anos, tendo a maioria cursado até a 4º série do ensino fundamental. Para ambas os sexos, a idade que se iniciou o trabalho no meio rural foi entre 10 e 12 anos. Com relação à quantidade de pessoas por residência, obtiveram-se valores entre três e nove pessoas, sendo o trabalhador rural entrevistado, o responsável financeiro em cada família. Tal fato comprova que a condição econômica foi fator determinante para o ingresso precoce no trabalho rural. Apesar dos riscos à saúde do agricultor, tais como exposição excessiva ao sol, acidentes com ferramentas agrícolas; o fato de sobreviver da agricultura, obtendo dela seu sustento é o que satisfaz os agricultores entrevistados.
CONCLUSÃO:
Percebe-se, de imediato, a fundamental influência da atuação de instituições públicas nacionais como o IPA, participando ativamente sob forma de políticas extensionistas a favor da permanência do trabalhador rural no campo, enfatizando seu real valor à sociedade.
Palavras-chave: Agricultura, Trabalhador rural, Expectativa de vida.