63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 2. Bioquímica dos Microorganismos |
UTILIZAÇÃO DE BIORREMEDIÇÃO NO TRATAMENTO DE LOCAIS CONTAMINADOS COM METAIS PESADOS TÓXICOS |
Eva Aparecida Prado do Couto 1 Fênix Araujo de Oliveira 1 Karla de Aleluia Batista 2 Kátia Flávia Fernandes 2 Flavio Marques Lopes 1,2,3 |
1. Curso de Farmácia – UnUCET – Universidade Estadual de Goiás 2. Instituto de Ciências Biológicas – Universidade Federal de Goiás 3. Prof. Dr./ Orientador |
INTRODUÇÃO: |
O acúmulo de metais pesados em solos é o aspecto que causa maior preocupação com relação a segurança ambiental. Esses elementos podem expressar seu potencial poluente diretamente nos organismos do solo, pela disponibilidade às plantas em níveis fitotóxicos, além da possibilidade de transferência para a cadeia alimentar por meio das próprias plantas ou pela contaminação das águas de superfície e subsuperfície. O emprego de microrganismos conhecidos no tratamento de rejeitos potencialmente tóxicos é uma prática habitual em alguns países desenvolvidos, a biodegradação com microrganismos é a opção mais empregada. Dessa forma, as pesquisas em biorremediação que utilizam microorganismos como agentes de redução de metais passam a ter uma posição de destaque, uma vez que essa técnica é de baixo custo quando comparado com outras formas de tratamento que utilizam processos físico-químicos como o de floculação, eletrólise e adsorção. Além dos mecanismos físico-químicos, a remoção dos metais pesados do meio por fungos e leveduras pode ser feita também por atividade metabólica. O trabalho teve como objetivo selecionar linhagens fúngicas com potencial de remoção de cobre, zinco e manganês, utilizando soluções sintéticas. |
METODOLOGIA: |
O solo foi coletado no Setor São José em Anápolis- GO. As amostras foram peneiradas em tamis com abertura de 0,42mm e homogeneizados. A suspensão foi preparada adicionando 1 g de solo a 9 mL de solução salina (NaCl 0,15 mol/L) homogeneizado por 30 min. A suspensão foi diluída até obter uma diluição de 10-4 e 100 µ L da suspensão transferidos para meios minerais líquidos ((g/L): NaCl (5), K2HPO4 (1), NH4H2PO4 (1), (NH4)2SO4 (1), MgSO4. 7H20 (0,2) e Ca(NO3)2 (3)) complementados por metais pesado de zinco (ZnSO4.7H2O 94,6 mg/L), cobre (CuSO4.5H2O 104mg/L) e manganês (MnSO4.7H2O 5,7 mg/L), respectivamente. A cada meio foi acrescido galactose (0,5 %), como fonte carbono. Os inoculados foram transferidos para um agitador orbital do tipo shaker à temperatura de 33°C e 91 rpm por 72 horas. Para a quantificação do percentual de degradação de metais pesados pelos fungos obtidos, foi utilizado Espectrofotômetro de absorção por chama, a curva de calibração foi linear para a faixa de 0 a 4 mg/L para zinco e manganês e 0 a 5 mg/L para o cobre obtendo respectivamente as equações y=0,0091x + 0,0213 (r=0,9977), y=0,1867x + 0,003 (0,9985) e y=0,06x + 0,0083 (r=0,9973). Após 168 horas de incubação foi realizada uma nova leitura de absorbância para determinação do teor de metal re |
RESULTADOS: |
Foi possível isolar dois microrganismos no meio seletivo de zinco, um no meio seletivo de cobre e um no meio enriquecido com manganês, identificados respectivamente como Fzn01, Fzn02, Fc01, Fmn01. A capacidade de degradação do zinco foi de 66,78% para Fzn01 e 41% para Fzn02. A capacidade de degradação de cobre pelo Fc01 foi de 71,41% e a degradação de Manganês foi de 36,62% pelo microrganismo identificado como Fmn01. |
CONCLUSÃO: |
A partir do presente trabalho, confirmou-se a comprovação da ação dos fungos frente a capacidade de degradação dos metais pesados o que mostra sua importância para a biorremediação, possibilitando assim abertura de caminhos para experimentos posteriores na melhoria do processo de degradação dos metais. |
Palavras-chave: Metais pesados, Biorremediação, solo. |