63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
O Desafio da Competência Leitora
José Aldemir da Silva 1
Rina Márcia Rocha Matos. 2
Socorro Lima da Silva 3
1. Professora da Rede Pública de Horizonte – CE
2. Professora da Rede Pública de Horizonte – CE
3. Professora da Rede Pública de Horizonte – CE
INTRODUÇÃO:
Desde a década de 1990 que o problema da competência leitora foi apontado como um dos entraves ao bom desempenho dos estudantes das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio.
Na época, período de homologação da LDB (9394/96), apontava-se a competência leitora como a porta de acesso para o exercício pleno da cidadania. Esta compreendia como competência do indivíduo ter acesso ao mundo do trabalho, viver bem em sociedade e compreender os códigos e significados de uma sociedade democrática.
De lá para cá, governos, escolas e professores foram mobilizados no intuito de propiciarem as condições necessárias para que os estudantes obtivessem conhecimentos, vivessem situações e compreendessem o significado da competência leitora. Entretanto, mediante a precariedade dos resultados, organismos internacionais financiadores da economia dos países em desenvolvimento apontam que a competência leitora está atrelada ao suposto conjunto da infra-estrutura escolar, qualificação profissional e capacidade cognitiva do estudante. Está mais ligada à capacidade de cada instituição, de perceber a peculiaridade e as limitações socioculturais dos seus educandos para, a partir daí, atuar de forma paulatina e eficaz, com propostas significativas, direcionadas para a superação das deficiências específicas.
Dessa forma, a presente proposta se esboça no sentido de atuar na superação da deficiência na competência leitora dos estudantes dos anos finais do ensino fundamental.
METODOLOGIA:
Inicialmente, os alunos refletirão sobre o que é leitura (ampliar a noção de leitura). Em seguida serão realizadas oficinas de leitura de diversos gêneros, enfatizando obras literárias de alguns autores: João Cabral de Melo Neto, Patativa do Assaré, Manuel Bandeira, Carlos Drumond de Andrade entre outros. Para tanto, serão utilizadas várias dinâmicas de leitura, como: leitura silenciosa, leitura compartilhada, leitura pontual; leitura cumulativa, leitura em forma de jogral, leitura dramatizada, declamação de poesias, etc.
Posteriormente, serão realizadas oficinas de produção de textos com uma introdução às regras da literatura de cordel: versos, rimas e métricas. A partir daí os alunos produzirão seus próprios cordéis, coletivamente e/ou individualmente. Os resultados serão expostos em painés, trabalhos escolares, artes cênicas, entre outros.
RESULTADOS:
Espera-se que ao final do projeto os alunos sejam capazes de localizar informações explícitas em um texto, inferir o sentido de uma palavra ou expressão, inferir uma informação implícita em um texto, identificar o tema de um texto, empregar diferentes recursos linguísticos de acordo com as possibilidades do gênero textual.
A partir desse trabalho com gêneros textuais, espera-se ainda que os alunos compreendam de forma lúdica o papel dos textos quanto ao seu uso social, portadores de informações e com finalidades diversificadas.
CONCLUSÃO:
O trabalho com leitura na sala de aula é um desafio constante para o educador, o qual busca incansavelmente atingir o objetivo de proporcionar ao aluno uma melhor desenvoltura no manuseio de textos que circulam em seu convívio, de forma que estes sejam leitores proficientes.
Neste sentido, abordaram-se temas relacionados ao cotidiano das pessoas focando especialmente o hábito da leitura, não uma leitura estática, mas voltada para a compreensão daquilo que se lê.
Palavras-chave: Leitura, Compreensão, Aprendizagem Significativa.