63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva |
A ABORDAGEM DO CÂNCER INFANTIL NA SAÚDE COLETIVA |
Jane Kelly Oliveira Silva 1. Djalma de Carvalho Moreira Filho 1. 2. |
1. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP / Depto. Medicina Preventiva e Social - FCM / Mestrado em Saúde Coletiva 2. Prof. Dr./ Orientador - Depto. Medicina Preventiva e Social - Faculdade de Ciências Médicas FCM |
INTRODUÇÃO: |
Os cânceres da criança e do adolescente são considerados raros quando comparados com as neoplasias malignas dos adultos (FOUCHER et al, 2004; FOUCHER et al, 2006). Na América Latina e Caribe a incidência de câncer infantil corresponde de 0,5% a 3% do total de todas as neoplasias malignas, e no Brasil, esta incidência é de aproximadamente 2%. (IARC, 1999b e INCA, 2008). Além de serem considerados raros, existem diferenças entre os tumores típicos de adultos e crianças. No Brasil, os estudos epidemiológicos sobre as neoplasias infantis são considerados escassos, quando comparados aos adultos (SILVA, 2002; BRAGA, 2002), e embora o número de casos novos de câncer infantil não seja elevado, ele representa um grande impacto à população por ter um comportamento agressivo e até mesmo letal, demonstrando assim a importância e relevância do tema à atualidade. Este trabalho tem por objetivo delimitar e caracterizar a abordagem do câncer infantil no campo de estudos da saúde coletiva. |
METODOLOGIA: |
Foram utilizadas estratégias de busca bibliográfica em três bases de dados (Medline, Lilacs e Scielo), para identificar estudos descritivos e/ou epidemiológicos acerca do câncer na infância, identificando artigos de pesquisa que contemplassem a abordagem do câncer infantil no campo de estudos da saúde coletiva. O levantamento bibliográfico utilizou diferentes estratégias de composição de pesquisa, sendo a principal o agrupamento dos descritores: saúde coletiva ou saúde pública, neoplasias e saúde da criança em artigos originais de pesquisa publicados até dezembro de 2010. Critérios de inclusão: publicações nos idiomas inglês, espanhol e português; estar incluído no campo de estudos da saúde coletiva e descrição metodológica bem definida no resumo. Critérios de exclusão: teses, dissertações, revisões e materiais educativos; estudos como ensaios clínicos, testes de terapias quimioterápicas e estudos sobre custo-benefício. Realizaram-se a tabulação dos dados com discriminação dos seguintes itens: autores; ano; resumo; e síntese da abordagem utilizada. Finalmente, realizou-se a análise descritiva e qualitativa da amostra bibliográfica, acompanhada de discussão crítica do material. |
RESULTADOS: |
Foram encontrados 23 estudos elegíveis para a pesquisa, sendo que 07 foram publicados no Brasil e outros 07 nos Estados Unidos da América; Holanda, Inglaterra e França, 02 publicações e Venezuela, Itália e Alemanha apresentaram somente 01. O ano em que foram encontrados maior número de artigos foi em 2005. Pela distribuição dos dados não houve um aumento significativo de publicações nos últimos anos. Em contrapartida, no Brasil, o primeiro artigo publicado foi em 2003 sendo que até 2010 apresentou um aumento gradual de estudos com esta temática. A base de dados que concentrou a maioria das publicações foi a Medline, com 19 artigos, seguidos por Lilacs e Scielo com 02 cada um. |
CONCLUSÃO: |
A saúde coletiva brasileira obteve uma expressão significativa na abordagem do tema câncer infantil, e a partir de 2003 vem aumentando o número destas publicações. De acordo com a pesquisa percebemos que, com exceção do Brasil, a América Latina e Caribe apresentaram carência de estudos neste âmbito. Notou-se também que não foram encontrados trabalhos oriundos da Ásia e Oceania. As demais publicações concentram-se na Europa e Estados Unidos, confirmando estudos anteriores, que afirmam que, na saúde coletiva, ainda são escassas pesquisa que tratem de câncer na infância. |
Palavras-chave: Saúde Coletiva, Saúde da Criança, Neoplasias. |