63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
GERMINAÇÂO DE SEMENTES DE ANGICO PRETO (Anadenanthera falcata) |
Fernanda Hiromi Sumihara Maeshima 1 Daianna Perreira Costa 2 Larissa Leandro Pires 2 |
1. Mestranda-Ecologia e Produção Sustentável-PUCGO 2. Graduanda-EEscola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás 3. Profa.Dra/Orientadora-EEscola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás |
INTRODUÇÃO: |
Anadenanthera falcata Benth. Speg. (Mimosaceae) popularmente conhecida como angico preto e angico cascudo. É uma planta heliófita, decídua, pioneira e seletivamente xerófita. Produz anualmente uma grande quantidade de sementes viáveis e apresenta tolerância média quando em baixas temperaturas. Observa-se na literatura que é uma espécie recomendada para recuperação de terrenos erodidos e para locais sujeitos a inundações periódicas de rápida duração. A maturação de seus frutos ocorre de agosto a novembro, sendo que nesta fase a planta se encontra quase que em folhagem. Devido a sua madeira ser muito pesada, de elevada resistência mecânica e de alta durabilidade, é indicada para construção de estruturas externas, como estacas, postes, madeiramento de currais, peças torneadas e móveis; na construção civil, é usada para fabricação de vigas, ripas, marcos de portas e janelas, tacos e tábuas para assoalhos, réguas para medir madeira serrada, dentre outras utilidades. Por ser uma planta exuberantemente de grande interesse tanto no setor de construção, ambiental e paisagístico esse trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de germinação das sementes de angico preto sob diferentes tempos de imersão em água em fria e quente, e em solução de HCL. |
METODOLOGIA: |
Foram utilizadas 240 sementes, em seis tratamentos pré-germinativos com quatro repetições, cada qual com dez sementes: 1) imersão em água em temperatura ambiente (±25°C) por 3 minutos; 2) imersão em água em temperatura ambiente por 5 minutos; 3) imersão em água em temperatura de 60°C por 3 minutos; 4) imersão em solução de HCL por 3 minutos; 5) imersão em solução de HCL por 5 minutos e; 6) controle. A semeadura foi realizada em gerbox, sobre duas folhas de papel de filtro previamente umedecidas, e a incubação em câmara de germinação BOD, sob 18ºC ou 25ºC (luz constante), e temperaturas alternadas de 20ºC/30ºC (8/16 horas de escuro/luz). Determinou-se a capacidade de embebição das sementes (a cada 3 horas, por 48 horas) em cada temperatura de incubação, a porcentagem. A porcentagem de germinação foi determinada aos 7, 14, 21 e 28 dias após a semeadura; e o vigor, na primeira contagem (IC) aos quatro dias. As médias dos tratamentos foram comparadas através do teste de Tukey, a 5%. |
RESULTADOS: |
Apesar de não ter diferenças significativas estatisticamente entre os tratamentos, tanto em termos de vigor, como de porcentagem de germinação, essa variou de 67,5% (T4) a 92,5% (T2). A imersão em solução de HCL por 3 minutos apresentou germinação menor (67,5%) do que o controle (77,5%) |
CONCLUSÃO: |
Apesar de não terem sido significativas, o controle teve maior porcentagem de germinação do que os tratamentos testados. Os resultados indicam a necessidade de mais estudos com essa espécie assim como de outras espécies do Cerrado bem como a importância dessa espécie na vida das pessoas que vivem de sua extração. |
Palavras-chave: Mimosaceae, Germinação, Ácido clorídrico. |