63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
FUNGIOTOXIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO FOLIAR DA GUABIRABA, Campomanesia lineatifolia
Ícaro Fillipe de Araújo Castro 1
George Laylson da Silva Oliveira 2
Rafael da Costa Almeida 3
Sabrina Maria Vieira Mendes 4
Luiz Lopes 5
Eugênia Cristina Nascimento Medeiros 6
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
2. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
3. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
4. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
5. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
6. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFPI
INTRODUÇÃO:
Compostos secundários presentes em plantas medicinais podem desempenhar funções importantes em interações planta-patógeno, através de ação antimicrobiana direta ou ativando mecanismos de defesa de outras plantas que venham a ser tratadas com esses compostos. Neste contexto, as plantas medicinais representam uma alternativa para a substituição dos fungicidas sintéticos por produtos naturais, uma vez que estas possuem grande quantidade e variedade de metabólitos secundários com propriedades biológicas. Esse trabalho é uma pesquisa experimental, que tem por objetivo avaliar o potencial antifúngico do extrato etanólico da folha da Guabiraba, Campomanesia lineatifolia, em diferentes concentrações, sobre o crescimento micelial de Cladoporium cladosporioides.
METODOLOGIA:
As partes dos vegetais em análise (Campomanesia lineatifolia) foram coletadas no Parque Ambiental de um bairro do município de Teresina-PI. As folhas foram trituradas e moídas em moinho de facas e extraídas quatro vezes com etanol 99%, por um período de aproximadamente 16 dias. O material dissolvido em etanol foi filtrado e concentrado parcialmente em evaporador rotatório sob pressão reduzida e determinado o peso seco para realização do teste de fungiotoxidade. A linhagem do fungo foi obtida no laboratório de biologia do Instituto Federal do Piauí, Campus Central.
O extrato etanólico da planta em estudo foi incorporado ao meio de cultura (BDA) ainda quente, de modo a obter-se três diferentes concentrações: 1, 0,75 e 0,5 uL/mL de BDA. Após a solidificação do meio, um disco de micélio de 6 mm de diâmetro do fungo Cladoporium cladosporioides foi transferido de uma cultura pura de sete dias para o centro da placa. A avaliação foi realizada através de duas medições diametralmente opostas das colônias, quando o controle (BDA sem adição do extrato vegetal) atingiu o máximo de crescimento. O experimento foi conduzido em triplicatas de forma inteiramente casualizada.
RESULTADOS:
Com o aumento da concentração do extrato etanólico da folha da Campomanesia lineatifolia, houve uma considerável atividade inibitória no controle do crescimento do fitopatógeno C. cladosporióides nas concentrações 1,0, 0,75 e 0,5 uL/mL. Observou-se uma variação na taxa de inibição de 20,37% a 7,71% para o fitopatógeno C. cladosporioides da maior para menor concentração respectivamente. Assim, ficou evidenciada uma atividade inibitória do extrato etanólico frente ao fitopatógeno C. cladosporioides, o que demonstra a eficácia do extrato foliar etanólico diante deste tipo de fungo.
CONCLUSÃO:
Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que o extrato etanólico Campomanesia lineatifolia é um agente com capacidade antifúngica no controle de crescimento micelial do fitopatógeno Cladosporium cladosporióides.
Com a finalidade de reforçar a utilização de plantas medicinais como método alternativo vantajoso, existe a necessidade de novos estudos na busca por fungicidas naturais, visto que os mesmos contemplam a prática de uma agricultura sustentável, cujos efeitos para o meio ambiente são bem menos severos que os ocasionados pelos praguicidas sintéticos.
Palavras-chave: Antifúngico, Campomanesia lineatifolia, Cladoporium cladosporioides,.