63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 5. Ciências Florestais
AVALIAÇÃO BIOMÉTRICA DE FRUTOS E SEMENTES DE Bertholletia excelsa H. B. K, NA REGIÃO FITOGEOGRÁFICA DE PARINTINS–AM
Fernando Viana Ribeiro 1
Raquel Matos dos Santos 2
Silas Garcia Aquino de Souza 3
Lucinda Carneiro Garcia 4
José Nestor de Paula Lourenço 5
Carlos Sérgio Pessoa Nogueira 6
1. Estudante de Geografia/UEA, Núcleo Parintins-AM, Bolsistas/ PAIC. Rua, Barreirinha, 2707- Palmares, CEP 69153-030 - Parintins-AM
2. Estudante de Geografia/UEA, Núcleo Parintins-AM, Bolsistas/ PAIC
3. Agrônomo Dr./Orientador e Pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental. Rod. AM 010, Km 29. Cx. Postal 319. CEP 69011-970 – Manaus-AM
4. Agrônoma Dra. e Pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental. Rod. AM 010, Km 29. Cx. Postal 319. CEP 69011-970 – Manaus, AM
5. Agrônomo M.Sc. e Pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental. Rod. AM 010, Km 29. Cx. Postal 319. CEP 69011-970 – Manaus, AM
6. Estudante de Engenharia Florestal/UEA, Núcleo Itacoatiara-AM, Voluntário/ PAIC
INTRODUÇÃO:
A Bertholletia excelsa H. B. K, Lechytidaceae é uma das árvores símbolo da Amazônia devido sua importância social, ecológica e econômica para a região. Atualmente, existe um grande interesse na promoção de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNM) como uma das estratégias para a conservação de florestas tropicais. Dentre os produtos florestais não madeireiros, a castanha-da-Amazônia caracteriza-se como um dos mais importantes recursos econômicos da Amazônia. Milhares de famílias agroextrativistas utilizam a castanha como fonte de renda. Apesar de sua importância existe carência de conhecimento da variabilidade de frutos e sementes da espécie para a seleção de germoplasma e estabelecimento dos programas de pré-melhoramento que visam a incorporação de espécies nativas em plantios comerciais e o aproveitamento do potencial de mercado para estes produtos. Considerando a importância econômica, ecológica e social da castanheira, o presente trabalho visa avaliar as características biométricas de frutos e sementes.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na região de Parintins-AM, em uma área de castanhal, da Comunidade Nossa Senhora do Rosário (coordenadas geográficas 2o 43' 45” S e 56o 40' 54” W), Lago do Máximo. Os frutos foram originados de uma amostra aleatória de uma população de 05 de cinco matrizes, que foram georeferenciadas e identificados com plaquetas de alumínio com códigos diferenciados. A altura comercial e total das matrizes foram estimas. Para obtenção do DAP (Diâmetro a altura do peito) foi mensurado o CAP (Circunferência a altura do peito) de cada matriz com o auxílio de fita métrica. Para caracterizar a biometria dos frutos foram amostrados 50 frutos, 10 frutos/matriz. De cada fruto foi avaliado a altura, diâmetro largura, peso fresco do fruto. Os frutos foram classificados pelo peso em frutos pequenos, frutos médios e frutos grandes. Os frutos/ouriços foram abertos e tomados o número e peso fresco das sementes. Para avaliação biométrica das sementes foram selecionadas aleatoriamente 10 semente/frutos. De cada semente foi avaliado a altura, testa, largura, peso fresco e seco e peso seco das amêndoas, em seguida foram classificadas pelo peso em sementes pequenas, sementes médias e sementes grandes.
RESULTADOS:
As matrizes selecionadas apresentaram DAP variando de 13 cm 167 cm, média de 74 cm, altura total estimada em média de 12,5 m. Os frutos apresentaram diâmetro medindo de 9,70 cm a 12,70 cm, média de 11,20 cm. Quanto ao peso dos frutos, os classificados em frutos pequenos, variam de 370 g a 470 g, média de 420 g; os frutos médios variam de 471 g a 770 g, média de 520 g, e os frutos grandes variam de 771 g a 1070 g, média de 820 g. Com relação a biometria da semente, o diâmetro médio foi de 9,45 mm, variando de 5,09 mm a 14,09 mm. Quanto ao peso da massa fresca das sementes, verificou-se variação de 4,70 g a 17,70 g, média de 10,30 g. As sementes classificadas como pequenas pesaram de 4,60 g a 8,60 g, média de 6,30 g; as sementes classificadas como médias, pesaram de 8,61 g a 12,60 g, média de 10,30 g; e as sementes classificadas como grandes pesaram de 12, 61 g a 17,60 g, média de 14,85 g. O peso da massa seca das sementes variou de 3 g a 12 g, média de 7,5 g. Já o peso da massa seca das amêndoas (sementes sem casca) variou de 1,02 g a 7,02 g, média de 4,6 g. Neste estudo verificou-se grande amplitude na variação de peso dos frutos, bem como, no tamanho e no peso das sementes.
CONCLUSÃO:
Com base nos resultados conclui-se que os frutos e sementes de Bertholletia excelsa H. B. K estudados apresentam grande variação de biometria, características que podem contribuir significativamente para seleção de germoplasma para estabelecimento de programas de pré-melhoramento e incorporação desta espécie em plantios comerciais.
Palavras-chave: Bertholletia excelsa, agroextrativismo, Amazônia.