63ª Reunião Anual da SBPC |
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Linguística - 6. Liguística |
A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA NA EDUCAÇÃO BÁSICA |
Robson Cândido Elias 1 Ademilde Fonseca 2 |
1. UFG 2. Profa. Ms. / Orientadora - Deto de Letras - UFG/CAC |
INTRODUÇÃO: |
O presente trabalho, desenvolvido como conclusão do Curso de Especialização em Letras – Leitura e Ensino, ministrado pela Universidade Federal de Goiás, teve como foco principal o trabalho com gêneros textuais orais em sala de aula do ensino fundamental primeira fase (do 1º ao 5º ano). O primeiro capítulo mostrou como as pessoas fazem uso da linguagem oral, nas comunidades não letradas, usando esta capacidade de comunicação como meio de transmissão de conhecimentos. A compreensão sobre a maneira como o homem se beneficia da oralidade e a forma como ela contribuiu para a evolução da humanidade é fundamental para podermos elaborar novas técnicas de uso dessa modalidade de comunicação no mundo moderno e, assim, propiciar melhores condições de vida a todas as pessoas, levando-as ao domínio dos principais gêneros textuais que circulam na sociedade. A presente pesquisa mostrou evidências de que para existir mais igualdade entre os membros de uma sociedade é preciso que o indivíduo, mesmo não pertencendo à um grupo de intectuais, seja capaz de fazer uso das linguagens formal e informal, e saiba usar os gêneros que circulam em cada uma delas para que não fique excluído e nem sofra nenhum tipo de discriminação. |
METODOLOGIA: |
O trabalho foi desenvolvido utilizando o método de pesquisa bibliográfica. Como referencial teórico utilizamos as obras dos autores Marcuschi (2001, 2007 e 2008), Fávero (1999), Andrade (1999), Aquino (1999), Preti (2004), Schneuwly e Dolz (2004), dentre outros, que pesquisam sobre a oralidade e sobre os gêneros textuais, observando as contribuições, quanto ao ensino da língua materna, de cada um sobre o assunto. Mostramos, embasados nos autores acima citados, algumas sugestões dadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, para se trabalhar a oralidade visando contribuir para o avanço no ensino de Língua Portuguesa e também de outros conteúdos. |
RESULTADOS: |
Percebemos que há um longo caminho a ser percorrido, pois muitos livros didáticos, que são distribuídos para as escolas da rede pública, e usados como o principal recurso pedagógico pelos professores, ainda não estão adequados às diretrizes dadas pelos PCNs no que se refere ao uso dos gêneros textuais. A variedade de gêneros orais trabalhados nos livros didáticos analisados é limitada e não possui gradação de dificuldade, dificultando, assim, o aprendizado dos alunos. |
CONCLUSÃO: |
Este trabalho procurou mostrar que no ensino da língua materna deve haver receptividade às diferenças. Mas essa aceitação do novo e do diferente, em nossa vida não é tão fácil de acontecer. E é nesse momento que a escola exerce um papel de extrema importância, ensinando os conteúdos de forma contextualizada, valorizando e respeitando as diversas formas de expressão dos alunos, levando-os a respeitar os seus semelhantes. Chegamos à conclusão que dentro das entidades educacionais de instância superior, como o MEC, já existe a consciência de que é necessário ensinar a língua portuguesa sem desprezar os conhecimentos e as formas de saber que o indivíduo acumulou ao longo de sua vida. |
Palavras-chave: oralidade, gêneros textuais, língua materna. |