63ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 1. Áreas Clássicas de Fenomenologia e suas Aplicações |
EFEITOS DE CAMPO MAGNÉTICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE (Lactuca Sativa). |
Ivanilson Sousa da Costa 01 Fábio Henrique Silva Sales 02 Joaquim Teixeira Lopes 03 Michelle Rose Santos Almeida 04 |
1. Orientando - Depto de Engenharia Mecânica Industrial – IFMA. 2. Prof. Dr. Orientador - Depto de Física - IFMA 3. Prof. Msc. Co-Orientador - Depto de Física - IFMA 4. Depto de Física - UEMA |
INTRODUÇÃO: |
O fenômeno eletromagnético tem sido estudado nas mais variadas áreas do conhecimento, desde os efeitos do campo magnético gerado por aparelhos celulares às pesquisas envolvendo campos magnéticos artificiais em leguminosas e na Biofísica. Isso porque o desenvolvimento auto-sustentável é discutido pela humanidade atual, assim como a utilização dos recursos do meio, sejam eles vegetais ou animais, de forma consciente, de modo que as gerações futuras possam desfrutar dos mesmos juntamente conosco. Outro campo de importância é o das pesquisas agrícolas, em que as descobertas e o desenvolvimento de técnicas serão sempre bem-vindos, em virtude das constantes agressões sofridas pelo meio, sejam elas de natureza antrópica, como as queimadas e o desmatamento, ou natural, como as pragas que atacam as plantações. Diante disso, tornam-se interessantes, estudos a respeito dos fatores que influenciam ou “potencializem” a germinação de sementes e o crescimento de vegetais, objetivando a recuperação de áreas até então inutilizadas. Com tal finalidade desenvolvemos este estudo, cultivando sementes de alface em laboratório e esperando que o campo magnético gerado pelo solenóide atuasse sobre os íons que compõem a seiva bruta, influenciando assim na germinação e no crescimento do vegetal. |
METODOLOGIA: |
Utilizamos nos experimentos um solenóide feito com placa de zinco de espessura fina enrolada com oito espiras de aproximadamente 50 cm de comprimento cada espira. O tipo de corrente utilizada entre os terminais do solenóide foi a corrente alternada. O Cálculo matemático para determinação das intensidades de corrente e campo magnético, assim como o número de espiras a serem utilizados no solenóide foi baseado na equação. No controle de dados utilizamos o multímetro (responsável pela medição da diferença de potencial elétrico e da intensidade de corrente elétrica), teslômetro (medição do campo magnético gerado dentro do solenóide) e materiais auxiliares como balança, paquímetro, réguas, microscópio e termômetro. |
RESULTADOS: |
Todos os ensaios realizados foram tabulados, contendo os dados referentes às análises. Com esses dados, pudemos analisar e discutir a variação da intensidade de corrente, do campo magnético e da voltagem em cada ensaio experimental realizado e principalmente verificar a diferença de germinações de um grupo para outro, fazendo uma analogia com o sentido do campo magnético. Constatando assim que este número variava conforme o seu sentido. Se por exemplo, o sentido do campo tivesse de cima para baixo, o número de germinações (análise quantitativa) do grupo controle era quase sempre superior ao número de germinações do grupo teste. Agora, se o campo tivesse direcionado de baixo para cima, o número de alface do grupo teste superava o grupo controle. Admitamos que o campo magnético do solenóide agiu sobre os íons que compõem a seiva bruta (minerais Ca, Fe, Mg, P, K, por exemplo), fazendo com que esses íons subam mais rápidos ou devagar e dessa forma reajam durante o processo fotossintético e acelerem ou desacelerem a germinação do vegetal. Tendo em vista os resultados, podemos concluir que o campo magnético direcionado de “cima para baixo”, ou melhor, contra o fluxo de íons da seiva não potencializou a germinação ou o crescimento das plantas, funcionando como uma barreira adicional à subida da seiva. Porém o campo direcionado “de baixo para cima” facilitaria a subida dos íons, provocando maior número de germinações ou maior crescimento. |
CONCLUSÃO: |
Dos resultados desta investigação e mediante análise dos mesmos, concluímos que: 1) O campo magnético fraco pode potencializar a germinação das sementes; 2) A água possui um papel relevante na germinação; 3) O excesso de água prejudica a germinação e o desenvolvimento do vegetal; 4) O campo magnético direcionado de “cima para baixo” não potencializa o número de germinações, havendo assim um menor número de sementes germinadas das plantas do grupo teste comparadas ao grupo controle; 5) O campo magnético direcionado de “baixo para cima”, a favor, portanto do fluxo de íons da seiva bruta, proporcionou um maior número de germinações ou o maior desenvolvimento das plantas do grupo teste. |
Palavras-chave: campo magnético, germinação, alface. |