63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública |
PROGRAMA DE TREINAMENTO FÍSICO: INFLUÊNCIA NA AUTOESTIMA DO IDOSO E FAMÍLIA NO CONTROLE DA DOENÇA CRÔNICO-DEGENERATIVA |
Rafaela Gomes dos Santos 1 Luzia Wilma Santana da Silva 2 Camila Fabiana Rossi Squarcini 3 Frank Nei Monteiro Barbosa 4 Adriano Lopes de Souza 5 Marlúcio Pereira Azevedo 6 |
1. Disc. do curso de Educação Física - Univ. Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB 2. Profa. Dra./Orientadora - Depto de Saúde - UESB 3. Profa. Msc. Depto de Saúde - UESB 4. Prof. Esp. Depto de Saúde - UESB 5. Discente do curso de Educação Física - UESB 6. Discente do curso de Educação Física - UESB |
INTRODUÇÃO: |
O número de pessoas idosas no Brasil e no mundo tem crescido exponencialmente e não raros são observados casos de doenças crônico-degenerativas. Sabe-se que essas doenças estão associadas à inatividade física, sendo cada vez mais freqüente nessa população. Nesse sentido, algumas Políticas de Saúde tem enfocado a família como pilar de primeiro atendimento para tratar e/ou controlar tais doenças, com o intuito de melhorar a qualidade de vida desse grupo social, proporcionando-o uma longevidade saudável. Para tanto, há um fator que exige uma atenção especial, trata-se da autoestima, a qual representa uma importante referência para promover maior segurança e confiança para viver bem. Entretanto, ainda não tem sido observados relatos sobre a autoestima de idosos com doenças crônico-degenerativas que participam, junto com a família, de um programa de exercício físico. Sob essa perspectiva emergiu o objetivo desse estudo que foi avaliar a autoestima de idosos com doença crônico-degenerativa participantes, junto com a família, de um Programa de Exercício Físico. As inquietações deste estudo assentam-se à luz de observações empíricas, originárias das ações de pesquisa e extensão. |
METODOLOGIA: |
Pesquisa de natureza quali-quantitativa, aprovada pelo CEP/UESB (nº 214/2008) foi desenvolvida no Projeto de Extensão e Ação Continuada Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Extensão em Cuidados à Saúde da Família em Convibilidade com Doenças Crônicas (NIEFAM), UESB – Jequié/BA e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) por meio da bolsa de Iniciação Científica. O estudo foi desenvolvido no segundo semestre de 2010 e após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e da apresentação de atestado médico para participarem de atividade física, foram selecionados 32 idosos com diabetes mellitus tipo II e/ou hipertensão arterial, cadastrados em Unidades de Estratégia de Saúde da Família que vieram com um familiar cuidador. Para avaliar a autoestima foi utilizado o questionário da escala de autoestima de Rosenberg antes e depois do treinamento físico. Este de cunho aeróbico três vezes por semana, realizado no período vespertino e com duração de três meses seguindo a recomendação do American College of Sports Medicine. A análise utilizada foi o Teste T de Student utilizando o programa Statistical Package for Social Science 13.0 for Windows, adotado nível de significância de 5% e de categorias. |
RESULTADOS: |
Os resultados qualitativos compreenderam as projeções dos idosos no direcionamento da autoestima. Estes deram origem a uma grande dimensão de categoria, intitulada: “A atividade física no encontro da autoestima”, a qual atraiu para seu campo de compreensão três subcategorias: “O convívio em grupo, uma satisfação pessoal - a atividade física na elevação da autoestima”; “As limitações da saúde interferindo na atividade física – Desafios da pessoa com doenças crônico-degenerativas”; “A atividade física no bem-estar interior e no envelhecimento saudável”. Estas demonstraram uma unanimidade no grupo quanto aos benefícios da atividade física para sua saúde, o cuidado de si e com sua relação social, para além do grupo de pertença. Destacaram-se ainda as expectativas dos participantes quanto a manterem-se em bom estado de saúde e elevada autoestima, aspectos contributivos para o estilo de vida que passou a ser adotado. Os resultados estatísticos, através do Teste T de Student conferiram elevada autoestima nos idosos, o qual foi possível observar redução significativa dos valores anteriores de 5,12 (±3,85), antes do treinamento para 3,26 (±2,82) depois do treinamento físico aeróbio. |
CONCLUSÃO: |
Ao olhar para os resultados, conclui-se que a estratégia de treinamento físico mostra-se como incentivadora, quando associada à participação da família junto à pessoa idosa portadora de doença crônico-degenerativa, num programa de exercício físico. Destaque se faz a valorização da atividade física pelos participantes do estudo, no aumento de sua autoestima e no direcionamento do seu auto cuidado. Deste modo, observou-se que o Programa contribui para adoção de um estilo de vida ativo dos idosos, o qual tem relação estreita com o processo de viver envelhecendo de forma saudável; aspecto fundamental para a longevidade com qualidade de vida, uma vez que o exercício físico comprovadamente tem sido relacionado a melhoras psico-fisiológicas das pessoas. Assim, uma estratégia inteligível para o contexto das Políticas Públicas de Saúde, gestão e planejamento na perspectiva do idoso-família como sistema de cuidados e potencialidades à Estratégia de Saúde da Família, no Sistema Único de Saúde. |
Palavras-chave: Autoestima, Idoso, Exercício Físico Aeróbio. |