63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
INCLUSÃO DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA NA FAMINAS
Mesne Victomar Lucindo 1,2
Miriana Barbara Reis Moura 1
Brenner Martiniano Oliveira da Conceição 1
Terlânia Aparecida de Andrade 1
Lívia da Silva Carmo 1
Rafael Gonzalez de Oliveira 3
1. Curso de Fisioterapia, Faculdade de Minas – FAMINAS/Muriaé-MG
2. Curso de Serviço Social, Faculdade de Minas – FAMINAS/Muriaé-MG
3. Prof. Esp./Orientador - Curso de Fisioterapia, Fac.de Minas – FAMINAS/Muriaé-MG
INTRODUÇÃO:
Muitos jovens e adultos portadores de deficiência física (PDF) poderiam ter uma vida acessível a todos os ambientes, como ir ao cinema, se graduar na instituição que preferir, assistir a jogos esportivos, trabalhar, entre outros, porém isto só é possível se todos os obstáculos construídos no meio urbano, espaço publico e privado forem eliminados. Embora a Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000 estabeleça normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas PDF, mediante a supressão de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos meios de transportes e de comunicação, infelizmente ela não é cumprida e devidamente fiscalizada. Porém, a inclusão de todos na sociedade não deve ser apenas pela acessibilidade, é preciso que a sociedade aceite e valorize toda e qualquer pessoa, independente de quem seja e das condições que esta possua. Nesse sentido, faz-se necessário a qualidade de ensino e aprendizagem para todos, irrestritamente, bem como as perspectivas de desenvolvimento e socialização no processo da inclusão. Contudo, este trabalho tem por objetivo analisar as estruturas existentes da Faculdade de Minas (FAMINAS), para que possam receber e atender com qualidade os alunos PDF.
METODOLOGIA:
Foram feitas observações dos diversos ambientes da FAMINAS de acordo com o Manual de Acessibilidade da ABNT (2004), sendo verificados diversos itens, como: Entrada de alunos localizada na via de menor fluxo de tráfego de veículos e que as interligue aos pólos de atração; rotas acessíveis interligando o acesso de alunos às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura, centros acadêmicos, locais de culto, praças, ambulatórios, bancos e demais ambientes pedagógicos; pelo menos 5% de sanitários acessíveis próximos à área de circulação principal e 10% devidamente adaptados; lousas acessíveis e instaladas a uma altura inferior máxima de 0,90 m do piso com área de aproximação lateral e manobra de cadeira de rodas; acessibilidade a todos os elementos do mobiliário urbano da edificação como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria, entre outros; rampas de acesso, bem como corrimãos adequados; portas com vão livre mínimo de 0,80 m, abertas com um único movimento, com maçanetas do tipo alavanca, e instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m.
RESULTADOS:
Após a coleta dos dados, foi observado que: a entrada de alunos localizada na via de menor fluxo de tráfego de veículos está de acordo com as normas; das 24 rotas acessíveis interligando o acesso de alunos às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura, centros acadêmicos, locais de culto, praças, ambulatórios, bancos e demais ambientes pedagógicos, 100% estão de acordo com as normas; dos 11 sanitários verificados na faculdade, 100% são acessíveis, onde o exigido pelas normas é de 5%, e 100% do total, são devidamente adaptados, superando os 10% exigido pela ABNT; das 33 lousas existentes, 100 % não estão devidamente instaladas a uma altura inferior máxima de 0,90 m do piso, e destas, 51,51% são acessíveis; e dos 164 elementos do mobiliário urbano da edificação como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria entre outros, apenas 46,94% estão de acordo com as normas; das 27 rampas verificadas, 100% estão acessíveis e com os corrimãos adequados; quanto às portas, das 128 verificadas, 100% possuem vão livre mínimo de 0,80 m, abertas com um único movimento, com maçanetas do tipo alavanca, e instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m.
CONCLUSÃO:
Numa sociedade de perfeitos ou do homem ideal, a pessoa portadora de deficiência é ignorada e excluída. Contudo para que uma sociedade seja mais justa e igualitária é necessária a inclusão da pessoa portadora de deficiência. Portanto, através da análise realizada, conclui-se que a FAMINAS está de acordo com a legislação e as normas da ABNT, exceto por alguns mobiliários urbanos da edificação que não estão de acordo com as normas da ABNT e das lousas que não estão a uma altura acessível. Sugere-se então adequações destes pequenos obstáculos para que a FAMINAS se torne 100% acessível, e com isso dê continuidade ao seu processo de inclusão social.
Palavras-chave: Acessibilidade, Deficiência física, FAMINAS.