63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
A RELAÇÃO COM COTIDIANO NO ENSINO DE QUÍMICA NA EJA
Bruno Rafael Araújo Lima 1
Emannuely Elany Andrade Pinheiro 1
Josiel da Silva Valadão 1
Dannusa Mannuele Lima Cavalcante da Silva 1
Felipe Mateus 1
Ruth de Moraes Lima 1,2
1. Depto. de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI
2. Profa/Orientadora
INTRODUÇÃO:
A EJA é uma forma de ensino contido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, que no seu art.37 destaca: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” (BRASIL, 1996, p.15). Contendo parâmetros para sua atuação.
Sendo assim pode ser caracterizado como um desafio ensinar Química para os alunos do Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com Bonenberger et al. (2006, p.1) os alunos da EJA muitas vezes apresentam dificuldades o que os fazem ficarem frustados por não se acharem capazes de aprenderem química, e, por não perceberem a relação dessa disciplina no seu dia a dia.
No Ensino Médio o ensino de Química para muitos pesquisadores como (Maldaner (2000), Schnetzler (2002) e Santos & Schnetzler (1997) tem se caracterizado ao empiricismo, a memorização da linguagem própria da química e a mais importante à matematização dos fenômenos gerada a partir do limite de tempo necessário para ao aprendizado de todo o conteúdo de química do ensino médio.
O objetivo da pesquisa a que se refere esse artigo foi identificar como os professores de química relacionam os assuntos abordados com o cotidiano.
METODOLOGIA:
Esta proposta metodológica foi aplicada em três turmas da organização coletiva da EJA, no Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, na cidade de Teresina. O inicio da proposta aconteceu no dia 09 de novembro de 2010 e teve encerramento no dia 03 de dezembro de 2010. O trabalho foi realizado em 60 horas em três dias na semana no horário entre 13h00min e às 18h00min. Nesse período foram observadas as aulas de química e realizado um questionário com os alunos buscando estabelecer o perfil dos alunos do EJA e sua avaliação sobre a proposta metodológica desenvolvida pelos professores. O questionário serviu para se observar o perfil dos alunos da EJA e a sua avaliação sobre a proposta metodológica desenvolvida pelos professores.
RESULTADOS:
De acordo com os questionários as maiorias dos alunos trabalham (14), sendo um dos motivos que os fez optar pela EJA, enquanto (9) optaram pela necessidade de concluírem o ensino médio mais rápido, (17) possuem mais de 21 anos. Pelos que relataram a maioria dos alunos do EJA tem receio sobre a disciplina de química, principalmente devido a vários comentários que ouviram sobre a matéria, as observações acerca do questionário serviram para avaliarmos a proposta metodológica dos docentes de química na sala de aula.
O observado foi que os assuntos de química ministrados pelos professores abordaram mais o lado conceitual dos assuntos devido ao menor tempo disponível comparado aos três anos letivos para o ensino regular de maneira que experiências químicas mostradas durante as aulas pelos professores tiveram êxito para a assimilação dos conteúdos estudados, pois como alguns alunos já haviam parado de estudar a muito tempo e agora que estavam recomeçando a ler e tentando interpretar textos a dificuldade seria maior sem a visualização dos experimentos para a assimilação dos conceitos, já que foram estudados durante a maioria das aulas conceitos químicos, estes que precisaram ser expostos relacionado o conceito como cotidiano.
CONCLUSÃO:
Diante de tais considerações, é difícil sugerir uma nova filosofia no ensino de Química, de maneira geral, para o ensino de Ciência, romper com um Estilo de Pensamento muito da vez formulada ao logo da formação inicial requer esforços complicados de se realizar. A convivência com outros profissionais pode ajudar na formação de uma ideologia nova, a participação em cursos de formação faz com que o profissional se renove com processos que colaborem para o processo ensino aprendizagem. A realização de outras atividades no magistério ou fora dele são alguns dos fatores que permitiriam, em princípio, uma visão diferenciada do que venha a ser o fazer pedagógico mais adequado a determinados grupos sociais, sem que isso signifique uma simplificação, uma redução ou uma ação discriminatória a esses segmentos em relação ao ensino.
Palavras-chave: Química, Cotidiano, EJA.