63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
GERMINAÇÃO IN VITRO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PLÂNTULAS DE Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker (BROMELIACEAE)
Marina Morais Monteiro 1
Fernanda de Paula Ribeiro Fernandes 1
Amanda Alves Branquinho 1
Márcio Augusto Ferreira Rodrigues 2
Maurízia de Fátima Carneiro 3
Sérgio Tadeu Sibov 4
1. Departamento de Biologia Geral, ICB, UFG
2. Instituto de Matemática e Estatística, UFG
3. Prof. Dra./ Co-orientadora, EMATER-GO
4. Prof. Dr./ Orientador, Departamento de Biologia Geral, ICB, UFG
INTRODUÇÃO:
Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker pertence à família Bromeliaceae e é nativa do Brasil. Não demonstra endemismo, sendo encontrada também na America Central e em outros países da América do sul. Ocorre em quatro domínios fitogeográficos brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. É vulgarmente conhecida como abacaxi-de-tingir, possui alto potencial ornamental e sua raiz fornece uma tinta amarela empregada em tinturaria. Este trabalho tem o objetivo de avaliar, através da cultura de tecidos vegetais, o desenvolvimento in vitro de A.bromeliifolia quando submetida a diferentes meios de cultura e concentrações de reguladores de crescimento. A intenção é facilitar o processo de propagação in vitro, uma vez que, por seu valor ornamental, a espécie corre risco de extrativismo predatório.
METODOLOGIA:
O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais do Departamento de Biologia Geral ICB/UFG. Sementes de A. bromeliifolia foram submetidas à desinfestação em câmara de fluxo laminar, sendo imersas em álcool 70% por um min., imersas em hipoclorito de sódio 2% por dez min. e enxaguadas três vezes em água autoclavada. Foram testados cinco tratamentos: meio MS ½ (MS com 50% dos macronutrientes) (T1); MS ½ + 0,5 mg/L de Ácido Giberélico (GA3) (T2); MS ½ + 0,5 mg/L de GA3 + 0,1 mg/L de 6-Benzilaminopurina (BAP) (T3); MS ½ + 0,5 mg/L de GA3 + 0,5 mg/L de BAP (T4); MS ½ + 0,5 mg/L de GA3 + 1,0 mg/L de BAP (T5). O pH de todos os tratamentos foi ajustado para 5,7 antes da adição de ágar (7g.L-1) e autoclavados a 120ºC a 1 atm, por 20 minutos. Após a inoculação os tratamentos permaneceram em câmara de crescimento sob fotoperíodo de 16 horas e temperatura de 25 ± 1ºC. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 11 repetições, em que cada parcela consistiu de um frasco com 30 ml de meio e 11 sementes. A avaliação da germinação, número de folhas e tamanho da plântula foi feita a cada 15 dias durante 60 dias. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
RESULTADOS:
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para a germinação de sementes de A. bromeliifolia. Na média a germinação após 60 dias de avaliação variou entre 67,27% (T1) e 77,78% (T5). Porém, o melhor tratamento para número de folhas foi T3 (MS ½ + 0,5 mg/L de GA3 + 0,1 mg/L de BAP) com média de 9,94 folhas, seguido pelos tratamentos T4 (MS ½ + 0,5 mg/L de GA3 + 0,5 mg/L de BAP) com média de 8,51 folhas e T1 (MS ½) com média de 7,11 folhas. Para o tamanho da plântula, dois tratamentos se destacaram: T2 (MS ½ + 0,5 mg/L de GA3) com média de 7,17 cm e T1 (MS ½) com média de 6,58 cm
CONCLUSÃO:
No que se refere à germinação de sementes de A.bromeliifolia, não houve diferença entre as concentrações de reguladores de crescimento utilizadas. Para número de folhas observou-se que o tratamento T3 obteve o melhor resultado e para o tamanho da plântula dois tratamentos se destacaram: T2 e T1 indicando que as concentrações de Ácido Giberélico (GA3) e 6-Benzilaminopurina (BAP) testadas, influenciaram significativamente o processo de desenvolvimento in vitro da espécie.
Palavras-chave: Cultura de Tecidos, Micropropagação, Bromélias.