63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 7. Ciência e Tecnologia de Alimentos - 3. Tecnologia de Alimentos
CARACTERIZAÇÂO FÍSICO-QUÍMICA DE DUAS VARIEDADES DE MELÕES COMERCIALIZADOS EM TERESINA-PI
Larissa Lages Rodrigues 1
Poliana Brito de Sousa 2
Laysa Hellen de Sousa Amorim 3
Manoel de Jesus Marques da Silva 4
Afra Maria do Carmo Bandeira do Nascimento 5
1. Aluna de Graduação do Curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI
2. Aluna de Graduação do Curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI
3. Aluna de Graduação do Curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI
4. Técnico de Laboratório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI
5. Profa. orientadora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI
INTRODUÇÃO:
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de melão da América do Sul, superado apenas por Argentina e Chile, sendo responsável por 17% da produção total (COSTA, 2002). A variedade Cantaloupe possui casca rendilhada é uma planta anual, de crescimento rasteiro, com ramificações sarmentosas, folhas membranáceas, flores solitárias e axilares, frutos tipo baga de formato geralmente arredondado. Já o melão Amarelo apresenta as mesmas características botânicas do Cantaloupe, contudo suas flores são amarelas e o fruto tem formato oblongo ou elipsóide, a casca é lisa ou levemente enrugada longitudinalmente, sem odor (LORENZI, 2006).
A Região Nordeste é um dos grandes celeiros produtores de frutas do país (OLIVEIRA, 2002). Aproximadamente 98% do melão produzido no Brasil pertencem ao grupo “amarelo” (Inodorus) do qual fazem parte diversas cultivares e híbridos. Os outros 2% pertencem aos melões das variedades Cantaloupensis e Reticulatus, que apesar de possuírem alto valor comercial, principalmente no mercado externo, têm cultivo ainda muito restrito devido à limitada resistência dos frutos ao transporte e à reduzida conservação pós-colheita (MENEZES et al., 1998; GRANGEIRO et al., 1999). Como a aquisição destas duas variedades pela população vem crescendo bastante, objetivou-se nesta pesquisa avaliar as características físico-químicas (pH, acidez, sólidos solúveis totais (ºBrix), umidade, vitamina C e cinza), dos melões Cantaloupe e Amarelo comercializados em Teresina.
METODOLOGIA:
Frutos inteiros de melão Cantaloupe e Amarelo foram coletados no município de Teresina – PI e transportados para o Laboratório de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, onde foram preparadas para análises imediatas. Para determinar as características físico-químicas que foram pH, Acidez, Sólidos Solúveis Totais, Vitamina C, Umidade e Cinza. Todas as análises foram realizadas em triplicata e conforme as normas analíticas do Instituto Adolf Lutz (IAL, 2008).
RESULTADOS:
Os resultados obtidos para os melões Cantaloupe e Amarelo, para pH foram respectivamente, 6,34 e 7,28, próximo de Coelho et al.(2003) de 6,83, sendo importante no estado de conservação, preservação e armazenamento do alimento (JIN, 2006). Em relação à acidez, os valores para o Cantaloupe de 1,049 e o Amarelo 0,654, que diferem do encontrado por Mendlinger & Pastenak (1992) variando de 0,05 a 0,35g. A acidez pode influenciar seja retardando ou acelerando os processos de hidrólise, oxidação e degradação dos alimentos. Os valores encontrados para a vitamina C de 0,453 para Cantaloupe e de 4,675 para o Amarelo difere (LORENZI, 2006) de 31mg. Essa diferença pode ser explicada pelo fato da vitamina C ser muito volátil, podendo ter ocorrido perdas significativas durante a análise.
O sólido solúvel total da variedade Cantaloupe foi de 10,3 ºBrix e do amarelo 12,56 ºBrix, próximo ao requerido para exportação de 10 ºBrix (SOUSA et al, 2005), cobre ressaltar que essa flutuabilidade está diretamente relacionada com o grau de maturação da fruta (JIN, 2006). Com relação a cinza de 0,546% para Cantaloupe e 0,648% para Amarelo, próximo ao de Menezes (2001). A partir dessa análise podem-se verificar as substâncias inorgânicas tais como alumínio, magnésio, zinco e outros (IAL, 2008). A umidade encontrada do Cantaloupe de 92,05% está próximo ao da (TACO, 2006) que é de 91,3%, valor acima do Amarelo de 89,46%. Importante na comercialização e manutenção da qualidade do produto (JIN, 2006).
CONCLUSÃO:
Levando em consideração os dados obtidos e discutidos, pode-se concluir que as características físico-químicas das variedades de melões comercializados em Teresina, apresentaram diferenças nos valores encontrados tanto entre si, como com relação aos dados encontrados na literatura. Diferença que podem ser devido ao manuseio, transporte do local da compra até o local da análise, a tempo de coleta da fruta que pode não está no estágio de maturação adequado para colheita, de como estava armazenado no local de compra e outros fatores.
Palavras-chave: melão Amarelo, melão Cantaloupe, análise físico-química.