63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 1. Silvicultura
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PAINEIRA SUBMETIDOS A DIFERENTES SUBSTRATOS
Ademir Martins de Holanda Júnior 1
Marcia Alessandra Azevedo Paes 2
Caryne Ferreira Ramos 3
Claudemir Carlos Ribeiro 4
Maria Elessandra Araújo 5
Andreza Mendonça 6
1. Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
2. Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
3. Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
4. Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
5. Profa. Dra./ Orientadora - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
6. Profa. Ms./ Orientadora - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Ji-paraná
INTRODUÇÃO:
Os programas de reflorestamento têm buscado explorar o potencial de espécies nativas, por estas se adaptarem melhor as condições edafoclimaticas e facilitarem o restabelecimento do equilíbrio entre a flora e fauna. Entre as espécies que vem sendo empregadas na formação de mudas encontra-se a paineira. A paineira (Chorisia glaziovii (Kuntze) E. Santos) pertence a família bombacaceae. A produção de mudas de espécies florestais, em quantidade e qualidade, é uma das fases mais importantes para o estabelecimento de plantios florestais. Nesse sentido, esforços tem sido realizados para melhorar a qualidade e reduzir os custos de produção das mudas. Os substratos devem apresentar dentre as características desejáveis: baixo custo, suficiente teores de nutrientes correspondentes as exigências nutricionais da espécie e ainda boas propriedades físicas, como aeração, textura e retenção de água. Contudo, há pouca informação sobre substrato que apresente boas características físico-química possibilitando maior desenvolvimento de mudas de paineira combinado a melhor a plena luz. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de mudas de paineira sob diferentes substratos a céu aberto.
METODOLOGIA:
Foram coletadas sementes de paineira em áreas circunvizinhas a Ji-Paraná, Rondônia. As sementes foram imersas em água por 24 horas e semeadas em areia lavada, após 20 dias as plântulas foram transplantadas para sacos plásticos de polietileno de 17 x 22 cm. O acompanhamento do desenvolvimento das mudas foi no viveiro, a céu aberto, do Instituto Federal de Rondônia. As mudas foram submetidas a diferentes tipos de substratos: T1 – areia + subsolo (1:1); T2 – areia + subsolo + palha de arroz carbonizado (1:1:1) e T3 – areia + subsolo + palha de arroz (1:1:1). Para avaliar a influência do substrato no desenvolvimento das mudas após 90 dias utilizou-se 10 mudas por tratamento. Foram avaliados os seguintes parâmetros: comprimento da parte aérea - considerou-se da superfície do solo do recipiente até gema apical, com auxílio de uma régua graduada. Diâmetro a altura do colo - medido a 1 cm acima do solo do recipiente, com auxílio de um paquímetro, relação da altura e Diâmetro a Altura do Colo e Índice de Qualidade de Dickson. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três tratamentos e 10 repetições. O software usado foi o ASSISTAT versão 7.5 (2008). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
As mudas de paineira submetidas ao tratamento T2 apresentaram maior valor médio de altura (27, 1 cm) em relação aos demais tratamentos T1 e T3 (14,5 e 18,0 cm), respectivamente. O tratamento T2 também apresentou o maior valor médio do diâmetro a altura do colo (7,3 mm) e maior relação da altura e diâmetro do colo (3,7) com diferença significativa em relação aos demais tratamentos T1 e T3 (2,8 e 3,0 mm), respectivamente. A relação altura/diâmetro do colo constitui um dos parâmetros usados para avaliar a qualidade de mudas florestais, pois, além de refletir o acumulo de reservas, assegura maior resistência e melhor fixação no solo. As mudas de paineira em todos os tratamentos (T1 - 0,20, T2 - 0,60 e T3 – 0,30) tiveram valores médios do índice de qualidade de Dickson superior a 0,20, sendo que o tratamento T2 teve diferença significativa em relação aos demais tratamentos. O índice de Dickson é considerado uma promissora medida morfológica ponderada, haja vista que considera, em sua fórmula, além do vigor o equilíbrio da distribuição da biomassa das plantas, ponderando várias características consideradas importantes.
CONCLUSÃO:
O substrato formado de areia, subsolo e palha de arroz carbonizado possibilitou maior desenvolvimento biométrico das mudas de paineira em relação aos demais tratamentos avaliados.
Palavras-chave: Chorisia glaziovii, mudas florestais, Rondônia.