63ª Reunião Anual da SBPC

D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 2. Medicina Preventiva

ESTUDO IN VITRO DA VIABILIDADE TECNOLOGICA PARA MENSURAÇÃO DA TAXA DE EVAPORAÇÃO DO FILME LACRIMAL PARA DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE DISFUNÇÃO LACRIMAL

Lucas Bertazzi Augusto 1 Rossen Mihaylov Hazarbassanov 2 Vagner Rogério dos Santos 3 Déborah Reuter do Amaral 4 Paulo Schor 5

1. Graduando em Tecnologias em Saúde/Oftálmica - Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular 2. Dr.Prof./Orientador - Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular 3. Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular 4. Graduanda em Tecnologias em Saúde/Oftálmica- Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular 5. Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular 6. Dr.Prof - Depto. de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, Laboratório de Bioengenharia Ocular

INTRODUÇÃO:

De acordo com a nova classificação e definição apresentada no Dry Eye Workshop (DEWS) 2007, olho seco ou Síndrome da Disfunção Lacrimal (SDL) é uma doença multifatorial da lágrima e superfície ocular que resulta em sintomas de desconforto, distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal, com danos potenciais à superfície ocular. O objetivo é montar um sistema para avaliação in vitro da viabilidade tecnologica da mensuração da taxa de evaporação do filme lacrimal para diagnóstico de SDL.

METODOLOGIA:

O Sistema de Teste(ST) consiste em um sistema de fluxo de ar fechado composto de: invólucro de secagem do ar, confeccionado por um tubo de Cloreto de Polivinila(PVC) e preenchido com sílica desumidificada, cujo objetivo é garantir a estabilidade da umidade interna no ST, 2 Termo Higrômetros TH1 e TH2, Câmara de Evaporação(CE) e Esfera de Testes de Evaporação(ETE). Imediatamente após a saída do invólucro de condicionamento da sílica, ela foi acoplada ao TR1 que mensura a temperatura e umidade relativa do ar(UR) de entrada da CE. Para gerar o fluxo de ar no ST foi utilizado uma bomba de inalação com vazão de ar 15l/min para estabilizar o fluxo de ar e implementado um acumulador confeccionado com uma garrafa Politereftalato de Etileno(PET). Para controle do fluxo de ar interno ao ST na taxa de 10l/min ± 0,5l/min, utilizou-se um fluxômetro de oxigênio que possibilitou o controle do fluxo. O TR2 é localizado após a CE posicionada sob a ETE. As conexões foram feitas com: 1 “tee” de PVC, 1 niple de PVC, 1 espigão de latão, 1 niple de latão, torneiras de 3 vias com conexão e tampões para tubo e mangueira de PVC. Para avaliação e padronização realizou-se dois tipo testes, a saber: um com ETE (Sistema Fechado Seco – SFS) e ETE com líquido de simulação da lágrima(Sistema Fechado Úmido – SFU).

RESULTADOS:

O ambiente externo em que o sistema se localizava estava a uma temperatura média de 24,5°C e a UR média era 45,4%, nos experimentos SFS e SFU. O tamanho da amostra foi n=21 para SFS e SFU. Utilizamos as variações de entrada e saída da temperatura correlacionando com umidade relativa do ar. As mensurações de temperatura e a UR na entrada e saída do fluxo de ar foram coletadas em intervalos de 6min durante 120min. Correlacionando UR de entrada do SFS com UR de entrada do SFU obtemos um p<0.0001, assim como a saída de UR da SFS com a de SFU temos p=0.0597. E na correlação de temperatura na entrada de SFS e SFU p<0.0001 e na saída p=0.0011.

CONCLUSÃO:

O ST demonstrou nos testes SFS e SFU que as correleções de UR e temperatura foram estatisticamente significantes, evidenciando sua possível utilização como aparelho para avaliação de SDL.

Palavras-chave: Síndrome da Disfunção Lacrimal, Evaporação, Filme Lacrimal.