63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 16. Orientação e Aconselhamento |
PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E ALUNOS QUANTO AO BULLYING EM ESCOLAS NO MUNICIPIO DE CAMPO VERDE/MT. |
BIANCA JUNG 1 ANDRESSA DOS SANTOS BONAVIGO 1 ALLINY KIMBERLY CLEMENTE 1 CAMILA AMORIM PEREIRA 1 ELIANA ALVES SANTOS BASTOS 2 CLAUDIA FRANCISCONE DA SILVA GUIMARÃES 3 |
1. ALUNA COOPERATIVA EDUCACIONAL DE CAMPO VERDE COOPERCAMP 2. PROF. MESTRANDA/ORIENTADORA-DEPTO CIÊNCIAS FLORESTAIS E AMBIENTAIS - UFMT 3. PROF. ESPC. COOPERATIVA EDUCACIONAL DE CAMPO VERDE COOPERCAMP |
INTRODUÇÃO: |
O bullying tem sido ao longo do tempo, motivo de traumas e sofrimentos para muitos, sendo ignorado pela maioria das pessoas, por acreditar tratar-se de "brincadeiras próprias da idade" ou ser necessário ao amadurecimento do indivíduo, sem, contudo, considerar os danos causados aos envolvidos, sobretudo é um problema mundial, é encontrado em qualquer escola, não restringindo um tipo especifico de instituição. Estudos demonstraram que a média de idade de maior incidência entre os agressores, situa-se na casa dos 13 a 14 anos, enquanto que as vítimas possuem em média, 11 anos. Fato que vem a comprovar que os papéis dos protagonistas e as formas de maus-tratos empregadas se intensificam, conforme aumenta o grau de escolaridade. Entre os adolescentes, uma prática que se torna comum, a cada dia, são os ataques virtuais, cyberbullying. O objetivo do estudo foi avaliar a percepção dos alunos de três escolas de ensino fundamental e médio no município de Campo Verde, Mato Grosso, quanto ao conhecimento sobre a temática abordada e no intuito de esclarecer e minimizar o índice de bullying, entre os adolescentes, proporcionando conhecimento tanto de prevenção como de apoio. |
METODOLOGIA: |
O estudo foi realizado seguindo uma amostragem de 130 alunos e professores entrevistados em turmas de 4º ao 3º ano do ensino fundamental e médio dos períodos matutino, vespertino e noturno, com idade entre 9 a 17 anos em escolas da rede municipal, estadual e privada situada na zona urbana e três escolas (fundamental e médio) da zona rural, no município de Campo Verde/MT. Foi aplicado questionário do tipo semi-estruturado, além de palestras e distribuição de uma cartilha informativa sobre o que é como é e de que forma acontece o bullying no âmbito escolar e familiar. |
RESULTADOS: |
Dos 130 entrevistados 61% são do sexo feminino e 41,7% diz já ter sofrido algum tipo de bullying. Quanto aos meninos apenas 5% admitem ter sofrido algum tipo de bullying. 97% dos entrevistados conhecem pelo menos o que o significa o termo bullying, todavia percebe-se que muitos ainda não têm um bom conhecimento sobre as causas, e as características de perturbações que podem ser classificadas como bullying. Dos professores entrevistados 78% relatam ter sofrido algum tipo de agressão por alunos, e 2% dizem ter de certa forma também provocado situações consideradas como bullying para com os alunos. Poucos opinam sobre o que se deve fazer para evitar e que males pode causar ao indivíduo agredido, o que nos revela a necessidade de se estabelecer maiores campanhas preventivas e trabalhos que promovam esse tipo de esclarecimento em escolas, bairros, igreja e comunidade em geral. |
CONCLUSÃO: |
O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. A falta de compromisso com as regras sociais do bem viver e conviver, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as conseqüências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis e a escola com espaço formal para a educação tem papel fundamental nesse processo formativo. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos. |
Palavras-chave: Educação, Agressão, Valores. |