63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 1. Silvicultura
GERMINAÇÃO DE Protium heptaphyllum (aubl.) March EM SUBSTRATOS DIFERENTES.
Joselane Príscila Gomes da Silva 1
Marco Antônio Amaral Passos 2
Renata de Souza Leão Araújo 3
Ivan de Almeida Machado Coelho 1
Tagory Clementino do Nascimento 1
Olivia de Almeira Machado Coelho 4
1. Depto. de Ciência Florestal - UFRPE
2. Profº. Dr./ Orientador - Depto de Ciência Florestal - UFRPE
3. Depto de Ciência Florestal / Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais - UFRPE
4. Depto de Ciências Biológicas - UFRPE
INTRODUÇÃO:
A Protium heptaphyllum (Aubl.) March é uma espécie pertencente à família Burseraceae, popularmente conhecida por almecegueira cheirosa, almecegueira vermelha ou amescla de cheiro. É uma árvore encontrada na Mata Atlântica presente também nas florestas ombrófilas e estacionais semidecíduas do Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, considerada heliófila, pois necessita de luz solar para pleno desenvolvimento. A germinação é do tipo hipógea. A emissão da raiz ocorre com o rompimento do ápice do pirênio e pode ser observada cerca de sete dias após a semeadura. Para SEIFFERT, M. et al. (2005), considerou a temperatura de 25ºC ótima para germinação em sementes de Protium widgrenii com 51% de umidade e desidratadas a 13%. Devido à falta de informação sobre a germinação da P. heptaphyllum, o presente trabalho objetivou-se estudar sua germinação em diferentes substratos sob condições de luz plena e temperatura constante de 30 ºC.
METODOLOGIA:
O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes Florestais, pertencente ao Departamento de Ciência Florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco. As sementes de amescla de cheiro foram imersas em hipoclorito de sódio a 5 % por 10 minutos e em seguida colocadas em água a 70 ºC por dez minutos e posteriormente lavadas em água destiladas. O experimento foi instalado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), utilizando como recipiente caixinha gerbox com quatro tratamentos e dez repetições com seis sementes em cada repetição. Devido ao tamanho da semente utilizou apenas seis por repetição. O teste de germinação foi realizado, sob condição de luz plena e temperatura de 30 ºC. Foram testados os seguintes substratos: papel mata borrão, pó de coco, vermiculita e areia lavada, devidamente autoclavada conforme as RAS (Brasil, 2009). Considerou-se como critério para avaliação, as sementes que apresentaram radículas maiores que dois milímetros. Avaliando a percentagem de germinação (% G), e o índice de velocidade de germinação (IVG) de acordo com a fórmula de Maguire (1962). A análise estatística foi feita por meio da análise de variância e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa Assistat versão 7.5 Beta.
RESULTADOS:
Verificou-se que nos substratos areia lavada com 96.67% e vermiculita com 86,67% obtiveram-se ótimos resultados para germinação. Em relação ao índice de velocidade de germinação (IVG) sendo melhores os tratamentos: areia lavada 0.57 e vermiculita 0.37. Diante dos resultados encontrados, verificou-se que os tratamentos areia lavada e vermiculita, tiveram ótimos resultados para germinação e que, areia lavada posteriormente vermiculita proporcionaram maior índice de velocidade de germinação. Segundo MELO et al. (2007), em pesquisa desenvolvida com Protium spruceanum, apenas 10% de trinta sementes semeadas germinaram e chegaram à fase de plântula.
CONCLUSÃO:
Considerando a areia lavada e vermiculita ótimos substratos para a germinação da amescla de cheiro.
Palavras-chave: substrato, sementes, amescla de cheiro.