63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 2. Nutrição e Alimentação Animal |
EFEITO DA INCLUSÃO DE ÓLEO DE ARROZ EM DIETAS PARA EQUINOS ATRAVÉS DA DETERMINAÇÃO ENZIMÁTICA E DE GLICOSE |
Karol Tavares Wandembruck 1 Mara Regina Schimmack Pedro Soncin 2 Hélio Alberto Cuman Garcia 2 Juliana Akamine Torrecilhas 2 Vanessa Palotti Polizel 2 Carlos Eduardo Furtado 3 |
1. Depto. de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá- UEM 2. Depto. de Zootecnia, UEM, Maringá/ PR 3. Prof. Dr./ Orientador - Depto. de Zootecnia - UEM |
INTRODUÇÃO: |
No Brasil existem muitas opções de alimentos para cavalos, bem como uma preocupação crescente em aumentar o desempenho esportivo dos equinos. Neste sentido o uso de óleo se mostra adequado na alimentação de equinos atletas. Dentre as fontes de óleo, encontra-se o uso do óleo de farelo de arroz, que contém gama-oryzanol. Os dados existentes na literatura são conflitantes em relação ao uso deste ingrediente, sendo que até o presente momento, não há trabalhos publicados sobre sua utilização em cavalos submetidos à diferentes modalidades de atividade física. O óleo do farelo de arroz é obtido a partir do beneficiamento do pericarpo das sementes de arroz (Oryza sativa). A mensuração plasmática das enzimas Creatina Quinase (CK), Aspartato Aminotransferase (AST) e Lactato Desidrogenase (LDH) e da glicemia permite identificar a contribuição que o substrato alimentar (óleo) ingerido está proporcionando ao cavalo atleta em termos de desempenho. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a utilização do óleo de arroz (gama oryzanol), fornecido como fonte energética em níveis crescentes em dietas para equinos, através da mensuração plasmática de enzimas e de glicose. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado no setor de Equinos da Fazenda Experimental de Iguatemi, UEM/PR. Foram utilizadas 12 equinos, machos e fêmeas. Os animais foram submetidos a exercícios diários em um redondel. Tratamentos usados: concentrado controle sem gama-oryzanol- T1 e cinco concentrados teste, contendo gama-oryzanol –120mL- T2, 240mL- T3, 360mL- T4, 480mL- T5 e 600mL- T6/animal/dia. Os animais foram alimentados em baias individuais, onde receberam os concentrados e feno de Tifton 85, além de sal mineral e água ad libitum. A quantidade de alimento fornecido foi estabelecida segundo normas de recomendação do NATIONAL RESEARCH COUNCIL (NRC,2007), sendo 2,5%PV/Kg MS/dia, sendo 50% concentrado e 50% volumoso. O período experimental foi de 80 dias, sendo os primeiros 10 dias para adaptação e 70 dias onde os animais foram submetidos a exercícios e coletas de sangue. Para avaliar a atividade enzimática e de glicose o sangue foi colhido por venopunção da jugular esquerda. O delineamento experimental usado foi inteiramente casualizado e em fatorial, com 2 repetições, sendo a unidade experimental constituída por 1 animal. Os coeficientes das variáveis experimentais foram submetidos à análise de variância, utilizando o programa SAEG (1997) e foi considerado nível de significância de 5%. |
RESULTADOS: |
Houve efeito de tratamento somente para o parâmetro glicose entre os tratamentos T2 e T3, sendo os valores respectivamente para os tratamentos de 88,7, 83,0, 92,9, 91,3, 86,2 e 86,9 mmol/dL. Para as enzimas AST e CK não houve efeito dos tratamentos com valores entre 243,9 a 282,0 U/L e de 289,9 a 365,5 U/L, respectivamente. Para LDH houve interação significativa tratamento x sexo entre os tratamentos T2 e T4, onde os valores obtidos para as fêmeas, 461,2 e 512,4 U/L, foi inferior ao dos machos, respectivamente 642,8 e 721,8 U/L, diferente do encontrado por Harris et al. (1990) e Muñoz et al. (2002) que não observaram tal interação. Segundo Brandi et al. (2008), existem diferenças de valores enzimáticos para equinos recebendo óleo em virtude das diferentes formas de análises estatísticas, protocolos experimentais, raças etc. Neste experimento, os dados obtidos para níveis plasmáticos das enzimas e de glicose se mostraram adequados de acordo com a literatura consultada (Valberg et al.,1993; Meyer, 1995 e Muñoz et al., 2002 ). Brandi et al. (2008) determinaram menor atividade enzimática a medida que elevaram-se os níveis de óleo de soja na dieta de equinos, diferente do encontrado neste trabalho, onde o aumento de óleo de arroz não influenciou os níveis plasmáticos das enzimas. |
CONCLUSÃO: |
Os valores plasmáticos das enzimas CK, AST e LDH e de glicose indicam que os animais no presente experimento se mantiveram em adequado metabolismo energético, ou seja, adequada relação carboidratos solúveis e lipídeos da dieta. |
Palavras-chave: Enzimas, Equinos, Óleo de arroz. |