63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
DIVERGÊNCIA GENÉTICA E AGRUPAMENTO DE PROGÊNIES DE MEIOS-IRMÃOS DE MELÃO
Paulo Ricardo dos Santos 1
Kleyton Danilo da Silva Costa 1
Anderson Teixeira Tenório 1
Alysson Jalles da Silva 1
Lucas Dos Santos Medeiros 1
Paulo Vanderlei Ferreira 1
1. Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas / UFAL
INTRODUÇÃO:
O cultivo do melão no Brasil tem destaque na Região Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Juntos esses estados concentram cerca de 90% da área total plantada no país. Dentre os estados produtores o Rio Grande do Norte se destaca sendo responsável por 90,6% das exportações da fruta. Em Alagoas, o cultivo do melão representa pouca expressão econômica. Dados do IBGE (2008) revelam que a área plantada no estado é de apenas 53 ha, menos de 0,5% da área nacional. Contudo, a produtividade média do estado se destaca com 30 t/ha, superando em, aproximadamente, 40% a média nacional. Nesse sentido, este trabalho objetivou quantificar a divergência genética e fazer o agrupamento das progênies de meios-irmãos de melão, para dar suporte ao Programa de Melhoramento Genético do Melão do CECA/UFAL, visando o desenvolvimento das cultivares de melão adaptadas as condições de cultivo em Alagoas.
METODOLOGIA:
Neste trabalho foram avaliadas 40 progênies de meios irmãos de melão, obtidas pelo Setor de Melhoramento Genético de Plantas do CECA/UFAL, através do cruzamento entre as variedades Amarelo Ouro x Hale’s Best. Em setembro de 1995 foi efetuado o plantio das cultivares de melão AMARELO OURO (do grupo Inodorus) e HALE’S BEST (do grupo Reticulatus) e, em outubro-novembro de 1995, o cruzamento entre elas, originando cinco frutos
viáveis. As sementes foram retiradas, secadas e guardadas na câmara de sementes. As variáveis quantitativas avaliadas neste estudo foram: Peso de Fruto (g); Diâmetro Longitudinal (cm); Diâmetro Transversal (cm); Espessura de Polpa (cm) e Espessura de Casca (cm). Os dados experimentais foram analisados através da estatística multivariada utilizando-se o método dos componentes principais. A divergência genética foi estimada através da Distância Euclidiana Média Padronizada (DEMP) e o método de agrupamento por otimização ou método de Tocher modificado proposto por VASCONSELOS et al. (2007), a qual foi obtida com o auxílio do software Genes.
RESULTADOS:
Ainda em relação ao PF, das 40 progênies avaliadas 42,5 % estão acima da média e quatro dessas apresentam peso superior a 1,00 kg. Isso mostra a presença de progênies promissoras e com bom potencial para a seleção. Quanto a EC, 50,0 % das progênies avaliadas mostraram valor acima da média. Isso indica uma maior possibilidade de selecionar progênies mais resistentes ao transporte e com maior tempo de prateleira. A divisão do DL pelo DT determina o formato do fruto, assim se o resultado dessa divisão for igual a um, o fruto é redondo, se for maior que um, o fruto é alongado e se for menor que um o fruto é achatado. Desta forma, 67,5 % das progênies avaliadas têm o formato alongado, 30,0 % têm o formato achatado e apenas 1 (2,5%) têm o formato redondo, evidenciando a predominância de frutos com formato alongado, formato esse que é bem aceito pelos consumidores.
CONCLUSÃO:
1 - Das características avaliadas, a que mais contribuiu para a divergência genética foi o peso dos frutos;
2 - O grupo I é bastante promissor para seleção das melhores plantas;
3 - Podem ser feitos cruzamentos das progênies de maior PF com aquelas que apresentaram maior EP.
Palavras-chave: Agrupamento, Progênies, Seleção.