63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
A POTABILIDADE DA ÁGUA DISTRIBUIDA PELA CENTRAL DE ABASTECIMENTO – CAERD – EM JI-PARANÁ – RO.
Rubem Olino da Rosa 1
Iuri Jivago Carvalho 1
José Wilson Gomes Ferreira 1
William de Oliveira Moreira 1
Lediane Fani Felzke 2
1. Instituto Federal de Rondônia - IFRO
2. Profa. Ms. Orientadora - IFRO
INTRODUÇÃO:
A colonização do Estado de Rondônia, a partir de 1970, trouxe para a região os riscos de contaminação dos rios, riachos e igarapés. A ocupação desordenada e sem um programa de sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente colocou em risco a qualidade de vida das pessoas. Um destes aspectos diz respeito a potabilidade da água para o consumo humano. O objetivo deste trabalho foi analisar os padrões de qualidade da água servida a população da cidade de Ji-Paraná, Rondônia, pela Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (CAERD), empresa responsável pelo tratamento da água e saneamento do município.
METODOLOGIA:
Esta pesquisa foi realizada junto à central de abastecimento (CAERD/RO) e em pontos estratégicos da cidade. Procedeu-se uma visita – com entrevista semi-estruturada – à estação de tratamento de água que tem a responsabilidade de atender a demanda de todo município de Ji-Paraná/RO. Durante a visita foram observados os métodos utilizados pela estação, bem como as análises realizadas, envolvendo todos os procedimentos para atender as normas legislativas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por fim, foram efetuadas coletas de amostras em três pontos após a purificação da água, e a seguir foram realizadas análises microbiológicas através do método Membrana Filtrante em 100 ml (Mesófilos, Coliformes Totais e Termo Tolerantes). Os resultados encontrados foram comparados com os padrões estabelecidos pela ANVISA.
RESULTADOS:
Pôde-se verificar que 90% do município é abastecido pela água tratada, o que equivale a 14.000 pontos de ligação. O abastecimento não totaliza os 100% em função de que a CAERD não possui aporte financeiro para estender a rede à totalidade das residências, penalizando assim, os bairros periféricos. Sendo assim, 10% das residências utilizam-se do poço amazônico para o consumo familiar. Por outro lado, há a problemática referente a esgoto e resíduos sólidos gerados pela população, que, sem nenhum tratamento prévio, correm a céu aberto ou são depositados em fossas sépticas que contaminam o subsolo e conseqüentemente o lençol freático. Porém, de acordo com as análises realizadas, nas amostras de água coletadas em três pontos estratégicos, observou-se que os resultados obtidos encontram-se dentro dos padrões exigidos pela ANVISA. A análise que indica a quantidade de colônias formadas por Mesófilos foi inferior a 2,4x10², indicando padrões dentro do exigido. Já os Coliformes Totais e Termo tolerante apresentaram ausência nas amostras analisadas.
CONCLUSÃO:
A ocupação urbana desordenada, sem a devida contribuição por parte dos responsáveis pelos projetos de urbanização, e sem políticas públicas orientadas para o tratamento dos efluentes industriais - e esgotos domésticos – compromete a potabilidade da água para o consumo humano na maioria dos municípios amazônicos. Em Ji-Paraná a companhia de abastecimento possui um rigoroso controle de qualidade da água servida à população embora esta não atinja a totalidade das residências. Os dados encontrados demonstram que, nas condições atuais, há eficiência no tratamento da água e na manutenção nas redes de tubulação realizados pela central de abastecimento CAERD. Isto garante a potabilidade da água consumida por 90% da população de Ji-Paraná, faltando, portanto, incluir 10% dos munícipes neste benefício.
Palavras-chave: Tratamento de água, Potabilidade, Região Amazônica.