63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua) |
PROJETO PIBID E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE GOIÁS |
Solange Batista de Sousa Anacleto Reis 1 Leidiane Rodrigues Rosa 1 Leonice Paraguai dos Santos Ramos 1 Fabiana Gomes 2 |
1. Instituto Federal de Goiás - IFG 2. Profª. Orientadora/ Instituto Federal de Goiás - IFG |
INTRODUÇÃO: |
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID - teve início em abril de 2010 no IFG campi Uruaçu. A ele estão inseridos dez bolsistas de graduação do curso de Licenciatura em Química matriculados entre os 2º e 6º períodos. O objetivo principal do projeto é proporcionar aos futuros professores uma formação diferenciada baseada na prática docente e não meramente teórica. O projeto também está em concordância com Schön (1987) que afirma a grande necessidade de cultivar atividades que conectem o conhecimento-na-ação e reflexão-na-ação de profissionais competentes nas teorias e técnicas ensinadas com conhecimento profissional nos cursos acadêmicos. Dentro desta perspectiva, o IFG-campi Uruaçu tem oferecido alternativas de aprendizagem na área de química para alunos do ensino-médio do Colégio Estadual Alfredo Nasser reforçando a integração entre escola-Instituto. Este trabalho descreve algumas metodologias desenvolvidas pelos bolsistas PIBID visando principalmente à aplicação de novas práticas pedagógicas. |
METODOLOGIA: |
Inicialmente foram coletados relatos dos bolsistas sobre a sua própria vida escolar dentro da disciplina de química, e em tudo que poderia ser alterado, na percepção de cada um, quando alunos. Foi oferecido apoio pedagógico a 11 turmas do Colégio Alfredo Nasser distribuído nos três segmentos do ensino médio. Cada aluno bolsista acompanhou uma turma específica durante todo o ano letivo oferecendo monitoria semanal a grupos de estudo, minicursos sobre temas do cotidiano fora do horário escolar, além da elaboração de material didático e avaliativo. Os temas eram apresentados dentro de um período de três horas distribuídos em: conteúdo teórico, uma parte experimental de laboratório e uma avaliação. A partir destas práticas percebeu-se a ansiedade por entrar em sala de aula atuando efetivamente como professor propriamente dito. A cada bolsista foi distribuído um assunto de química e este preparou suas aulas englobando a parte teórica, a parte prática e por último, uma avaliação. As questões das provas de simulado foram elaboradas pelos bolsistas e aplicadas aos alunos dentro da programação avaliativa da escola campo. |
RESULTADOS: |
De acordo com os questionários respondidos pelos bolsistas, entre as principais causas da dificuldade de aprendizado que eles tiveram no ensino médio estão: falta de formação do professor; não relação com temas do cotidiano; falta de aulas práticas ou experimentos demonstrativos. O fato do professor não ter formação adequada gerava aulas monótonas e desinteressantes onde ficavam presas ao livro didático sem algum recurso tecnológico. Já como professores, os bolsistas ministraram aulas criativas usufruindo o máximo de recursos tecnológicos e aulas práticas de laboratório, ponto falho na época de alunos. Considerando tais percepções foram desenvolvidas atividades diferentes àquelas utilizadas pelo professor da disciplina e que despertaram maior interesse dos alunos pela química. Os bolsistas do PIBID afirmaram que a monitoria foi válida como prática de ensino uma vez que o contato direto com o aluno proporciona uma experiência didática de grande importância. Os Minicursos com temas variados relacionando o conteúdo do livro didático com o cotidiano obtiveram uma boa participação dos alunos da escola campo. |
CONCLUSÃO: |
Através das atividades desenvolvidas dentro da escola pelos bolsistas pôde-se perceber uma crescente motivação em melhorar o processo pedagógico da disciplina. Houve um crescimento não somente pessoal, mas também acadêmico dos bolsistas, que afirmaram estarem mais confiantes em trabalhar com adolescentes. Todos estão cientes que uma aula pode ser mais que a leitura do conteúdo no livro didático, e que com mais criatividade e preparo todos saem com conhecimento. Visto que nenhum dos dez bolsistas havia “dado aula” antes, esta experiência foi considerada libertadora para todos. |
Palavras-chave: PIBID, Formação Inicial, Métodos de Ensino. |