63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia - 2. Manejo Florestal |
Crescimento de plantas jovens de ipê-amarelo submetida à deficiência hídrica |
Talitha Soares Pereira 1 Emilly dos Santos Pereira 1 Odyone Nascimento da Silva 1 Argemiro Pereira Martins Filho 1 Gustavo Antonio Ruffeil Alves 1 Allan Klynger da Silva Lobato 1 |
1. Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amazônia |
INTRODUÇÃO: |
A espécie Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich. é uma árvore que pode atingir 25 m de altura, tronco reto e cilíndrico, de 60-80 cm de diâmetro. No Brasil, estende-se da Amazônia, Nordeste, até São Paulo. É uma espécie característica das florestas pluviais densas, desde o nível do mar até altitudes de 1200m, ocorrendo também em florestas secundárias e campinas, prefere solos bem drenados. O ipê-amarelo é uma espécie florestal de importância relevante em função de suas utilidades econômicas, ornamentais e ecológicas, assim como esta espécie pode ser utilizada na recuperação de áreas desmatadas. Entretanto, a baixa disponibilidade hídrica é atualmente o principal fator ambiental que limita o crescimento e a produtividade de plantas em todo o mundo, e as mudanças climáticas globais provavelmente contribuirão para que a falta de água se torne um fator de restrição ainda maior da produção em diversas áreas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento do ipê-amarelo sob condição de déficit hídrico, sendo mensurando a altura de planta, matéria seca da parte aérea e matéria seca total. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia. Como substrato foi utilizado uma mistura de 3:1:1, sendo solo, esterco de galinha e húmus de minhoca, respectivamente. Como material vegetal foram usadas plantas jovens de Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson) com 7 meses de idade, no qual foram colocadas em vasos com capacidade de 30 L contendo o substrato citado anteriormente, sendo as plantas aclimatadas nas condições descritas pelo período de 20 dias. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 2 condições hídricas (controle e déficit hídrico), tendo 15 replicatas e totalizando 30 unidades experimentais, com cada unidade tendo 1 planta vaso-1. Após o período de aclimatação, foram iniciados os tratamentos, com o tratamento controle mantido sob irrigação durante todo o período experimental, enquanto que o tratamento sob deficiência hídrica foi submetido há 9 dias sem irrigação, sendo avaliadas as plantas no 9° dia após a aplicação dos tratamentos. Foi avaliada a altura da planta, matéria seca da parte aérea e matéria seca total. Os resultados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. Além disso, foi calculado o desvio-padrão das médias. |
RESULTADOS: |
Os resultados deste estudo demonstram que as alturas das plantas controle e sob déficit hídrico não diferiram estatisticamente, no qual apresentaram 58,0 e 52,0 cm, respectivamente Em relação massa seca da parte aérea e massa seca total, ambas apresentaram diminuição significativa entre os tratamentos sob controle e déficit hídrico. Na massa seca da parte aérea foram obtidos os valores de 45 e 32g nos tratamentos controle e déficit hídrico, respectivamente. E a massa seca total apresentou os valores de 69,3 e 61,4g para os tratamentos sob plantas controle e déficit hídrico respectivamente, o tratamento sob déficit hídrico teve um decréscimo de 11,4 % em relação às plantas controle. |
CONCLUSÃO: |
O déficit hídrico por nove dias não promoveu diferença significativa em relação à altura, quando comparado com o controle, o contrario do que ocorreu com massa seca da parte aérea e massa seca total, no qual ambas apresentaram diminuição significativa. |
Palavras-chave: crescimento, déficit hídrico, Tabebuia serratifolia. |