63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
Uma grande discussão: Os pré-vestibulares comunitários e seus desafios
Bruna Maria de Sousa Abreu 1
Adriana Valeria Alves Lucena 2
Janille Campos 3
Mauro Rogerio Carvalho Moreno 4
Priscila Nunes Picado de Castro 5
Leandro Manhaes Silveira 6
1. Graduando de Serviço Social - UFF
2. Graduando de Serviço Social - UFF
3. Graduando de História - UFF
4. Graduando de Física - UFF
5. Graduando de Letras - UFF
6. Mestrando de História / Orientador UFF
INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem por objetivo mapear e analisar os pré-vestibulares comunitários existentes no âmbito da UFF, no ano de 2010, de maneira a explicitar os dilemas e desafios enfrentados pelos mesmos, para a realização de suas lutas (defesa de um ensino gratuito, de qualidade, na construção da cidadania).
METODOLOGIA:
A pesquisa teve como instrumental de análise: pesquisa documental, elaboração de questionários e realização de entrevistas com nove pré-vestibulares comunitários existentes na UFF de Niterói. A abordagem visou diagnosticar as reais questões vivenciadas pelos prés, bem como seus limites e possibilidades. Para tanto foram levantados os dados sobre cursos comunitários no Brasil e suas trajetória ao longo das décadas de 1990 e 2000. Em seguida, foi realizada uma investigação dos principais desafios e lutas desses nove cursos, através do mapeamento dos projetos político-pedagógicos dos referidos cursos. Em outra fase da pesquisa foi criado um questionário de perguntas para discentes e docentes e analise qualitativa dos dados.
RESULTADOS:
Conclui-se parcialmente que os pré-vestibulares comunitários se constituem como importantes espaços de ação em prol da construção de alternativas frente à problemática da educação nos novos tempos. A educação sofre os conflitos de interesses inerentes à sociedade que ela se insere. A realidade do ensino aliena o pensar e o agir dos alunos, é o que Carlos Rodrigues Brandão chama de “falsa educação”, essa que pretende trabalhar o corpo e a inteligência de sujeitos soltos, desancorados do seu contexto social. (BRANDÃO, 2005) Isso reflete e muito na realidade dos pré-vestibulares comunitários. Marginalizados e relegados em segundo plano, esse trabalho não é reconhecido.
CONCLUSÃO:
Entender as demandas educacionais como aquelas que são, por diversas vezes, controladas pelo Estado, aparelho burguês de discriminação e reprodução de uma educação voltada para o mercado, uma educação “bancária”, nos faz refletir as dificuldades enfrentadas pelos pré-vestibulares comunitários. Esse tipo de educação que se confundi com escolarização, também está na Universidade. Quando pensamos que a educação deveria ser voltada para vida, percebemos que a educação que chega à favela, por exemplo, chega pronta na escola, no livro e na lição (BRANDÃO, 2005). “É assim que venho tentando ser professor, assumindo minhas convicções, disponível ao saber, sensível à boniteza da prática educativa, instigando por seus desafios que não lhe permitem burocratizar-se, assumindo minhas limitações, acompanhadas sempre do esforço por superá-las, limitações que não procuro esconder em nome mesmo do respeito que me tenho e aos educandos.” (FREIRE, 2002:43).
Palavras-chave: Pré-universitários, Dilemas, Desafios.