63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
EFEITO DE DIFERENTES DOSAGENS DE AIB NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE PORTULACARIA AFRA EM AMBIENTE PROTEGIDO |
REBECA DE ARAÚJO TORRES 1,5 ROUSILENE SILVA DO NASCIMENTO 2,5 INGRID BERNADO DE LIMA 2,5 ROBERTO JUN TAKANE 3,5 RENATO INNECCO 4,5 ADRIELY FERNANDES VIEIRA 1,5 |
1. ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA 2. ESTUDANTE DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA 3. PROF. DR./ ORIENTADOR - Depto de Fitotecnia - UFC 4. PROF. DR. DEPTO DE FITOTECNIA - UFC 5. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ |
INTRODUÇÃO: |
Conhecida popularmente como portulaca, árvore de jade ou arbusto de elefante a Portulacaria estacas caulinares suporta pleno sol e meia sombra, é muito utilizada como planta ornamental. Estudos vêm sendo realizados para avaliar o comportamento de espécies e tipos de estaca às diferentes concentrações de auxina. Dentre as auxinas sintéticas, o ácido indol-butírico (AIB), é mais estável e menos solúvel que a auxina endógena ácido indol acético (AIA), sendo considerado um dos melhores estimuladores do enraizamento (LOSS et al., 2008). Tratamento de estacas com auxinas sintéticas pode estimular a emissão de raízes e aumentar a produção de mudas em menor espaço de tempo, com maior número e maior vigor das raízes, além de aumentar a uniformidade do enraizamento (BOLIANI; SAMPAIO, 1998). A propagação das plantas ornamentais vem difundindo-se com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, que cada vez mais investe no paisagismo dos ambientes, gerando crescente interesse pelas técnicas particulares de produção dessas plantas (FERRIANI et al., 2006). Objetivou-se com esse trabalho avaliar o enraizamento de estacas de Portulacaria afra submetidas a diferentes dosagens de AIB. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado em uma estufa do Setor de Horticultura, do Dep. de Fitotecnia da UFC, Fortaleza-Ce. As estacas utilizadas foram coletadas da parte mediana do caule de Portulacaria afra de algumas plantas matrizes do Setor de Horticultura da UFC, e padronizadas a um comprimento de aproximadamente 1 cm com um par de folhas. Após a coleta, estas ficaram imergidas em solução de hipoclorito a 1% por 1 min. Utilizaram-se caixas de poliestireno GA-17, transparente, furadas na base, com dimensões: 18,7 cm x 13,0 cm x 7,3 cm, contendo como substrato areia lavada e esterilizada. Os tratamentos testados foram: zero de AIB, 500ppm, 1000ppm, 1500ppm e 2000ppm de AIB diluído em talco. As estacas tiveram a base do caule mergulhado no pó em diferentes tratamentos e em seguida, foram plantadas na caixa contendo substrato. Após 15 dias foram feita as análises de: comprimento de raiz (CR), número de raízes (NR), número de folhas(NF), peso fresco (PF) e peso seco da planta (PS). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições com 5 estacas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5 % de probabilidade utilizando o programa SAEG (2007). |
RESULTADOS: |
Ao tratar estacas de Portulacaria afra com diferentes concentrações de AIB na forma diluída em pó, após 15 dias do plantio a dose que apresentou um maior incremento no desenvolvimento da planta foi a de 1500 ppm do fitoregulador. As variáveis analisadas nesta concentração apresentaram valores estatisticamente significativos para comprimento de raiz (3,24mm), numero de raiz (6 raízes por estaca) e peso seco da planta (0,04g). As demais variáveis como números de folhas e peso fresco da planta (g) não apresentaram diferença significativa sob nenhuma dose utilizada. Estudos informam que auxinas podem ser aplicadas sob imersão em solução aquosa ou na forma de pó, entretanto na forma de talco não permitem a precisão na quantidade do princípio ativo absorvido para os tecidos, dependendo da condição das estacas e das condições ambientais, podendo este ser um fator limitante, porém poucas são as informações sobre o tratamento de estacas de Portulacaria afra com AIB o que impossibilitou a discussão dos resultados. Estudos com o uso deste fitoregulador em outras espécies ornamentais relatam que seus efeitos estão diretamente ligados ao tipo de estaca, se lenhosas ou herbáceas, e ao balanço endógeno adequado de auxinas, giberelinas e citocininas na estaca. |
CONCLUSÃO: |
A dosagem que apresentou o melhor resultado para o enraizamento de estacas de Portulacaria afra de aproximadamente 1 cm de comprimento com um par de folhas foi de 1500 ppm de ácido indol-butírico e o que apresentou pior resultado foi o tratamento que não recebeu aplicação de ácido indol-butirico. |
Palavras-chave: ácido indol-butrírico, Portolacaria afra, enraizamento. |