63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
AJUSTADORES OSMÓTICOS EM FOLHAS DE IPÊ-ROXO SUBMETIDA A DEFICIÊNCIA HÍDRICA
Helen Patricia Moreira Negrão UFRA
Iza Layana Cezario Galdino UFRA
Émile da Costa Melo UFRA
Allan Klynger da Silva Lobato UFRA
Manoel Bruno Chagas da Silva UFRA
Cândido Ferreira de Oliveira Neto UFRA
1. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA.
2. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA.
3. Engenheiro Agrônomo.
4. Prof. MSc-Campus Paragominas/Ufra
5. Graduando em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA.
6. Prof. Dr./Orientador-Campus Capitão Poço/Ufra
INTRODUÇÃO:
O Ipê-Roxo é tido como um poderoso auxiliar no combate a determinados tipos de tumores cancerígenos. É usado também como analgésico e como auxiliar no tratamento de doenças estomacais e da pele. No passado, foi largamente utilizado no tratamento da sífilis. A árvore do Ipê-roxo é alta e tem como característica as flores tubulares arroxeadas. Os estudos ainda não comprovaram suas propriedades anticancerígenas. A substância com propriedades terapêuticas é encontrada na casca. A extração predatória, realizada durante anos, quase levou a espécie à extinção. O ajustamento osmótico constitui-se num importante mecanismo de tolerância das plantas a condições de baixo potencial hídrico no ambiente radicular. O presente trabalho teve por fim, avaliar o efeito do déficit hídrico nos teores de prolina e carboidratos solúveis totais em folhas de ipê-roxo.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido na Casa de Vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA- Capitão- Poço) e as análises foram feitas no Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada (NPVBA). As mudas de ipê-roxo (Tabebuia avellanedae LORENTZ EX GRISEB) fornecidas pela AIMEX quando tinham oito meses de idade foram acondicionadas em vasos plásticos com capacidade para 25 litros, contendo terra preta com textura arenosa. Antes do inicio dos tratamentos todas as plantas foram colocadas sob sombrite 50%, irrigadas diariamente, recebendo macro e micronutrientes, na forma de solução nutritiva de Hoagland & Arnon. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em fatorial 2 x 4 (condições hídricas x ciclos de estresse) com 5 repetições, totalizando 40 parcelas. Foram feitas quatro coletas destrutivas (tempos: 0, 4, 8 e 12 dias), sempre às 9:00 h da manhã. Imediatamente após a coleta, as folhas foram congeladas em freezer (- 20 º C), e depois levadas a estufas de circulação de ar forçada a 65 ºC, até a secagem para preparo do pó. A partir deste pó foram analisados os teores de prolina e de carboidratos solúveis totais. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e comparadas às médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância, realizadas através do Sas- Institute.
RESULTADOS:
As plantas com deficiência hídrica tiveram um aumento significativo para os níveis de prolina e carboidratos solúveis totais, no qual os teores de prolina tiveram uma variação média de 3,67 nas plantas irrigadas para 17,21mmol Pro/gMS em plantas submetidas ao 12º dia de déficit hídrico. Para carboidratos solúveis totais, a variação foi de 1,54mmol de GLU/ g MS (plantas controle) para 3,48mmol de GLU/ g MS (plantas 12 dias de estresse hídrico). Nos carboidratos solúveis totais, a elevação de sua concentração nas folhas, está ligada à finalidade de se manter o nível de água no meio celular, e também a indução da quebra de amido da folha para aumentar as concentrações de carboidratos livres no citoplasma celular, visando o equilíbrio osmótico. O aumento nos níveis de prolina ocorreu, provavelmente, através do aumento da atividade e/ou concentração de enzima P-5CR e/ou diminuição da degradação mitocondrial desse iminoácido,
CONCLUSÃO:
Houve um aumento das concentrações de prolina e de carboidratos solúveis totais em função da deficiência hídrica da planta.
Palavras-chave: Ipê-roxo., Deficiência hídrica., Reguladores osmóticos..