63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia
A EXPANSÃO EONÔMICA DO PORTO DE SUAPE E SUAS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA O AMBIENTE NATURAL
Raquel Cristina de Albuquerque 1
Cecília Augusta Figueiredo da Rocha 1
Nadja Alves Ferreira 1
Aldemir Dantas Barboza 1,2
1. Depto. de Ciências Geográficas – UFPE
2. Profa. Dra./Orientadora
INTRODUÇÃO:
Localizado na região metropolitana do Recife entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, mais exatamente na foz do Rio Ipojuca, dista 57 km da capital Pernambucana. O Porto de Suape, símbolo em destaque da economia de Pernambuco, tem apenas 31 anos sendo na atualidade um dos portos mais importantes economicamente para o país, investindo na geração de empregos dentro e fora do estado. Mas este crescimento econômico vem atrelado a alguns problemas ambientais, pois há relatos de alterações no ambiente natural por conta da expansão do porto.
Diante disso, este trabalho tem como objetivo estudar os problemas ambientais decorrentes da expansão econômica de Suape e suas consequências para o espaço local, fazendo uma análise de como essas atividades vem interferindo no espaço natural, e como o assunto é tratado pelos órgãos competentes e ambientalistas a respeito da questão socioambiental e a sustentabilidade da região.
METODOLOGIA:
Este trabalho é resultado de uma pesquisa, permitindo maior familiarização e compreensão do tema abordado contribuindo no aprimoramento de informações imprescindíveis para sua elaboração, embasada no levantamento de dados bibliográficos em livros, revistas, monografias, vídeos, análise de artigos jornalísticos e coleta de informações em sites da internet relacionados ao tema.
RESULTADOS:
Considerado na atualidade como um grande marco para a economia de Pernambuco, o Porto de Suape é também alvo de várias críticas ambientalistas relacionadas a responsabilidade ecológica. Mesmo afirmando uma política de compensação ambiental em que 45% de sua área é destinada à preservação, o modelo de desenvolvimento adotado deixa a desejar quando o assunto é a conservação em torno do Porto, que tem como órgãos fiscalizadores a CPRH e o IBAMA. Mesmo com a responsabilidade que o Porto diz assumir, há relatos do não cumprimento da lei de compensação ambiental, o que causa grande preocupação, pois o crescimento econômico acelerado em uma delicada área de estuário e manguezal poderá trazer possíveis alterações no ecossistema litorâneo como a perda da biodiversidade vegetal, da fauna marinha e terrestre ocasionando também um problema social para as comunidades vizinhas que sobrevivem da pesca e do uso da terra para pequena produção de subsistência e venda de excedente. Inclusive, há denuncias de moradores sobre a mortandade de peixes provocada segundo eles, pelo despejo de água quente das termelétricas. Problemas estes que são reflexos de uma política de gestão ambiental que deixa a desejar quando a questão é a responsabilidade com o desenvolvimento sustentável da região.
CONCLUSÃO:
Este trabalho de pesquisa tem como objetivo discutir a questão do crescimento econômico versus perdas ambientais possibilitando a aquisição de informações relevantes, visto que os problemas relatados são reflexos de uma política que visa o lucro à qualquer custo, não assumindo a responsabilidade de conciliar crescimento econômico e sustentabilidade que poderia ser posta em prática através da inserção de medidas planejadas e comprometidas com a questão socioambiental juntamente com a ação dos órgãos fiscalizadores, visando a valorização do meio natural e assumindo responsabilidades ambientais com o espaço do qual é integrante. O crescimento que não atende a esses requisitos de grande relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico, está vinculado a um pensamento retrógrado e potencialmente destrutivo, uma vez que ganhos econômicos que sejam reflexos de perdas ambientais trarão um crescimento não sustentável.
Palavras-chave: Porto de Suape, Sustentabilidade, Crescimento econômico.