63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 6. Ciência Política - 2. Estado e Governo
A crise do Estado atual e a contemporaneidade do pensamento de Thomas Hobbes.
José Augusto Borges Vaz 1
Marcio Rogério Pereira Fonseca Santos 1
Roberto Augusto Amâncio 3
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
2. Prof. Municipio de São Luís - MA.
INTRODUÇÃO:
O Estado na atualidade aparenta diversa similaridade com o “estado de natureza” apresentado pelo pensamento do inglês Thomas Hobbes. Violência, marginalidade e diversas outras situações sociais são apresentadas no nosso cotidiano. Que nos levar a percebe a necessidade de estudos mais aprofundado das idéias de Hobbes. E, de que seu pensamento não foi somente para o seu tempo, mas, que serve para atualidade. O Estado Hobbesiano é a situação de controle de todos os súditos (o povo em geral) pelo Leviatã (uma pessoa ou parlamento), trazendo a paz e possibilidade de todos viverem em harmonia em um ambiente. E, no momento atual, estamos diante de uma violência generalizada, onde o poder público esta ausente, configurando uma crise no Estado atual. A parti da obra de Thomas Hobbes – o Leviatã – pretendemos demonstrar como a sociedade retorna ao “estado de natureza” , no momento que o Estado não é mais atuante nas questões básicas (Saúde, Educação, Segurança, etc); havendo, portanto, uma contemporaneidade das idéias de Thomas Hobbes.
METODOLOGIA:
Utilizamos como metodologia a pesquisa bibliográfica. A parti da leitura e analise da obra de Thomas Hobbes – O Leviatã – e autores que desenvolver analise da obra de Hobbes, como: Norberto Bobbio (Thomas Hobbes, 1991), Crawford Macpherson (A Teoria Política do Individualismo Possessivo de Hobbes a Locke, 1979), Thamy Pogrebinschi (O Problema da Obediência em Thomas Hobbes, 2003) e outros.
RESULTADOS:
Hobbes propõe uma teoria política pautada no acordo das vontades e na transferência mútua de direitos. Parte do pressuposto que a natureza humana é imutável no seu egoísmo, na sua ambição, competitividade e imoralidade; não havendo, segundo ele, respeito espontâneo ao direito dos outros nem tampouco justiça, tal situação leva a um estado permanente de guerra entre toda humanidade, a menos que exista uma força aglutinadora, um poder comum que mediante a repressão e o medo imponha respeito mútuo, garantindo a paz e a segurança de todos. Partir da análise da natureza humana deduzi a necessidade da organização civil; transpondo elementos da filosofia natural para a filosofia civil. Percebe que o homem faz, de um lado, a guerra em nome da sobrevivência e, de outro lado, cria o Estado como fruto de sua vontade, como necessidade de preservação e à paz. O Estado apresenta-se como absoluto, uma construção artificial universal que agrupa a diversidade, abrindo os caminhos da autorização política e da obrigação moral; trazendo a segurança da sociedade em geral.
CONCLUSÃO:
O texto de Hobbes inicia uma abordagem histórica sobre o qual se situa a necessidade humana de formação do Estado. o modelo político apresentado por Hobbes funda direitos e deveres num contrato de justificação da soberania dado pela vontade e autorização, cuja marca principal é a sobrevivência de todos. Entretanto, na contemporaneidade, o Estado passa pelo processo do liberalismo econômico, onde passa atribuir aos súditos (o povo) suas responsabilidades (com Saúde, Segurança, Educação, etc.). Mas, como a sociedade encontra-se de forma desigual, grande maioria sem condições de sobrevivência, volta-se ao “estado de natureza”; predominando a violência , a marginalidade, insegurança à população em geral.
Palavras-chave: Thomas Hobbes, Estado, Crise do Estado.