63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia |
AVALIAÇÃO DE EXTRATOS DA Lavandula officinalis UTILIZANDO O TESTE DE LETALIDADE FRENTE Artemia salina |
Maria Fernanda Freitas de Brito 1 George Laylson da Silva Oliveira 2 Lucas Pinheiro Dias 3 Jardelina Maria Penha Sousa 4 Reginaldo Jonas de Jesus Pinheiro 5 |
1. Depto de Ciências Biológicas - IFPI 2. Depto de Ciências Biológicas - IFPI 3. Depto de Engenharia de Alimentos - IFPI 4. Depto de Ciências Biológicas - IFPI 5. Depto de Ciências Biológicas - IFPI |
INTRODUÇÃO: |
Desde as primeiras civilizações, o homem interagiu com natureza, fazendo da mesma seu meio de sobrevivência. Ao longo da evolução foi constatada a existência de plantas com propriedades medicinais. Hodiernamente essas plantas vêem sendo aplicada na fitoterapia, por exemplo, a Lavandula officinalis chaix & kitt popularmente conhecida como alfazema das flores. De origem francesa, a alfazema, possui o aroma mais floral de todas as lavandas, porém seus níveis terapêuticos são os mais baixos. No entanto, é reconhecido como tendo algumas fortes propriedades como analgésico, antidepressivo, antiinflamatório, anti-reumático, cicatrizante, fungicida, laringite, halitose e também é bastante utilizado na aromaterapia entre outras finalidades. Os compostos bioativos são quase sempre tóxicos em altas doses. Desta maneira a avaliação da letalidade em um organismo animal menos complexo pode ser usada para um monitoramento simples e rápido durante o fracionamento de extratos. O objetivo deste trabalho é a avaliação do potencial citotóxico do extrato da Lavandula officinalis em diferentes concentrações utilizando o teste de letalidade frente Artemia salina, já que, é um ensaio bastante utilizado em analises de toxidade. |
METODOLOGIA: |
Foi utilizada a metodologia descrita por Meyer et al. (1982). Os experimentos foram realizados em triplicata com quatro concentrações-teste: 700, 500, 300 e 100 μg/mL e um grupo controle. No primeiro momento foi colocado as folhas da L. officinalis em um agitador por 24 horas, logo após, centrifugou-se a solução e colocou-se em um frasco âmbar. Em segundo momento pesou-se 50 mg de ovos de A. salina (Maramar), e colocou-se em um aquário adaptado com água do mar + água mineral (1:1). Deixou-se em repouso em capela com lâmpada incandescente (60 watts) e aeração constante. Passado um período de 24 horas houve a eclosão dos ovos que deram origem aos náuplios. Colocou-se 5 mL de salina e adicionou-se 10 larvas de A. salinas em cada tubo de ensaio. Depois, acrescentaram-se as concentrações a serem testadas e deixou-se em repouso sob iluminação. Após 24 horas a quantidade de indivíduos mortos em cada concentração-teste foi registrada. Os resultados foram submetidos a tratamento estatístico. Para obtenção dos valores de DL50, foi utilizada a análise PROBIT, através do software SPSS com 95 % de índice de confiança. A DL50 foi obtida através do gráfico da quantidade de indivíduos mortos em função do logaritmo da dose testada. É considerada tóxica a amostra que apresentar DL50 < 1000 ppm. |
RESULTADOS: |
Depois de feita a análise estatística, obteve-se DL50 < 1000 ppm para o extrato de Lavandulla officinalis. Quanto menor o valor de DL50, mais tóxico é o composto frente a um organismo-teste, e maior é sua atividade citotóxica. Não houve morte de nenhuma A. salina no teste controle, o que mostra que o solvente utilizado é inofensivo a este microcrustáceo, e as mortes foi resultado unicamente da ação do extrato aquoso de Lavandula officinalis. O potencial citotóxico do extrato aquoso da L. officinalis demostrou-se alto frente ao teste de letalidade da A. salina a partir da concentração de 300 μg/mL, visto que todas as Artemias morreram. |
CONCLUSÃO: |
A utilização do bioensaio de letalidade da A. salina na avaliação de extratos em diferentes concentrações da Lavandula officinalis foi simples e eficiente revelando que concentrações acima de 300 μg/mL indicam alta atividade citotóxica. Estudos posteriores serão feitos para realizar o isolamento dos compostos responsáveis por esta toxicidade, pois a mesma esta normalmente relacionada à atividade biológica. |
Palavras-chave: Lavandula officinalis, Citotoxidade, Artemia salina. |