63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 10. Educação Rural
A HORTA ESCOLAR COMO TEMA-GERADOR EM UMA ESCOLA RURAL NO AGRESTE SERGIPANO: SUBSÍDIOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS.
Taniela Freitas de Jesus 1
Meireane Teixeira do Nascimento 1
Mayara de Lima Mota 1
Wésla Marcelina Dantas 1
Alysson Santos Costa 2
Paulo Sérgio Maroti 3
1. Depto. de Biociências. Universidade Federal de Sergipe. Itabaiana – SE.
2. Depto. de Educação. Universidade Federal de Sergipe. Itabaiana – SE.
3. Prof. Dr./Orientador. Depto. de Biociências. UFS. Itabaiana – SE.
INTRODUÇÃO:
Este trabalho foi realizado com professores de uma escola rural (Município de Itabaiana, Povoado Mangabeira - SE) no agreste Sergipano, tendo como objetivo a implementação de uma horta escolar com finalidades didáticas para o ensino de ciências. A escolha do tema se deve justamente ao que a primeira vista parece ser a maior dificuldade para a sua abordagem: a complexidade. A horta escolar é um assunto que pede a articulação de diversas áreas do conhecimento. Com isso, acreditamos que aumenta o potencial de aprendizagem. Tal escolha está fundamentada em dois marcos educacionais, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que determinaram que o ensino transversal deve ser incorporado às diferentes disciplinas e, ao estudo do meio, metodologia que visa a exploração do espaço local da escola.
METODOLOGIA:
A partir do tema-gerador horta escolar, propôs-se junto a estes professores o acompanhamento e prática de atividades identificadas pelas seguintes oficinas: a alimentação de produtos da horta escolar, a botânica envolvida na horta escolar, o solo da horta e a arte da compostagem e a estruturação da horta propriamente dita. As atividades desenvolvidas foram denominadas de oficinas verdes estruturadas em dinâmicas de grupo, aplicação de experimentos de simples e barata confecção e discussão de hipóteses e análise de resultados.
RESULTADOS:
A partir dos resultados das oficinas podem-se observar avanços e retrocessos quanto ao trato da temática pelos professores envolvidos no processo. Dentre os avanços observados, pode-se perceber que durante as atividades propostas nas oficinas, tivemos professores que adotaram algumas das práticas em sua dinâmica de aula. Quanto as dificuldades, durante o transcorrer das atividades das oficinas, pode-se observar a diminuição de interesse de boa parte dos professores, apesar do empenho da direção da escola. Apesar das barreiras ao trabalhar com o corpo docente, que como nós, também tem seus limites e dificuldades, como lidar com situações que desafiam a prática cotidiana e estas foram superadas graças ao apoio do nosso professor e orientador Dr. Paulo Sérgio Maroti e pela presença assídua da diretora Lidiane Teixeira do Nascimento.
CONCLUSÃO:
Pode-se concluir que a transversalidade do ensino ainda está no papel, no dia-dia das escolas de área rural. A temática proposta foi considerada pelo grupo de pesquisadores assim como pela direção da escola como adequada, porém pode-se perceber que, devido à baixa auto-estima dos professores e por se tratarem de professores, em grande maioria em final de carreira e por profissionais contratados, respondem a fraca adesão dos resultados.
Palavras-chave: Formação de Professores, Horta escolar, Temas transversais.