63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 2. Manejo Florestal |
Relações hipsométricas para crescimento inicial de teca (Tectona grandis L.f.) em Jataí-GO |
Francisco Costa Júnior 1 Renan Augusto Miranda Matias 1 Thelma Shirlen Soares 2 Wendy Carniello Ferreira 2 |
1. Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí 2. Professor da Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí |
INTRODUÇÃO: |
A teca (Tectona grandis L.f.) é uma espécie arbórea natural do sudoeste asiático, cuja madeira é valorizada pela sua resistência e durabilidade (MACEDO et al., 1999). Na região sudoeste do Estado de Goiás, os plantios de teca são recentes e ainda não possuem equações hipsométricas que possibilitem, segundo Zanon et al. (1996) conhecer com precisão a altura das árvores indiretamente, reduzindo o tempo e o custo do levantamento de dados no inventário florestal. No inventário florestal, a medida dos diâmetros pode ser fácil e rapidamente obtida em quase todas as tipologias florestais. Já a medição de alturas das árvores pode ser realizada de modo direto, por meio de instrumentos apropriados. Sendo assim, é preciso recorrer ao exame de um número limitado de indivíduos, a fim de conseguir, dentro de certos intervalos de confiabilidade, inferências válidas a respeito da população em estudo. Considerando que a seleção de equações adequadas contribuirá para as decisões do manejo adequado da espécie na região, desenvolveu-se este estudo cujo objetivo foi ajustar e selecionar modelos de relações hipsométricas para povoamentos de teca em Jataí-GO. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido na área experimental do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, localizado a 17o53’ S e 51o43’ W e com 670 m de altitude. O clima da região, segundo a classificação de Köepen, é do tipo Cw, mesotérmico, com estação seca e chuvosa definidas. O solo da área do experimento é um Latossolo Vermelho distroférrico (EMBRAPA, 1999). Os dados empregados referem-se a plantios com idade 9 meses, em espaçamento 3 x 2 m, 3 x 3m, 4 x 3 e 4 x 4 m. Foram mensurados o diâmetro altura do solo (das) e altura total de 40 árvores-amostras. A determinação das alturas das árvores individuais foi realizada por meio de quatro modelos hipsométricos: linha reta (H = β0 + β1Di+ ei), parabólico (H= β0 + β1Di + β2Di2 + ei), Stofels (ln(H)= β0 + β1ln(Di) + ei) e Curtis (ln(H) = β0 + β1Di-1 + ei), os quais foram ajustados pelo método de regressão linear conforme Draper e Smith (1998). O critério utilizado para determinação da equação mais precisa foram: maior coeficiente de determinação ajustado (R2 aj.), menor coeficiente de variação (CV) menor erro padrão residual (Syx) e análise gráfica dos resíduos sem tendências. |
RESULTADOS: |
De acordo com os critérios estabelecidos para seleção do melhor ajuste, verificou-se na análise gráfica que Stoffel e Curtis apresentaram tendência de subestimação dos valores de altura sendo, portanto desconsiderados para o povoamento em estudo. As equações obtidas pelos modelos parabólico e da linha reta foram as que apresentaram resíduos sem tendenciosidade. Porém, analisando o coeficiente de determinação e o erro padrão residual, verificou-se que a equação da linha reta é mais precisa nas estimativas das alturas das árvores de teca. A equação obtida pelo modelo da linha reta foi H = 10,09864 + 0,822131das. |
CONCLUSÃO: |
A equação gerada pelo modelo da linha reta é a mais apropriada para as estimativas de alturas de povoamentos jovens de teca na região de Jataí-GO. |
Palavras-chave: Modelo de altura, Teca, Goiás. |