63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
EFEITO DA GIBERELINA (GA3) NO CRESCIMENTO INICIAL DE XIQUE-XIQUE EM CONDIÇÕES DE AMBIENTE FECHADO. |
ROBERTO JUN TAKANE 1 REBECA DE ARAÚJO TORRES 1,2 INGRID BERNADO DE LIMA 1,3 ROUSILENE SILVA DO NASCIMENTO 1,3 ADRIELY FERNANDES VIEIRA 1,2 |
1. Profo. Dr. Depto de Fitotecnia - UFC 2. Estudante de graduação em Agronomia - UFC 3. Estudante de pós-graduação em Fitotecnia -UFC |
INTRODUÇÃO: |
Cactos e plantas suculentas encontram-se comercialmente em todo o planeta. Pela diversidade de espécies e facilidade de cultivo se tornam muito populares e cultivadas (TAKANE et al, 2009).O Pilosocereus gounellei (A. Weber ex K. Schum.) Bly. ex Rowl.) conhecido popularmente como xique-xique é uma cactácea nativa do semi-árido brasileiro, utilizada como forragem para animais ruminantes e também como planta ornamental. Nos últimos anos o mercado de plantas ornamentais teve um incremento de produtividade pela introdução de novas tecnologias nos sistemas de cultivos, dentre as quais podemos citar o uso de aplicação de reguladores vegetais com a finalidade de obter mudas em menor espaço de tempo, mais vigorosas e sadias, assim como melhorar seu desempenho no campo. O ácido giberélico (GA3) é entre as giberelinas um dos mais usados para manipular o crescimento de plantas, por promover o crescimento do caule, estimular a expansão e divisão celular e acentuar a expressão da dominância apical em plantas (WEISS; ORI, 2007). Objetivou-se com esse trabalho verificar a concentração de GA3 que promovesse o melhor desenvolvimento de plântulas de xique-xique. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado de janeiro a fevereiro de 2011, no telado do Setor de Horticultura da Universidade Federal do Ceará. Utilizaram-se plântulas de xique-xique com 5 meses de germinação. Estas foram imersas por um minuto em diferentes dosagens de giberelina líquida, em seguida plantadas em bandejas de poliestireno GA-17, transparente, furadas na base, com dimensões: 18,7 cm x 13,0 cm x 7,3 cm, contendo como substrato areia lavada e esterilizada. Essas bandejas foram mantidas sob uma bancada. Os tratamentos consistiram em: testemunha (sem GA3), doses de 250ppm, 500ppm, 750ppm e 1000ppm de GA3. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado contendo 5 tratamentos, 5 repetições, sendo cada repetição com cinco plântulas. Os tratamentos foram casualizados nas caixas. Após 45 dias foram analisados a altura da parte aérea (PA), diâmetro da parte aérea (D), utilizando régua milimétrica e paquímetro digital respectivamente, e o peso fresco (PF) e peso seco (PS), onde o material fresco foi pesado em balança de precisão e em seguida colocadas em sacos de papel para a secagem em estufa de circulação de ar a 80ºC até atingir peso constante. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5 % de probabilidade. |
RESULTADOS: |
Nas plântulas de xique-xique tratadas com diferentes concentrações de giberelina e cultivadas em substratos de areia, pode-se observar que apenas a variável diâmetro (mm) apresentou diferença significativa. As plântulas que não receberam aplicação de giberelina apresentaram maior diâmetro diferindo estatisticamente das tratadas quando comparas ao nível de 5% de probabilidade. As demais variáveis (altura, peso fresco e peso seco) não apresentaram diferenças significativas, evidenciando que as dosagens testadas de giberelina não influenciam o desenvolvimento de plântulas de xiquexique até 45 dias de cultivo no substrato de areia lavada, não apresentando modificação na morfologia e na fisiologia da planta. Alguns estudos revelam que apesar da aplicação de giberelina em plantas com espinhos, como cactáceas e citros, não foram encontrados relatos de alterações funcionais de espinhos em ramos adventícios (FAGOAGA et al., 2007). Entretanto, o efeito de uma substância reguladora de crescimento, como a giberelina, além de depender dos fatores ambientais, depende também da concentração, do número de aplicações, da época de aplicação, do estádio de crescimento da planta e da natureza da espécie ou cultivar tratada (COELHO e OLIVEIRA, 1983). |
CONCLUSÃO: |
No presente trabalho somente a variável diâmetro apresentou diferença estatisticamente entre os tratamentos, concluindo que novas pesquisas precisam ser realizadas com o intuito de obter mais informações sobre a relação ácido giberélico em cactácea. |
Palavras-chave: acido giberélico, cactácea, Pilosocereus gounellei. |