63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
AVALIAÇÃO DA TAXA RESPIRATÓRIA, EMISSÃO DE ETILENO E COLORAÇÃO DA CASCA DOS FRUTOS DO MARACUJAZEIRO AMARELO E MARACUJAZEIRO DOCE. |
Thais Vianna Silva 1 Jurandi Gonçalves de Oliveira 2 Wily Câmara dos Santos 3 Sávio Figueira Correa 4 Talita Pereira 4 Marcelo Gomes da Silva 5 |
1. Profa D.Sc. do Ifes/Campus de Alegre – Agroindústria 2. Prof. D.Sc./ Orientador / UENF/ CCTA – Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal 3. Mestrando em Ciências Naturais – UENF/ CCT – Laboratório de Ciências Físicas 4. D.Sc. em Ciências Naturais 5. Prof. D.Sc. UENF/ CCT – Laboratório de Ciências Físicas |
INTRODUÇÃO: |
No Brasil, o maracujazeiro amarelo e o maracujazeiro doce são as espécies de maracujá mais plantadas e mais comercializadas. Estes frutos possuem padrão climatérico de respiração e, por isso, senescem rapidamente após a colheita. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o amadurecimento dos frutos de maracujazeiro amarelo e do maracujazeiro doce através da taxa respiratória, produção de etileno, perda de massa e coloração da casca. |
METODOLOGIA: |
No trabalho, foram realizados dois experimentos sob condições ambiente (25±3ºC e 85±8% UR), sendo um com frutos de maracujazeiro amarelo, colhidos aos 49 dias após a antese (DAA) e armazenados durante 16 dias e outro com frutos de maracujazeiro doce, colhidos aos 72 DAA e armazenados durante 14 dias. O dióxido de carbono (CO2 ) e o gás etileno (C2H4) emitidos pelos frutos foi determinado, respectivamente, por um detector no infravermelho e um espectrômetro fotoacústico. As concentrações de CO2 e C2H4 medidas para cada fruto, foram normalizadas pela massa fresca e expressas em μg.h-1kg-1. |
RESULTADOS: |
Os resultados mostraram que os frutos do maracujazeiro amarelo apresentaram padrão climatérico, com aumento da taxa respiratória e da emissão de etileno. A maturação desses frutos caracterizou-se pela existência de dois picos de emissão de dióxido de carbono e de etileno, no 70 dias de armazenamento, dados estes ainda não registrados para essa cultura. A partir deste dia a atividade respiratória caiu novamente, sugerindo-se o início da senescência dos frutos. Nos frutos do maracujazeiro doce, os picos de emissão de dióxido de carbono ocorreram entre o 40 e 80 dias de armazenamento e os picos de etileno ocorreram entre o 70 e 100 dia de armazenamento. Em relação à coloração da casca, nos frutos do maracujazeiro amarelo, o maior valor de luminosidade foi encontrado no 70 dia de armazenamento , enquanto que o indicativo de amarelecimento da casca (dado pelo ângulo de cor hue) ocorreu somente no 140 dia de armazenamento. Nos frutos do maracujazeiro doce as mudanças nestes parâmetros de cor ocorreram mais cedo, a partir do 20 dia de armazenamento. Para perda de massa da casca observou-se redução linear, sendo que ao longo do armazenamento os frutos de maracujazeiro amarelo perderam aproximadamente duas vezes menos massa do que os frutos de maracujazeiro doce. |
CONCLUSÃO: |
- A taxa respiratória nos dois frutos apresentou valores semelhantes, porém a taxa de emissão de etileno no fruto do maracujazeiro amarelo foi o dobro da taxa encontrada nos frutos do maracujazeiro doce. - Os frutos de maracujá amarelo e maracujá doce apresentaram padrões diferenciados de emissão de gases CO2 e C2H4. Os frutos do maracujazeiro amarelo mostraram padrão climatérico com a ocorrência do incremento da respiração e da emissão de etileno, ao longo do armazenamento. Os frutos do maracujazeiro doce não mostraram um padrão típico, ou seja, não foi detectado um pico de emissão em dia comum para todas as repetições analisadas. - Os frutos de maracujá doce perderam mais massa da casca do que os frutos de maracujá doce. - Os frutos do maracujazeiro amarelo mostraram evolução progressiva na perda da coloração verde da casca ao longo do armazenamento, enquanto que para os frutos do maracujazeiro doce a perda da coloração verde ocorreu nos primeiros dias de armazenamento. |
Palavras-chave: Amadurecimento, Etileno, Pico climatérico. |