63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional |
CONTRIBUIÇÕES DA FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER |
Harnold´s Tyson de Sousa Meneses 1 Daisy de Araújo Vilela 2 José Carlos Tatmatsu 3 |
1. Acadêmico do curso de Fisioterapia-UFPI 2. Profa./Orientadora-Universidade Federal de Goiás-UFG 3. Prof./Orientador-Universidade Federal do Ceará-UFC |
INTRODUÇÃO: |
A demência é uma patologia de caráter multietiológico, caracterizado por um declínio principalmente das funções cognitivas, motoras, memória e intelectual geral, ocorre, sobretudo, em idosos de mais de 65 anos, mas pode acometer mais jovem. A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência entre pessoas idosas, apresentando nos últimos anos um crescimento rápido do número de acometidos devido ao aumento da expectativa de vida. De etiologia ainda não determinada, caracterizada por um distúrbio irreversível do cérebro, cujas células deterioram-se progressivamente provocando o envelhecimento do cérebro e a degeneração dos neurônios. Esta patologia é dividida em três fases: fase inicial, em que a pessoa está consciente, percebendo que algo está errado; existe a perda da memória recente, dificuldade de aprender e de reter informações; na fase intermediária, o paciente é completamente incapaz de aprender e de reter novas informações e na fase final, o paciente é totalmente incapaz de andar, apresenta incontinência, está restrito ao leito e não fala mais. Os sintomas do Mal de Alzheimer interferem na vida do paciente, incapacitando-o de realizar determinadas tarefas da vida diária como se vestir, cuidar da casa e de sua vida profissional. A inatividade leva a sérias complicações motoras e a conseqüente dificuldade em executar as atividades funcionais e de vida diária, bem como complicações da musculatura respiratória e cognição. Objetivo: De caráter interventor, o trabalho teve como objetivo demonstrar a relevância do atendimento da Fisioterapia junto ao portador de Alzheimer tendo visto as suas complicações principalmente motoras, este estudo demonstrou também como o paciente de Alzheimer com o quadro de demência, se estimulado pode melhorar muito sua qualidade de vida e consequentemente sua atividade de vida diária. |
METODOLOGIA: |
40 idosos participaram do estudo, sendo 35 idosos saudáveis, 05 na fase inicial do Alzheimer e 02 no estágio moderado da doença, no período de março a novembro de 2009. Foi usada a escala de Tinetti e Berg para avaliar o equilíbrio e a marcha dos participantes, simulando assim as atividades do dia-a-dia, e os cuidadores da ILP (Instituição de Longa Permanência), foram questionados quanto à ocorrência de quedas e as atividades funcionais que realizavam. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo comitê em Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CEP 0057/08), os sujeitos do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes da realização das entrevistas, conforme Resoluçao196/96. |
RESULTADOS: |
Em relação ao equilíbrio, percebeu que a perda da estabilidade inicia na fase moderada, os idosos com Alzheimer no estágio inicial apresentaram os mesmos desempenhos do grupo saudável, com um diferencial para os lapsos da memória e para a irritabilidade sem causa aparente. A capacidade funcional dos pacientes ficou comprometida com a progressão da doença, a Fisioterapia auxiliou nessa perda, e prorrogou para os estágios mais avançados da moléstia. Foi unânime, dentre os cuidadores e Fisioterapeuta, a observação de que após o diagnóstico do médico, a parte cognitiva é que recebe mais atenção, por ser a principal mudança que a doença acarreta nesse estágio. O corpo não pode ser deixado de lado, tornando importante que nas fases iniciais os pacientes realizem atividades físicas e tenham atendimento de fisioterapia, por ganharem tônus, força muscular, equilíbrio e estabilidade, além de independência prolongada. |
CONCLUSÃO: |
Por se tratar de uma síndrome irreversível (DA) os instrumentos da Fisioterapia utilizados no programa de tratamento, objetivam a manutenção da funcionalidade, prevenção da musculatura respiratória e resgate das atividades de vida diária proporcionando qualidade de vida ao idoso e aos cuidadores, então algumas manobras de cinesioterapia tais como alongamentos e fortalecimentos musculares se tornam eficazes no cumprimento desses itens. Na medida em que a doença avança, o paciente tende a perde a mobilidade até evoluir para a incapacidade. O atendimento em Fisioterapia pode ajudar a diminuir a progressão do Alzheimer, os exercícios são capazes de prolongar a fase da doença em que está o paciente. É importante o acompanhamento não só do Fisioterapeuta, mas de uma equipe multiprofissional e principalmente dos familiares do paciente, para estimular e manter o idoso em atividade, recomenda manter as atividades que ele tinha antes da doença, e permitir que ele faça certos movimentos, como andar e comer.Para respaldar o resgate da memória, do psicológico e cognitivo. A inserção no meio social como ajuda nas tarefas possíveis de realizar, atividades em grupo ou em duplas, estimulando a integração e socialização com os demais membros da ILP. |
Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Fisioterapia, Qualidade de vida. |