63ª Reunião Anual da SBPC |
B. Engenharias - 1. Engenharia - 3. Engenharia Civil |
O uso de geotecnologias aplicado ao processamento digital e georreferenciamento de imagens AVNIR-2 - Estudo de Caso: Bacia do rio Piabanha/RJ |
Diana de Almeida Pinto Regalla 1 Priscilla Antoniazzi Campos 1 Ana Carolina de Almeida Tavares 2 Rafael Cardoso de Moraes Telles 3 Luana Santos do Rosário 4 Otto Corrêa Rotunno Filho 5 |
1. Aluna de Graduação do Curso de Engenharia Civil - Escola Politécnica / UFRJ – PET CIVIL 2. Aluna de Graduação do Curso de Geografia – IGEO/UFRJ 3. Aluno de Graduação do Curso de Ciências Matemáticas da Terra – Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto – IGEO/UFRJ 4. Mestranda/Orientadora – Programa de Engenharia Civil - COPPE / UFRJ 5. Professor/Orientador – Programa de Engenharia Civil – COPPE/UFRJ |
INTRODUÇÃO: |
Atualmente, as geotecnologias têm sido muito empregadas em monitoramentos, análises espaciais e na construção de diagnósticos em diversas áreas. Esse conceito abrange, entre outras técnicas, o processamento digital de imagens (PDI). Uma das funções do processamento digital de imagens é aplicar processos de ajuste, melhorando, assim, a qualidade e a precisão das informações que serão retiradas posteriormente das imagens. Um exemplo de PDI é a correção geométrica ou georreferenciamento. Georreferenciar uma imagem significa adequar o georreferenciamento dessa imagem, com base em pontos coletados no terreno por GPS ou na cartografia disponível para que a imagem fique sobre o terreno com a precisão desejada. O georreferenciamento é uma ferramenta útil para subsidiar o planejamento de diversas atividades e ações futuras. Esse tipo de processamento pode ser realizado através de softwares disponibilizados gratuitamente. Logo, este trabalho tem o objetivo de apresentar os resultados adquiridos com um desses códigos computacionais, enfatizando a qualidade alcançada no produto final. |
METODOLOGIA: |
A área escolhida para aplicação da metodologia foi a bacia do rio Piabanha, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. A imagem utilizada, neste trabalho, foi do sensor AVNIR-2, que integra o satélite japonês ALOS. Esse sensor possui três (3) bandas no visível e uma (1) banda no infravermelho próximo, com resolução espacial de 10m. As bandas analisadas são do ano de 2010. O georreferenciamento das imagens foi efetuado no sistema desenvolvido pelo INPE e disponibilizado gratuitamente, Spring 5.1.7. Esse sistema possibilita o georreferenciamento a partir da ferramenta de registro de imagens. As correções são baseadas em pontos de controle. Esses pontos são feições possíveis de serem identificadas de modo preciso na imagem que se quer georreferenciar e na base de referência (mapa, imagem ou pontos de GPS), como, por exemplo, o cruzamento de estradas, pontes ou cantos de rua. Com o intuito de se buscar o melhor custo benefício, foi realizado o georreferenciamento das cenas Avnir a partir das ortofotos disponibilizadas no portal do IBGE (ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/ ortofoto/Projeto_RJ25/TIF/). Essas ortofotos atendem a escala de 1:25000 e cobrem boa parte do estado do Rio de Janeiro, constituindo,assim, uma boa fonte de dados para o estado. |
RESULTADOS: |
O georreferenciamento foi baseado nas seguintes variáveis: número de pontos de apoio (13); grau de polinômio (1); critério de escolha dos pontos de apoio (melhor distribuição espacial aliada ao menor erro médio quadrático - RMS). Foram coletados mais pontos do que o necessário para ter a possibilidade de troca na hora de calcular o erro e também para verificação pós-processamento. No total, foram 21 pontos, sendo que 8 foram descartados. Assim, os 13 pontos que ficaram eram os mais bem distribuídos e com menores erros. O erro final foi de 0,912 píxel, e o erro dos pontos descartados foi de 3,112 píxeis. Vale ressaltar a importância do erro se manter abaixo de 1, o que equivale a 1 píxel, independente da resolução espacial. Além da utilização dos pontos para checagem, foi utilizado também um arquivo vetorial de base hidrográfica na escala 1:10000 em formato em formato shapefile (cedido pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente). Verificou-se que o deslocamento em relação a base e aos pontos foi muito pequeno não ultrapassando, em média, 1 píxel, ou seja, 10 metros. Esse tipo de informação é de alta relevância, pois permite uma boa sobreposição das informações, tendo em vista que essa imagem poderá ser utilizada juntamente com outros dados de diferentes fontes futuramente. |
CONCLUSÃO: |
O presente estudo revelou a possibilidade de se utilizar as ferramentas de geoprocessamento de maneira fácil e com pouco custo, tendo em vista a grande disponibilidade de dados gratuitamente por vários órgãos. A coleta de pontos através de recepção GPS é uma etapa que envolve um trabalho de planejamento de saídas de campo e custos que podem ser altos. Por essa razão, usar outras medidas que atendam a esse mesmo fim, neste caso, ao georreferenciamento, são mais viáveis e podem ter uma relação custo- benefício muito boa. Além disso, também foi imprescindível a escolha de pontos bem distribuídos na cena e a exatidão no momento de se alocar esses pontos, tendo a preocupação da escolha do pixel mais representativo daquela feição. A qualidade nesses procedimentos torna o processo de georreferenciamento ainda mais confiável e, conseqüentemente, permite a geração de trabalhos de melhor qualidade. Afinal, a partir de imagens com um bom georreferenciamento, podem surgir bases de dados mais atualizadas e precisas, mapeamentos temáticos com maior acurácia e detalhamento, entre outras finalidades, com possibilidades distintas de aplicações, como, por exemplo, em produtos científicos e tecnológicos com enfoque em água clima. |
Palavras-chave: Geotecnologias, Georreferenciamento, Sensoriamento Remoto. |