63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
PRESENÇA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS ATIVOS DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA EM MURIAÉ-MG
Lívia da Silva Carmo 1
Brenner Martiniano Oliveira da Conceição 1
Jorge Antonio Serenário Ribeiro 2
Mesne Victomar Lucindo 1
Jaqueline Nunes Cabral 1
Roberta Xavier Bruno 3
1. Curso de Fisioterapia, Faculdade de Minas – FAMINAS
2. Curso de Educação Física – FAMINAS
3. Professora Mestre / Orientadora – Curso de Fisioterapia - FAMINAS
INTRODUÇÃO:
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são afecções comuns aos idosos e podem limitar a sua saúde e qualidade de vida, pois estão entre as principais causas de óbitos. Entre as principais DCNT’s estão a hipertensão arterial, diabetes, obesidade, dislipidemia, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças osteoarticulares como osteoporose e artrose, redução da acuidade visual e auditiva. As limitações impostas por essas doenças acarretam diminuição da capacidade funcional e autonomia dos idosos, o que implica em alterações físicas, emocionais e sociais aos idosos. A participação em grupos de convivência tem demonstrado ser eficaz em diversos aspectos da velhice e são amplamente difundidas atualmente. As doenças descritas têm fatores de risco comuns, e exigem assistência continuada de vários profissionais e serviços públicos o que muitas vezes se traduz em ônus, portanto atuar de forma preventiva tem mostrado bons resultados. Pretende-se com essa pesquisa analisar a prevalência de DCNT’s entre os idosos que freqüentam o Clube da Maior Idade em Muriaé-MG.
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo quantitativo, com corte transversal e análise descritiva em amostra previamente definida. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de um questionário sócio demográfico que trata de questões pessoais e aspectos relacionados à saúde física, no período de maio a junho de 2010. Foram admitidos neste estudo indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos. Todos os participantes assinaram o termo livre e esclarecido que autoriza a pesquisa e esta foi submetida e aprovada ao Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Minas - FAMINAS.
RESULTADOS:
Responderam a pesquisa 238 idosos, maioria do sexo feminino com 68,5% (n=163). A média de idade foi de 70,68 anos (±7,02). Sobre a prevalência de DCNT a maioria 89,9% (n=214) afirma ter alguma DCNT, entre elas a hipertensão arterial obteve maioria com 55,9%. Relativamente ao gênero, não houve diferença estatisticamente significativa, mas entre os hipertensos 61,3% são do sexo masculino embora este grupo seja minoria na amostra estudada. Chama a atenção as diminuições na acuidade visual e auditiva que juntas somam 31,8%. Entre as doença metabólicas o diabetes aparece em 20,2%, dislipidemia em 17,2% e a obesidade em apenas 4,6%. A DPOC aparece em 6,7% com prevalência masculina. Artrite/artrose e osteoporose estão presentes em 22,3% e 18,9% respectivamente com prevalência feminina.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que um número expressivo de idosos possui DCNT corroborando a literatura específica. Quanto ao gênero, às mulheres obtiveram maior prevalência em doenças osteoarticulares e os homens em doenças cardiovasculares como hipertensão, diabetes e doenças pulmonares. Essa diferença pode ser atribuída ao estilo de vida e pela diferença entre os cuidados com a saúde embora os idosos sejam ativos. Pesquisas nesta área são importantes a fim de orientar políticas públicas específicas para esta população que cresce a cada dia e quer viver mais, com menos doenças e mais qualidade de vida.
Palavras-chave: Doenças crônicas não transmissíveis, Idosos ativos, Grupo de convivência.