63ª Reunião Anual da SBPC |
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes |
Análise da flexibilidade e força em escolares do 4º ano do ensino fundamental. O efeito da Educação Física |
Isabela Moraes 1 Sandra Beltran Pedreros 2 |
1. Licenciada em Educação Física Faculdade La Salle Manaus 2. Profa. M.Sc./ Orientadora – Coordenação de Pesquisa, Faculdade La Salle Manaus |
INTRODUÇÃO: |
A transição da infância para a adolescência é uma fase ideal para trabalhar habilidades como força, resistência, coordenação motora e flexibilidade nas aulas de Educação Física. Segundo os PCNs as habilidades e capacidades podem receber um tratamento específico, na medida em que os alunos já compreendem os resultados obtidos com os movimentos realizados em cada atividade, onde as habilidades corporais devem contemplar desafios mais complexos. O conhecimento e o controle do corpo permitem que comecem a monitorar seu desempenho, adequando o grau de exigência e de dificuldade de algumas tarefas. Podem também, pela percepção do próprio corpo, começar a compreender as relações entre a prática de atividade corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os benéficos à saúde. Na puberdade, a força geral e especificas devem ser paralelamente desenvolvidas, enquanto a flexibilidade (que atinge seu auge na infância) pode piorar se não for devidamente trabalhada. A flexibilidade e força são capacidades básicas para o dia a dia de todo e qualquer individuo. Assim a pesquisa analisa se alunos do ensino fundamental, que participam das aulas de educação física, apresentam melhor desempenho nas habilidades de flexibilidade e força, quando comparado com alunos que não participam das aulas. |
METODOLOGIA: |
A pesquisa descritiva, qualitativa e quantitativa, foi desenvolvida com 114 alunos de 4º ano do ensino fundamental (11 a 12 anos) de duas escolas da rede pública de Manaus: uma que não possui aulas de Educação Física (Escola A) e outra com aulas de Educação Física (Escola B). Foram aplicados dois testes para flexibilidade (flexiteste e o teste de senta e alcança sem banco, protocolo EUROFIT), e dois para força (teste de suspensão em barra e teste de impulsão horizontal sem corrida). Os dados de flexibilidade e força serão analisados da seguinte maneira: Comparação das medidas de cada variável por gênero (teste t independente) e idade (Anova simples), em cada escola. Comparação da flexibilidade, inicial e final por gênero e idade, através de um teste t para amostras dependentes. Comparação da flexibilidade e força entre as escolas por gênero mediante um teste t independente e por idade mediante uma analise de variância simples. |
RESULTADOS: |
Flexibilidade. As meninas foram mais flexíveis que os meninos em ambos os testes. Alunos da Escola B tiveram significativamente maior flexibilidade, sendo significativa a diferença entre as meninas para ambos os testes, enquanto que nos meninos só foi significativa para o flexitest. Por idade ficou evidente perda da flexibilidade em alunos de 12 anos da Escola A e aumento da mesma com a idade na Escola B. Força. Os meninos foram mais fortes que as meninas em ambos os testes, sendo maior essa diferença no teste da barra que no salto. Houve diferença significativa no teste do salto para os meninos, mas não no teste da barra; no caso das meninas houve diferença significativa para ambos os testes. Não houve diferença significativa entre os resultados por sexo para ambos os testes em cada escola. Houve diferença significativa nos resultados de força entre as escolas, onde os alunos da Escola B apresentaram melhor desempenho. No teste da barra as meninas da Escola B tiveram muito melhor desempenho que os meninos da Escola A e levemente maior que os meninos da Escola B. Na pesquisa foram observados alunos com dificuldade na realização dos testes; questionando assim o comprometimento e a qualidade durante o desenvolvimento das aulas para a faixa escolar. |
CONCLUSÃO: |
Analisando os resultados se concluí que a hipótese nula é rejeitada, pois a mesma afirma que a participação dos escolares nas aulas de Educação Física não influencia no desenvolvimento dessas habilidades flexibilidade e força. Por tanto, a hipótese de que a não participação dos escolares das aulas de Educação Física leva a um baixo índice de desenvolvimento das habilidades flexibilidade e força é aceita. Assim, fica evidente a necessidade da obrigatoriedade das aulas de educação física escolar em todas as escolas de ensino básico nas séries iniciais; não só para desenvolvimento de habilidades como a força, mas como estratégia de manutenção da flexibilidade. |
Palavras-chave: Flexibilidade e força, Educação Física Escolar, Educação Física na Puberdade. |