63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia |
Perfil epidemiológico e funcional de idosos residentes em Conjunto Habitacional, no município de Anápolis-GO |
Welton Dias Barbosa Vilar 1 Roberto Prado de Morais 2 |
1. Mestrando em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente - UniEVANGÉLICA; Docente de Pós-Graduação - Especialização em Saúde Pública – UniEVANGÉLICA 2. Prof. Dr./Orientador; Docente e coordenador do Programa de Mestrado Multidisciplinar em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente - UniEVANGÉLICA |
INTRODUÇÃO: |
Os idosos constituem um segmento que mais cresce na população mundial, em especial nos países em desenvolvimento. Neste grupo populacional, as condições de saúde podem ser determinadas através dos indicadores de morbidade, mortalidade e a presença dos decínios funcionais. Contudo, estudos epidemiológicos se fazem necessários para que as políticas pública possam ser implementadas e garantido assim, uma assistência integral eficaz e contribuindo para melhores condições de vida desta população. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico de idosos moradores de um conjunto habitacional, situado na região leste do município de Anápolis. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e documental, realizada através de um instrumento próprio para coleta de dados, que considerou como fonte de dados o Consolidados das Famílias Cadastradas do Ano de 2010 das equipes de saúde – Estratégias de Saúde de Família (ESF 1 e 2) de um Conjunto Habitacional, situado na região leste do Município de Anápolis, além, dos Prontuários Médicos e de Enfermagem dos pacientes atendidas pelas respectivas equipes. A partir destes documentos, foi registrado e analisado, por meio de uma planilha estruturada, os indicadores da condição de saúde da população idosa, moradores do bairro. Assim, todos os prontuários dos sujeitos com idade superior a 60 anos (n=381) disponíveis na ESF foram considerados para a coleta dos dados que especificamente considerava para registro a frequência de doenças ou problemas de saúdes referidos, a capacidade funcional e as dificuldades nas realizações das atividades de vida diária, além, do perfil sócio demográfico que foram registrados através do referido Consolidados. Para a análise dos resultados foram utilizados procedimentos de estatística descritiva (freqüências simples e percentuais). |
RESULTADOS: |
Das 168 famílias com idosos, a idade média foi de 72,7 (± 8,3) anos, sendo 197 (53,4%) mulheres e 172 (46,6%) homens. As principais doenças referidas e observadas foram cardiovasculares (43%), osteoarticulares (38%), neurológicas (34%), parasitárias (8%), doenças causadas por vetores (13%), reumáticas (11%) e psíquicas (7%). Em relação ao grau de dependência funcional, 60% dos idosos eram independentes, 23% eram dependentes parcialmente e 17% com dependência total para realização de atividade básicas da vida diária. As características sociodemográficas dos idosos residentes no sítio foram semelhantes às da população Anapolina, no que se refere à faixa etária, a predominância de idosas, menor escolaridade e renda e maior fecundidade, de acordo com o aumento da idade. A sobreposição das doenças crônico-degenerativas encontradas confirma os dispostos na literatura mundial, ao afirmar essa condição para os países em desenvolvimento. As freqüências destas doenças referidas mostraram-se relação direta com os fatores de renda e escolaridade, pois maiores declínios clínicos foram registrados, à medida que a escolaridade e renda diminuíam. Nessa ocasião, observou-se também um número maior de encaminhamentos aos centros de saúde especializados e internações hospitalares dos idosos. |
CONCLUSÃO: |
Este estudo vem confirmar o perfil epidemiológico de grande parte dos estudos já realizados e veiculados na literatura. Confirmam-se as particularidades do idoso, que apresenta maior prevalência das grandes síndromes geriátricas, além dos importantes declínios funcionais. Contudo, estes dados sinalizam para uma crescente necessidade de implementações nas políticas públicas de saúde e, sobretudo, articuladas com outros setores públicos e privados para melhores medidas de promoção e proteção da saúde para essa população vulnerável, a fim de, assegurar melhores condições de vida e um controle mais eficaz dos fatores condicionantes e determinantes para as doenças e riscos ligados, muitas das vezes não só ao processo de envelhecimentos, como também, as condições de vida que esta população vive em seus espaços urbanos. |
Palavras-chave: Indicadores epidemiológicos, Saúde funcional, Idoso. |