63ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem

OS CONTOS QUE ENCANTAM E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Maricler Becker 1 Janaina Batista Lino Perez 1 Ildenê da Silva Sousa 1 Elizete Poleti de Oliveira Dias 1 Élia Amaral do Carmo Santos 2 Fátima Aparecida da Silva Iocca 3

1. Acadêmica de Pedagogia, UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT 2. Profª.Msc/Orientadora e Supervisora - PIBID/UNEMAT/SME 3. Profª.Drª/Orientadora e coordenadora PIBID/UNEMAT – Sinop

INTRODUÇÃO:

A dramatização de contos de fadas nas escolas é uma atividade prazerosa, desperta interesse, envolvimento e participação dos educandos, expressando as emoções, os sentimentos, a socialização e os valores morais, propondo interação entre a obra literária e as artes cênicas, por meio de atividades estimuladoras da imaginação e criatividade. O trabalho tem como objetivo descrever sobre o Projeto “A Hora do Conto” retratar como os contos contribuem no processo de ensino-aprendizagem, a importância dos contos de fadas nas séries iniciais, instigando o imaginário das crianças, além de despertar o gosto pela leitura e escrita. Assim, contar histórias a uma criança, tem que se tornar uma atividade envolvente e estimuladora, nas mais diversas culturas do mundo e em várias situações tanto no âmbito familiar como no escolar.

METODOLOGIA:

A pesquisa foi realizada na EMEB. Basiliano do Carmo de Jesus, do município de Sinop/MT, que é uma escola parceira do projeto PIBID, de Pedagogia, com oito bolsistas acadêmicos do 3º ao 5º semestre. A presente experiência refere-se ao período de maio à dezembro/2010, conta com o planejamento conjunto, ampliando a formação inicial dos futuros licenciados através da vivência na escola parceira. A pesquisa está pautada no enfoque qualitativo e os dados foram levantados através de investigação de ação participativa. A hora do conto é realizada duas vezes por semana de forma coletiva nas salas do 1º ao 5º ano. As histórias são selecionadas, (de acordo com a faixa etária) e ensaiadas pelos bolsistas. O figurino confeccionado de acordo com o conto do dia. As apresentações são realizadas por meio de encenações, variando expressões, entonação de vozes, usando acessórios adequados para as caracterizações dos personagens do conto. Os registros são feitos através de fotos, vídeos e descritos em relatórios mensais.

RESULTADOS:

Os professores relatam que “a hora do conto” desperta para a leitura e escrita, motivando as crianças, especialmente por utilizarem figurinos. Os alunos e professores dizem “esse projeto caiu do céu”, “os alunos melhoraram a oralidade e agora está lendo sozinho e escrevendo melhor”. Diante desses relatos entre outros, percebe-se a emoção do professor ao falar também sobre o desempenho das crianças nas interpretações de textos, constatando os benefícios para todos os envolvidos (comunidade escolar, bolsistas e Universidade), como a melhora na leitura, escrita, o encantamento das crianças, o prazer do professor e do bolsista na realização dos contos em sala de aula. Houve-se também uma melhora no comportamento dos alunos, segundo o relato de outro professor. Ao perguntarmos as crianças se gostam dos contos elas respondem que sim, e querem que se realizem mais vezes durante a semana. Tendo em vista que contos de fadas encantam, estimulam a fantasia, a imaginação, transmitem-se à criança, valores que poderão auxiliá-la na sua formação, ajudando-a a superar medos, a enfrentar situações difíceis, percepção crítica do mundo que o cerca, enfim encorajando-a para alcançar o equilíbrio.

CONCLUSÃO:

A escola é um espaço de descobertas e participação de todos os sujeitos envolvidos. Por meio dos contos as crianças se identificam com as situações vividas pelos personagens como se fosse sua própria vida, este momento serve para cativar as crianças e despertar a atenção pelos contos. Quando são dramatizados nas salas, as crianças se encantam, imaginam, fantasiam como se fosse realidade e aceitam sem hesitação as narrativas mágicas, presentes nas histórias infantis e muitas vezes pedem para repetir a mesma história e ouvem com atenção. E esses conflitos, vividos por meio do imaginário, são capazes de auxiliar no desenvolvimento emocional das crianças, ajudando-as a entender, de forma mais acessível, os acontecimentos de sua vida real. Esta atividade é construtiva para todos os envolvidos, pois ocorreu o envolvimento dos alunos, a aceitação dos professores, e a satisfação dos acadêmicos bolsistas em estarem desenvolvendo uma atividade que beneficiou todo o contexto escolar. Constatou-se também que esta atividade serviu para agregar valores para a nossa formação e para o nosso processo de ensino-aprendizagem, contemplando assim o objetivo da pesquisa e do programa PIBID.

Palavras-chave: Prazer, Imaginação, Vivência.