63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 2. Manejo Florestal
Pigmentos fotossintéticos em plantas de ipê-amarelo sob alagamento
Rafaela Pereira de Jesus 1
Daniela Viana da Costa 1
Railan Ferreira do Nascimento 1
Odyone Nascimento da Silva 1
Gustavo Antonio Ruffeil Alves 1
Allan Klynger da Silva Lobato 1
1. Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada-UFRA
INTRODUÇÃO:
O Ipê- amarelo é uma espécie florestal nativa de importância relevante em função de suas utilidades econômicas, ornamentais e ecológicas. É uma espécie muito utilizada na recuperação de áreas desmatadas, principalmente em áreas degradadas pela exploração petrolífera na Amazônia. Entretanto, vários problemas têm ocorrido na sua utilização, principalmente morte de espécimes no período chuvoso, devido a compactação dos solos ocasionando a inundação dos mesmos. Contudo pouco ou quase nada se sabe sobre seu comportamento sob condições de déficit hídrico.
Os pigmentos são moléculas que absorvem e emitem luz, mudando seu estado eletrônico. Estas moléculas também são chamadas de fotorreceptores, pois absorvem a luz para eventual uso em processos fisiológicos. Elas processam a energia luminosa em uma forma que pode ser usada pela planta. Objetivo deste trabalho foi avaliar as concentrações dos pigmentos fotossintéticos em plantas de ipê-amarelo submetidas ao alagamento.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (01º27’S e 48º26’W), usando como material vegetal plantas jovens de Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson) com 7 meses de idade, no qual foram colocadas em vasos com capacidade de 30 L contendo o substrato citado anteriormente, sendo as plantas aclimatadas nas condições descritas pelo período de 20 dias. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 2 condições hídricas (controle e alagamento), tendo 15 replicatas e totalizando 30 unidades experimentais, com cada unidade tendo 1 planta vaso-1. Após o período de aclimatação, iniciaram-se os tratamentos, com o tratamento controle mantido sob irrigação durante todo o período experimental, enquanto que o tratamento alagamento foi submetido por 9 dias, sendo avaliadas as plantas no 9° dia após a aplicação dos tratamentos. Foram mensurados os pigmentos fotossintéticos com a metodologia de Lichthenthaler (1987). Os resultados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. Além disso, foi calculado o desvio-padrão das médias.
RESULTADOS:
Os teores de Clorofila a, variaram significativamente entre os tratamentos, apresentando os valores 2,9 e 0,5 mmol Kg-1 MF nos tratamentos controle e alagamento. No qual as plantas sob alagamento tendo um decréscimo de 82,7 % em relação às plantas controle.
Nos teores de clorofila b ocorreram variações significativas, sendo observados os teores de 1,8 e 0,3 mmol Kg-1 MF, nas plantas controle e alagamento. As plantas sob alagamento apresentando um decréscimo de 83,3 % em relação às plantas controle.
Os Teores de clorofila total variaram entre os tratamentos, sendo as plantas sob alagamento tendo um decréscimo de 83 % em relação às plantas controle. Tais resultados são provenientes dos teores de 4,7 e 0,8 mmol Kg-1 MF provenientes dos tratamentos controle e alagamento.
Os teores de carotenóides apresentaram 2,4 e 0,4 mmol Kg-1 MF nos tratamentos controle e alagamento. As plantas sob alagamento tendo um decréscimo de 83,3 % em relação às plantas controle. A submersão das plantas por longos períodos afeta o aparato fotossintético e fotoquímico, reduz o crescimento de folhas, caule e raízes, podendo resultar na morte das plantas.
CONCLUSÃO:
O alagamento por nove dias nas plantas de ipê-amarelo promoveu redução nos teores dos pigmentos fotossintetizantes, provocando também clorose nas folhas, tal fato provavelmente diminui a aquisição de carbono por meio da fotossíntese.
Palavras-chave: Clorofilas, Carotenóides, Luminosidade.