63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
POTENCIAL HÍDRICO, CRA, AMIDO E CARBOIDRATOS EM FOLHAS DE MOGNO BRASILEIRO E AFRICANO EM DIFERENTES ADUBAÇÕES DE KCl NO PERÍODO SECO E CHUVOSO |
Jonny Lucio de Sousa Silva UFRA Géssica Patrícia Cardoso Bentes UFRA Luma Castro de Souza UFRA Raimundo Lazaro Moraes da Cunha UFRA Allan Klynger da Silva Lobato UFRA Cândido Ferreira de Oliveira Neto UFRA |
1. Graduando em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 2. Graduanda em Engenharia florestal/UFRA. 3. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA. 4. Prof. Dr./Instituto de Ciências Agrárias/Ufra 5. Prof. MSc. Campus Paragominas/UFRA. 6. Prof. Dr./Orientador-Campus Capitão Poço/Ufra |
INTRODUÇÃO: |
O mogno brasileiro (Swietenia macrophylla, King) por seu alto valor comercial e grande aceitação no mercado internacional, já desapareceu de grandes áreas da Amazônia brasileira, existindo apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas - que são sistematicamente invadidas por madeireiros. A disponibilidade de água para as plantas é de extrema importância, pois dela dependem todas as atividades metabólicas das células. Nas células fisiologicamente ativas, o teor de água se eleva, geralmente, a valores acima de 85%. Uma redução do conteúdo de água em torno de 20% a 25% do valor máximo da hidratação, geralmente induz a paralisação de importantes processos metabólicos A capacidade de aumentar a tolerância à seca, ocasionada pelo ajuste osmótico em algumas espécies, tem sido relacionada à diminuição do potencial osmótico e à retenção de água dela decorrente. Durante déficit hídrico moderado, o potencial hídrico pode ser mantido pelo ajuste osmótico e os açúcares podem servir como solutos compatíveis baixando o potencial. O objetivo deste trabalho foi verificar o potencial hídrico, carboidratos solúveis e amido em plantas de mogno brasileiro e africano sob adubação potássica no período seco e chuvoso. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), localizado no município de Igarapé Açu-PA, (01° 11’ S e 47° 35’ W), distante 110 km da cidade de Belém-PA, no período de março de 2006 a novembro de 2007. Plantas de mogno brasileiro (Swietenia macrophylla King) e de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.) com três meses de idade, propagadas sexualmente, foram adquiridas junto a Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA, e transportada para o local do experimento. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados arranjados em um esquema fatorial (4 x 2 x 2), constando de quatro tratamentos (0, 200, 400 e 600 g p-1) de KCl, duas espécies (Swietenia macrophylla e Khaya ivorensis) e duas condições hídricas (períodos chuvoso e seco), com quatro repetições. Os resultados foram analisados usando-se o programa NTIA (EMBRAPA, Campinas-SP, 1995). A análise de amido e carboidrato foi feita apartir da massa seca das folhas, enquanto que o potencial hídrico através da bomba de pressão do tipo Scholander (modelo Pms Instrument Co., Corvalles, USA). A significância das médias das diversas variáveis de resposta foi avaliada, usando-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade. |
RESULTADOS: |
Quanto ao CRA e ao Ψfol, ao longo do dia, os menores valores foram observados às 12 horas, independentemente do período climático. Entretanto, no período seco, os valores do CRA e Ψfol em todos os horários de avaliação, foram sempre inferiores aos valores registrados para as plantas no período chuvoso. Os decréscimos do CRA e Ψfol no horário de maior demanda evaporativa, no período chuvoso, podem estar associados à defasagem entre a taxa transpiratória e a taxa de absorção de água pelas raízes. O abaixamento em 35% do Ψfol ao meio dia, em resposta ao déficit hídrico, pode ser atribuído ao aumento dos teores de carboidratos solúveis totais, no período seco, exibidos pelas espécies (S. macrophylla 43,33 mg g-1 e K. ivorensis 23,50 mg g-1 a mais que no período chuvoso),na concentração intracelular de carboidratos solúveis totais e a redução das concentrações de amido decorrente da hidrólise das reservas deste polissacarídeo para produção de açúcares livres, com vistas a promoção do abaixamento osmótico e manutenção da turgescência celular, bem como para servirem de reserva de carbono, haja vista que provavelmente ocorreu uma diminuição fotossintética e precisa de carbono para a imediata retomada do crescimento logo que as tensões ambientais forem amenizadas. |
CONCLUSÃO: |
O período seco reduz o potencial hídrico e as concentrações de amido, entretanto o mesmo promove um aumento nas concentrações de carboidratos solúveis totais. |
Palavras-chave: Período seco e chuvoso., Adubação de potássio., Plantas de Mogno.. |