63ª Reunião Anual da SBPC

E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia

ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO, CONCENTRAÇÕES DE NITRATO E AMÔNIO LIVRE EM FOLHAS DE IPÊ-ROXO SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO

Jaomara Nascimento da Silva UFRA Luma Castro de Souza UFRA Jonny Lucio de Sousa Silva UFRA José Elton Sousa Silva UFRA Allan Klynger da Silva Lobato UFRA Cândido Ferreira de Oliveira Neto UFRA

1. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 2. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 3. Graduando em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 4. Graduando em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 5. Prof. MSc. Campus Paragominas/UFRA. 6. Prof. Dr./Orientador-Campus Capitão Poço/Ufra

INTRODUÇÃO:

A Tabebuia impetiginosa, conhecida vulgarmente como ipê-preto, ipê-rosa-de-folha-larga, ipêrosado, ipê-roxo-da-casca-lisa, ipeúna, ipê-de-minas e pau-d’arco é uma espécie caducifólia, da família Bignoniaceae, podendo atingir até 15 m de altura e 30 cm de DAP. Suas folhas são compostas, folioladas, foliólos coriáceos, pubescentes em ambas as faces e levemente serreadas até o ápice. Como consequência, algumas enzimas que apresentam alta relação síntese:degradação, como a redutase do nitrato (RN), exibem forte inibição à redução do potencial hídrico. A aRN é a primeira enzima na via de assimilação do nitrato, e provavelmente representa o passo limitante na incorporação desse nutriente. Em função de sua importância, ela tem sido frequentemente utilizada como indicadora de estresses e de outras mudanças associadas aos fatores moduladores do crescimento das plantas O presente trabalho teve por fim, avaliar o efeito do déficit hídrico na atividade da redutase do nitrato, concentrações de nitrato e amônio livre em folhas de ipê-roxo.

METODOLOGIA:

O experimento foi conduzido na Casa de Vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA- Capitão- Poço) e as análises foram feitas no Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada (NPVBA). As mudas de ipê-roxo (Tabebuia avellanedae LORENTZ EX GRISEB) fornecidas pela AIMEX quando tinham oito meses de idade foram acondicionadas em vasos plásticos com capacidade para 25 litros, contendo terra preta com textura arenosa. Antes do inicio dos tratamentos todas as plantas foram colocadas sob sombrite 50%, irrigadas diariamente, recebendo macro e micronutrientes, na forma de solução nutritiva de Hoagland & Arnon. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em fatorial 2 x 4 (condições hídricas x ciclos de estresse) com 5 repetições, totalizando 40 parcelas. Foram feitas quatro coletas destrutivas (tempos: 0, 4, 8 e 12 dias), sempre às 9:00 h da manhã. Imediatamente após a coleta, as folhas foram congeladas em freezer (- 20 º C), e depois levadas a estufas de circulação de ar forçada a 65 ºC, até a secagem para análise das concentrações de nitrato e amônio livre e massa fresca para a análise da atividade da redutase do nitrato. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e comparadas às médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância, realizadas através do Sas- Institute.

RESULTADOS:

A suspensão hídrica provocou uma redução da atividade redutase do nitrato e amônio livre que teve a variação de 1,119 μmoles NO2-/gMF/h e 0,111 μmoles NO2-/gMF/h, e para as concentrações de amônio uma variação foi de 16,12 mmol de NH4+/ Kg de MS para 12,04 mmol de NH4+/ Kg de MS das plantas controles e sem irrigação (12 dias) respectivamente. No caso das concentrações de nitrato houve uma variação de 1,1 µmoles de NO3-/ g MS para 2,7 µmoles de NO3-/ g MS das plantas controles e sem irrigação (12 dias) respectivamente. A atividade da enzima diminuiu pelo balanço de carbono/nitrogênio é mantido; por outro lado, o estresse hídrico por períodos curtos causam uma inativação irreversível de aRN a qual é anulada pela adição de NADH ou ferrocianeto e também pela degradação da mesma.. A diminuição das concentrações de amônio foi devida a paralisação da rota metabólica do nitrogênio (principal), a diminuição da enzima redutase do nitrato, possível aumento da atividade da enzima glutamina sintase e da diminuição da absorção de amônio pelas plantas. Por outro lado, o aumento das concentrações de nitrato nas folhas, pode está ligada a diminuição da atividade da redutase do nitrato, do fluxo transpiratório da planta e por fim a inibição das H-ATPases e das proteínas específicas de membranas do vacúolo para transportar o nitrato para o citoplasma celular.

CONCLUSÃO:

A deficiência hídrica diminui da atividade da redutase do nitrato e das concentrações de amônio e elevando os teores de nitrato.

Palavras-chave: Ipê-roxo, Estresse hídrico., Atividade da redutase do nitrato.