G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental |
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CONSTRUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS NO ENSINO MÉDIO: A INTEGRAÇÃO DE CONCEITOS AMBIENTAIS A PARTIR DO TEMA CHUVA |
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Keyla Daniela de Souza Almeida 1
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1. Escola Superior de Tecnologia – Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
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INTRODUÇÃO: |
As tecnologias como ferramentas educacionais necessitam ter como função principal à de ferramentas intelectuais que permitam os estudantes construírem significados e representações próprias do mundo (Passerino, 2001). A ferramenta CmapTools, é utilizada atualmente para a construção de mapas conceituais e para o compartilhamento do conhecimento com outros estudantes. O embasamento teórico está fundamentado na Teoria de Aprendizagem Significativa (Ausubel, 1978), que tem exercido uma enorme influência na educação e baseia-se em um modelo construtivista. Devido a sua estrutura organizacional hierarquizada, os mapas conceituais procuram facilitar o aprendizado e a assimilação do conteúdo, organizando as informações e propiciando a visualização de uma estrutura conceitual e suas diversas relações. A possibilidade do uso em diversas áreas da educação o torna multidisciplinar e o fato de possuir oportunidades de experiências com grande poder de ilustração, estimula a participação dos estudantes (Camacho, 1996). Este artigo apresenta mapas conceituais construídos a partir do tema chuva ácida, utilizando o software CmapTools, visando a avaliação de aprendizagem pelos alunos de Ensino Médio, aliada a capacidade de integração de conceitos ambientais. |
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METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado em 3 (três) turmas de 1º ano do Ensino Médio do turno vespertino, de uma escola pública no município de Manaus, no período de agosto à dezembro de 2010. Foi utilizado o software CmapTools versão 5.04, para a elaboração dos mapas conceituais. A pesquisa dividiu-se em 5 etapas: 1⁰) Consistiu na escolha do tema a ser discutida na disciplina, elaboração do plano de atividades, aplicação de questionário inicial e orientação sobre a forma de construção dos mapas conceituais; 2⁰) Iniciou-se fazendo um levantamento das concepções prévias dos estudantes com a distribuição do texto de abertura intitulado “A chuva ácida”, para leitura e listagem de palavras e conseqüente elaboração dos mapas conceituais manuscritos (inicial); 3⁰) Consistiu-se na aula expositiva sobre a temática, com o objetivo de fornecer conhecimentos da formação da chuva ácida e elaboração do mapa conceitual manuscritos (final), partindo-se da seguinte pergunta: “O que é chuva ácida e o quê ela tem a ver com a natureza?”; 4⁰) Reconstrução dos mapas conceituais através do software CmapTools, no laboratório de informática da escola; 5⁰) Consistiu-se na aplicação do questionário com perguntas objetivas que visava à obtenção de dados a respeito de possíveis mudanças de atitude e motivação. |
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RESULTADOS: |
Os mapas conceituais foram avaliados estruturalmente de acordo com a taxonomia topológica e semântica do conteúdo. A análise dos mapas iniciais mostrou erros estruturais e conceituais com alta relevância, já que os alunos pouco conheciam a temática, conseqüência da falta de base para sua elaboração e organização de conceitos. Na avaliação dos mapas finais, os alunos tiveram um avanço significativo, pois puderam apresentar informações que poderiam ser utilizados como “ancoradouros” para novos conceitos, abordados após aula expositiva. Amoretti e Tarouco (2000) observam que, quando utilizados de forma colaborativa os mapas conceituais mostram-se boas ferramentas para o ensino. A partir das respostas dos alunos ao questionário, verifica-se que eles gostaram de participar da construção de mapas conceituais, demonstrando grande envolvimento com o tema. A maioria deles reconheceu a contribuição das informações adquiridas com a produção dos mapas, como uma importante ferramenta de sistematização de informações. Observou-se que foi possível detectar o entendimento dos alunos com a construção dos mapas conceituais e que foi importante para eles terem aulas diferentes, dinâmicas sem o suporte de pincel/lousa, favorecendo o aprendizado e apoiadas em ferramentas que possam aperfeiçoar o aprendizado e avaliar a aprendizagem com eficácia. |
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CONCLUSÃO: |
O processo de ensino/aprendizagem denota, na maioria dos casos, um esforço permanente na busca de soluções que facilitem a construção de uma aprendizagem que se torne significativa ao aluno. A introdução de novas tecnologias para melhorar o desempenho do aluno em sala de aula tem proporcionado inúmeros benefícios, como a satisfação e a motivação do mesmo em aprender de maneira diferente. A utilização de mapas conceituais é uma estratégia metodológica alternativa que busca mudar a dinâmica tradicional, alterando os papéis desempenhados por alunos e professores. Os mapas conceituais indicaram que seu uso possibilita o ensino construtivista possibilitando avaliar a aprendizagem dos alunos, por evidenciar os diferentes níveis de conhecimento existentes entre os mapas. A abordagem construtivista entende que, quando o conhecimento necessita ser acessado, ele é reconstruído pelo indivíduo e esta visão é de uma estrutura cognitiva dinâmica e sólida do ponto de vista conceitual (Struchine et al., 2006). Os mapas conceituais proporcionaram um meio eficaz de avaliação a partir do tema chuva ácida, integrando conceitos ambientais e ocasionando uma mudança no aprendizado dos alunos, favorecendo assim à aulas mais dinâmicas através do uso desta ferramenta. |
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Palavras-chave: mapas conceituais, chuva ácida, meio ambiente. |