63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 4. Enfermagem Obstétrica
PARTO HUMANIZADO: PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS RELACIONADO ÀS CONDUTAS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.
Nara Matias Gomes 01
Tânia Dias de Morais Silva 02
Poliana Graciano da Silva 03
Maria Aparecida da Silva Araujo 04
Ângela Cristina Bueno Vieira 05
1. Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)-Acadêmica de Enfermagem
2. Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)-Acadêmica de Enfermagem
3. Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)-Acadêmica de Enfermagem
4. Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)-Docente - co-orientadora
5. Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)-Docente do Curso de Enfermagem-orientadora
INTRODUÇÃO:
Parto humanizado é sensibilidade e emoção, marcado por mudanças na vida da mulher e da família que envolve uma postura da equipe que ali trabalha, e um contexto onde o relacionamento humano ofereça segurança e apoio emocional efetivo. A humanização da assistência de enfermagem ao parto é uma tarefa difícil de ser implementada, pois a rotina nas maternidades faz com que os profissionais esqueçam de “tocar”, conversar ou ouvir a parturiente, não fazendo da humanização a base da profissão, mas sim algo em segundo plano. Com isso, buscou-se identificar a percepção das puérperas em relação à assistência prestada pela equipe de enfermagem ao parto humanizado em uma maternidade, pois buscar formas para humanizar a prática em saúde implica em aproximações críticas que permitem compreendê-la envolvendo as dimensões político-filosóficas que lhe imprimem sentido
METODOLOGIA:
Realizou-se um estudo do tipo descritivo exploratório, de abordagem qualiquantitativa em um Hospital/Maternidade no Município de Goiânia, Goiás no período de outubro de 2010. A população foi composta por 20 parturientes que aceitaram participar e assinaram um termo de consentimento livre esclarecido depois de garantido o anonimato e direitos de desistência, seguindo-se o que recomenda o Conselho nacional de Ética em Pesquisa quando se trata de estudos envolvendo seres humanos na sua Resolução 196/96 (BRASIL, 1996). Para coleta dos dados utilizou-se um instrumento com perguntas objetivas e subjetivas, previamente elaborado, que mais tarde foram analisados de acordo com a literatura pertinente.
RESULTADOS:
Prevaleceu maior frequência de parturientes com idade entre 23 a 27 anos (45,0%), observando-se que nesta faixa etária priorizam estarem casadas para terem filhos (40%). No momento do parto, 95,0% delas não tiveram acompanhantes durante o trabalho de parto, desse modo, mostram que desconhecem os seus direitos. De acordo com Nagahama & Santiago (2008), há ainda resistência profissional em aceitarem a presença de acompanhantes. Em relação à percepção das parturientes em relação à assistência prestada pela equipe de enfermagem, 65,0% gostaram da assistência oferecida e 35% acharam-na inadequada. Nesse sentido, para uma assistência humanizada a mulher que vivencia o ciclo gravídico puerperal, os profissionais de enfermagem deverão ajudá-la a superar medos, ansiedades possibilitando um melhor conhecimento em relação ao momento do parto. Entretanto, 65,0%, das entrevistadas nunca ouviram falar em parto humanizado, 20,0% não tem muito conhecimento ou já ouviram falar e 15,0% acha que é um atendimento bom a gestante. Contudo, percebe-se que para a melhoria da assistência humanizada de enfermagem à parturiente é necessária qualificação e conhecimento da SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), pois para uma assistência completa e humanizada são necessários não só recursos materiais e humanos, mas também envolvimento/satisfação pessoal do trabalhador.
CONCLUSÃO:
A rotina diária da assistência de enfermagem faz com que muitas vezes os cuidados sejam de forma mecânica; deixando a sobrecarga de trabalho e o comodismo interferir e afastar a prática da teoria, levando a uma insatisfação das parturientes em relação aos cuidados. Percebe-se que o parto humanizado é um assunto que as puérperas desconhecem, assim como os seus direitos em ter acompanhantes. Dessa forma, é necessário que, baseado nos dados coletados, ressalte-se a importância de mudanças nos profissionais, de forma que os mesmos busquem a atualização periódica de conhecimentos e implantem uma assistência humanizada através da SAE e que envolva atitudes, comportamentos, valores, ética e profissionalismo humanizado.
Palavras-chave: enfermagem, parto humanizado, puerpera.