63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia |
Os APL’s e a perspectiva de desenvolvimento regional. |
Ana Carolina Zonta 2 Monika Christina Portella 1 |
1. Profa. Msc./Orientadora - Universidade Tuiuti do Paraná - UTP 2. Graduanda Geografia - Universidade Tuiuti do Paraná - UTP |
INTRODUÇÃO: |
Arranjo Produtivo Local (APL) é definido como a aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal, bem como de empresas correlatas e complementares como fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros. Para sua compreensão, é imprescindível a abordagem territorial dos elementos e atores integrantes do arranjo, além da discussão sobre identidade local, governança, cooperação e inovação. Trata-se de temática relevante num contexto econômico mundial em que observamos mosaicos de regiões e localidades produtivas especializadas na conformação de cidades médias, distritos industriais, pólos tecnológicos, etc. O APL se insere num quadro em que o território passa a ser entendido como o ator detentor de processos complexos de crescimento endógeno formando elos entre áreas vizinhas e gerando nova configuração de interdependência. Este trabalho se justifica em razão da importância que as aglomerações de pequenas e médias empresas, tal como os APL’s, adquirem no contexto atual. Isto pela capacidade de geração de empregos e perspectivas de viabilizar o desenvolvimento local equilibrado, aliando cooperação e ações conjuntas entre os diversos atores do território. A condução das ações governamentais, contudo, deve estar bem direcionada, ou seja, apontada para as verdadeiras aglomerações em APL ou para aquelas em vias de consolidação. |
METODOLOGIA: |
O trabalho sobre APL foi desenvolvido na Universidade no Núcleo de Pesquisa de Geografia Aplicada (NPGA), houve orientação da Msc. Monika Christina Portella Mestre em Geografia Econômica e colaboração do Prof. Uraci Castro Bomfim Economista. Primeiramente foi feito a leitura de livros e artigos científicos para o embasamento teórico e no segundo momento a escolha do estudo de caso. |
RESULTADOS: |
Apresenta-se os resultados alcançados do ponto de vista da construção teórica. Adotamos o conceito de APL definido pelos pesquisadores da RedeSist/UFRJ (Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais), pioneiros na construção de um marco conceitual a ser empregado na análise de aglomerados industriais em diferentes regiões do Brasil. Partem dos pressupostos embutidos na teoria evolucionista e centralizam o foco na interação entre os variados agentes envolvidos na elevação do patamar competitivo das firmas, em especial no que se refere às inovações tecnológicas. |
CONCLUSÃO: |
Segundo Cunha, 2002, as vantagens competitivas locacionais podem ser divididas em duas categorias: Em primeiro lugar, há as economias passivas, em que os ganhos são originários de reduzidos custos de transporte, da proximidade com cliente ou fornecedor, de urbanização e da infra-estrutura gerada por essa última. Em segundo lugar, existem as economias ativas. São resultados, em geral, do acúmulo e inter-câmbio de conhecimentos tácito ao longo do tempo, numa dada localidade. As aglomerações apontam que esses arranjos nas regiões têm forte influência na capacidade de aproveitamento e conhecimento tácito. Há diversas vantagens com relação ao local dos APL’s como cita Kelson Vieira Senra no seu trabalho sobre Políticas e instituições para desenvolvimento econômico territorial. O caso do Brasil, onde ele numera benefícios como de descentralização administrativa e orçamentária, gera trabalho e renda com políticas de regionalização, melhora do sistema viário, infra-estrutura básica da região, assim uma reação em cadeia beneficiando toda a região. E há também com essa dinâmica uma reconfiguração da rede urbana: Criação de novas centralidades urbanas, nas regiões de menor densidade populacional, reorientando os fluxos migratórios e frear o crescimento demográfico das grandes metrópoles; Priorização de investimentos e ações nas regiões metropolitanas, onde estão concentrados grandes déficits, extremada pobreza, violência, entre outras facetas da desigualdade social. |
Palavras-chave: Arranjo produtivo local, APL”s do Paraná, desenvolvimento territorial. |