63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
CRESCIMENTO DE PLANTAS JOVENS DE TOMATE (Lycopersicon esculentum) SUBMETIDAS À DIFERENTES NÍVEIS DE P E K EM SOLUÇÃO NUTRITIVA |
Nilvan Carvalho Melo 1 Vicente Filho Alves Silva 1 Daniel Pereira Pinheiro 2 Jessivaldo Rodrigues Galvão 3 Hellen Síglia Demétrio Barros 1 |
1. Inst.de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA 2. Msc/Professor – Campus de Parauapebas /UFRA 3. Dr./Orientador – Inst.de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA |
INTRODUÇÃO: |
O tomate está entre as hortaliças mais consumidas no mundo, a sua produção anual no Brasil é estimada em três milhões de toneladas, sendo dois milhões de toneladas (77% do total) destinada ao mercado in natura e o restante ao processamento industrial da polpa (Embrapa, 2009). A absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras flores. Daí em diante, a absorção aumenta e atinge o máximo na fase de pegamento e crescimento dos frutos, voltando a decrescer durante a maturação dos frutos. A quantidade de nutrientes extraída pelo tomateiro é relativamente pequena, mas a eficiência de adubação é muito grande, pois a exigência de absorção dos nutrientes pela planta é baixa. Para os fertilizantes fosfatados, por exemplo, a taxa de absorção é de aproximadamente 10%. O restante fica no solo, na forma de resíduos, podendo ser absorvido por plantas daninhas, ser transportado pela água ou ser retido por partículas do solo (Embrapa, 2009). Para evitar essa perda de nutrientes para o meio e mesmo saber a quantidade exata de nutrientes no sistema, foi escolhido o meio hidropônico com o objetivo de estudar o efeito de diferentes doses de P e K no crescimento de tomateiro, evitando assim resultados mascarados. |
METODOLOGIA: |
O trabalho foi conduzido em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA, no período de outubro de 2008 a janeiro de 2009, em solução nutritiva. O delineamento experimental usado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial P x K - 3x3, perfazendo nove tratamentos: P0K0, T1: P0K1, T2: P0K2, T3: P1K0, T4: P1K1, T5: P1K2, T6: P2K0, T7: P2K1, T8: P2K2, com quatro repetições. Cada parcela foi constituída por um vaso com capacidade para 5 kg de sílica moída e uma planta. A solução nutritiva usada foi a de Hoagland & Arnon modificada para níveis de P e K, foram realizados oito tratamentos com diferentes doses: 0 ppm; 97ppm 194 ppm (para P) e 0 ppm; 234 ppm e 468 ppm (para K). As mudas da espécie escolhida apresentavam tamanho e idade uniformes.. A colheita das plantas foi realizada quando os sintomas se definiram ou após 45 a 60 dias do início dos tratamentos. As plantas foram separadas em parte aérea e raízes e pesadas, sendo em seguida lavadas rapidamente em água desfilada, secas em ambiente de laboratório, e depois colocadas em estufa a 60-70 ºC para obtenção do peso do material seco. A análise estatística foi feita por meio da análise de variância e as médias comparadas por meio de Tukey a 5% de probabilidade. |
RESULTADOS: |
Os Resultados obtidos dos tratamentos demonstram o comportamento do tomate às diferentes doses de K e P, conforme a variação de nutrientes fornecidos é possível se verificar a deficiência, como o baixo desenvolvimento radicular ou altura do vegetal. O fósforo em níveis insuficientes para nutrir a necessidade do tomate pode reduzir a taxa de crescimento das plantas, que ocorrem desde os estádios iniciais de seus desenvolvimentos. As folhas mais velhas adquirem coloração arroxeada, em razão do acúmulo do pigmento antocianina. Em estádios de desenvolvimento mais tardios, as folhas apresentam áreas roxo-amarronzadas que evoluem para necroses. Essas folhas caem prematuramente, e a planta retarda sua frutificação. Baixando assim a produtividade e deixando a planta mais vulnerável a pragas e doenças. O segundo nutriente mais extraído pelo tomateiro é o potássio. Sua deficiência torna lento o crescimento das plantas; as folhas novas afilam e as velhas apresentam amarelecimento nas bordas, tornando-se amarronzadas e necrosadas. O amarelecimento geralmente progride das bordas para o centro das folhas. Ocasionalmente verifica-se o aparecimento de áreas alaranjadas e brilhantes. A falta de firmeza dos frutos, em muitos casos, é também devida à deficiência de potássio (Embrapa, 2009). |
CONCLUSÃO: |
No tratamento T0: P0K0 no qual se retirou da solução nutritiva tanto P quanto K, foram afetados todos os níveis de desenvolvimento, e todas as variáveis sofreram decréscimo, havendo nesta amostra, menores índices no desenvolvimento radicular. Os tratamentos T4: P1K1 e T7: P2K1 foram os mais eficientes; já o tratamento T4: P1K1 se mostrou eficiente no que se refere ao desenvolvimento da parte aérea e matéria seca total, nesta solução foi utilizada 97ppm amenos de P que na solução T7: P2K1, que apesar de ter apresentado excelentes resultados, também apresentou um custo mais elevado sendo insignificante a variação nos resultados entre os tratamentos nos levando a concluir que o tratamento T4: P1K1 é o mais indicado. |
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, Solução nutritiva, Meio hidropônico. |